Entre os citados estariam um deputado federal do PT, quatro petistas com cadeira na Assembleia e um nome do PMDB estadual
PUBLICADO EM 28/05/16 - 03h00
A delação de Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, que foi
homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ontem, tem tirado o
sono de deputados mineiros do PT e do PMDB. Nos gabinetes da Assembleia
Legislativa de Minas, o comentário é que o empresário citou seis
deputados do Estado em seu depoimento. Bené teria revelado doações para
cinco petistas e um peemedebista.Entre os citados estariam um deputado federal do PT, quatro petistas com cadeira na Assembleia e um nome do PMDB estadual. Na Assembleia, governistas e opositores confirmam que o clima é de tensão.
“Tem muita gente que está sem dormir. Muita coisa pode mudar na Casa. Nos próximos dias muita novidade pode vir à tona”, disse um deputado da base.
“O clima é de pura tensão. Todo mundo está com medo”, diz outro colega do PMDB. Entre os peemedebistas, a avaliação é que as novas revelações sobre a delação premiada de Bené podem mudar o quadro de apoio da base na Casa. O depoimento está dentro da operação Acrônimo, que investiga o governador Fernando Pimentel (PT). Os aliados já falam que, dependendo do teor das declarações, será difícil manter o apoio incondicional a Pimentel. “A pressão popular hoje é muito grande. Se as denúncias forem mais graves, não dá pra defender”, disse um deles.
Na oposição, a expectativa é exatamente essa, de que a base comece a perder musculatura. “Acredito que o cenário nacional vai se repetir em Minas. No início do impeachment, ninguém falava que o placar contra Dilma seria o que foi”, diz um opositor ao governo. (Tâmara Teixeira)
A divulgação do “Diário Oficial do Município”, ontem, causou estranheza na equipe do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Isso porque a publicação estava prevista para ser veiculada hoje. Como quinta-feira foi feriado e não teve expediente, o “DOM” não seria veiculado ontem. Na edição, foi publicada o veto do prefeito à Proposição de Lei 27/2016, que poderia acabar com a função de cobrador no transporte público da capital. A proposta constava no Projeto de Lei 1.881/2016, aprovado pela Câmara, e deixava brecha para a demissão de 6.000 funcionários. Na justificativa, Lacerda afirma que “é dever do Poder Executivo, diante de tamanha insegurança, preservar a empregabilidade dos cidadãos belorizontinos, com vistas ao bem comum e à dignidade da pessoa humana”.
Porteira não foi fechada
Apesar de os líderes de PT e PMDB na Assembleia de Minas insistirem que o clima entre os dois partidos é de pacificação, há entre os peemedebistas alguns “problemas”. Um deputado diz que, embora o secretário Sávio Souza Cruz tenha saído do Meio Ambiente e ido para uma secretaria mais robusta, a da Saúde, o PMDB não teve direito a indicações na estrutura. “A nomeação foi entendida como dentro da cota pessoal do governador”, disse um parlamentar. A própria nomeação sem consultar a bancada do PMDB ainda hoje é lembrada como tropeço. “Se o governo tivesse consultado a bancada, todo mundo teria assinado a indicação e aprovado, porque o Sávio é muito querido por todos, mas a forma isolada como as coisas são feitas ainda desagrada”, diz outra fonte.
“Se Temer quer enfrentar violência sexual contra mulheres, exija que Cunha retire o projeto que acaba com apoio às vítimas.” Maria do Rosário (PT-RS), dep. federal
R$ 50 mil é o valor que o Senado Federal reservou para contratar curso de aperfeiçoamento profissional. O treinamento em questão é de direção defensiva e evasiva.
Constrangedor. Tiririca deixou os internautas do “Programa do Jô” furiosos com sua entrevista concedida na madrugada de ontem. Enquanto todos pensavam que o deputado federal (PR-SP) fosse falar de política, ele mostrou-se desinteressado pelo tema e chegou até mesmo a interromper o apresentador quando este tentou falar sobre a crise que assola o Brasil.
Ninguém sabe de nada
Um funcionário de alto escalão de uma das mais importantes secretarias do governo de Minas Gerais desabafou sobre as mudanças no secretariado e em outros cargos da gestão do governador Fernando Pimentel. “Para saber quem é o secretário, subsecretário ou funcionários de confiança, estou abrindo o Diário Oficial. Ninguém comunica nada, ninguém fala nada, ninguém conta nada. As mudanças estão sendo feitas a portas fechadas, e a gente só sabe quando sai a exoneração ou a nomeação no ‘Minas Gerais’”, confidenciou o funcionário ao Aparte.
Ausência programada
A deputada estadual Marília Campos (PT), ex-prefeita de Contagem, optou por não ir à inauguração do Centro Materno-Infantil no sábado passado. A obra teve os recursos garantidos na gestão dela e foi entregue ao atual prefeito Carlin Moura (PCdoB) com a parte de alvenaria feita. A petista anda distante do comunista porque ela considera que ele a tratou como inimiga na campanha de 2012 e ainda teria se apropriado das obras que ela deixou planejadas. Nos bastidores, comenta-se que a deputada não foi à inauguração para “não sair na foto” com Carlin e evitar que uma imagem seja utilizada em período eleitoral.
copiado http://www.otempo.com.br/
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