Michel Temer diz repudiar o estupro, mas não repreende seu ministro
A manifestação do presidente interino Michel Temer que, sem votos, chegou ao poder através de um golpe, sobre a menor estuprada em um subúrbio do Rio, não me comove. Menos ainda convence. O discurso não bate com a prática, do contrário ele teria, publicamente, desautorizado seu ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE).
Afinal, o grande momento do político pernambucano, na semana que se encerra, foi receber em audiência o ex-ator pornô e estuprador confesso, Alexandre Frota. Isto é no mínimo contraditório, vindo de um ministro que alardeou no seu discurso de posse ter se formado em uma das melhores escolas do seu estado, a Escola Parque, que preza “a diversidade e mantinha um clima de efervescência crítica, na contramão do regime (militar) que naquele apagar dos anos 70 começava a se desmilinguir”, como narrou a Folha de S. Paulo em 22/05,
O ator, como se sabe, em março de 2015, confessou em um programa de TV, em tom de deboche, um crime hediondo: declarou ter feito relações sem consentimento com uma mãe de santo após desmaiá-la segurando seu pescoço. A confissão está na postagem do site do Pragmatismo Político. Hoje, ele levando sugestões ao ministro da Educação, para serem implantadas nas escolas do país. Que moral e que preparo ele tem para fazer tais sugestões?
Como fica o ministro ao receber um estuprador confesso na semana em que vem a público uma barbaridade como a cometida contra a menor, no subúrbio do Rio?
De pouco adianta o presidente interino vir a público manifestar-se contra este tipo de crime hediondo e ao mesmo tempo seu governo receber “propostas para a educação” de alguém com a folha corrida confessa – ainda que não seja a oficial pois, ao que parece, ele nunca respondeu judicialmente pelo que disse ter feito – como a de Frota.
Nestes momentos, mais do que o discurso, valeria o gesto. Um posicionamento público condenando a audiência repercutiria mais do que a manifestação pelo Twitter ou mesmo a promessa de criar um setor especializado na Polícia Federal para cuidar de casos como estes. Afinal, todos sabem, trata-se de crime da alçada estadual.
Mas, para isso, o presidente interino teria que poder brigar com um político, coisa que não pretende fazer, pelo menos até tentar consolidar a sua permanência no Planalto, consolidando o golpe. O que, ao que parece, cada dia está mais difícil.
Justiça sem justiçamento – É óbvio que os responsáveis pelo que aconteceu com a menor devem ser punidos rigidamente pela Justiça. Sem justiçamento, como pedem alguns, que falam até em castração de estupradores.
Mas, isto apenas não adianta. É necessário muito mais, inclusive na própria seara do ministro da educação que perdeu tempo – ou alguém levará a sério a proposta de escolas sem partidos como o ator sugeriu? – em uma audiência inútil. Serviu apenas para mostrar a face real deste governo que assumiu diante de um golpe.
Ao justificar o encontro, o ministro acabou por confirmar a inutilidade do mesmo ao dizer que defende “o campo da educação e da sala de aula como um campo amplo, plural. que não comporta nenhum tipo de sectarismo, nem estreitamento do ponto de vista de ideias. Eu acho que a palavra que sintetiza o nosso ponto de vista é bom senso”.
Ou seja, ele, teoricamente, se diz contrário ao que pediu o ator, mas não teve o bom senso de pontuar isto na frente do mesmo e ainda se pousou para selfies.
O necessário é uma ampla campanha contra o machismo e os maus tratos não apenas às mulheres, mas a qualquer cidadão. Isso deve ser tarefa de cada um, mas em especial dos governos, federal, estaduais e municipais. Envolvendo todos os parceiros necessários, mas sabendo-se escolher aqueles que a imagem pública condiz com o discurso. E na área da Educação deveria ser algo levado às escolas desde o início do aprendizado. Mais ou menos como propôs, no Facebook a jovem Pâmela Côto, em um apelo a todos os homens:
“Homem: mais do que ninguém, é você que pode mudar esse mundo de barbárie em que a gente vive! Não sendo conivente com o amigo que expõe uma mulher a uma situação degradante, não rindo da piada machista do conhecido que “comeu uma putinha qualquer”, não achando graça do beijo forçado que o teu broder deu na gata que parecia estar dando mole, não ensinando ao seu filho que se fragilizar é coisa de menina, não ensinando ao seu filho que ele precisa provar a sua masculinidade aos quatro cantos. Se torne RESPONSÁVEL pela perpetuação da cultura do estupro porque você É. Não dá pra ter medo do incômodo de ir na contramão. De ser olhado torto pelos amigos daquele grupo de whatsapp porque você repreendeu aquela foto machista escrota, quando eles esperavam que você aplaudisse. Vai doer, cara. Mas quer saber? Dói na gente todo dia. “Ah, mas as mulheres também são machistas.” A gente sabe disso! Essa merda de sociedade patriarcal criou muitas vitimas, escravizou homens e mulheres, e o feminismo nasceu pra combater a naturalização dessa cultura. Mas olha bem, olha direitinho. 8 (ops…130!) mulheres são estupradas diariamente no Brasil! Saca? LUTEM COM A GENTE! Esse é um APELO. Pelo amor às mulheres”.Pelo visto, Mendonça Filho ganharia mais dialogando na rede com pessoas como Pâmela do que pousando para selfie com gente como Frota.Já Temer, seria mais convincente repreendendo o encontro do que mandando mensagens pelo Twitter. Mas, esperar o que de um governo que assume através do golpe?
copiado http://www.marceloauler.com.br/
Antipetista, ministro da Educação estudou em escola de esquerda
"Tenho uma formação política numa escola da diversidade. Estudei na
escola privada mais radical de esquerda do Recife, a Escola Parque,
cujos fundadores foram fundadores do PT", disse, numa retórica
conciliatória e pontuada por tiradas quebra-gelo, como a de que
liberais, como ele, não comem fígado humano. Ao fim da fala, parte do
auditório o aplaudiu –outra parte insistiu nas hostilidades.
Político de centro-direita e um dos porta-vozes mais ruidosos do
antipetismo no Congresso, o ex-líder do DEM na Câmara estudou por sete
anos (da então quinta série, atual sexto ano, até prestar o vestibular
para administração) num ambiente de ideias opostas às de sua formação
caseira.
Filho de José Mendonça Bezerra (1936-2011), político que foi da Arena, partido de sustentação à ditadura, e depois das siglas que a sucederam –PDS, PFL e DEM–, Mendonça Filho, 49, encontrou na Escola Parque do Recife um clima de efervescência crítica, na contramão do regime que naquele apagar dos anos 70 começava a se desminliguir.
O ministro carregou nas tintas ao falar em radicalismo, mas é fato que três fundadoras do colégio em 1978 –Myrtha Carvalho, Malba Magalhães e Maria Adozinda Costa, esta última morta em 2007–, todas citadas por Mendonça no discurso no MinC, eram mulheres de esquerda.
Adozinda, a Dosa, era prima-irmã de Paulo Freire, o educador brasileiro mais reconhecido no mundo e cuja pedagogia de formar alunos com consciência crítica norteou a trajetória da Escola Parque. Foi presa e torturada na ditadura.
Myrtha e Malba ajudaram a fundar o PT no Recife e são até hoje filiadas ao partido. Myrtha, professora de português dos 17 aos 70 anos, e Malba, que leciona matemática, continuam à frente da escola.
Nos seus primeiros anos, a Escola Parque do Recife funcionou num casarão
à beira-mar na praia de Boa Viagem, zona sul da capital pernambucana
–mais tarde se mudou para uma locação menos idílica a poucos quilômetros
de distância, no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes, município
vizinho.
Não se exigia uniforme, havia tolerância com a frequência (alguns alunos pulavam o muro para surfar e voltavam, zanzando sem camisa pela escola), estimulava-se o debate. Tal abertura não turvava um ensino de excelência. Não raro a escola emplacava alunos entre os primeiros dos vestibulares.
"Sou, e coloco no meu currículo como uma coisa top, fundador da Escola Parque do Recife [entrou na primeira turma]", disse Mendonça à Folha. Lá, ele era conhecido como Mendoncinha, como muitos ainda o tratam.
Foi, segundo relato de colegas e professores –e conforme a memória deste repórter, que frequentou a mesma escola, em turmas mais novas–, um aluno discreto e esforçado, mas mediano.
AGRESTE
Mendonça é o segundo de seis filhos de um casal oriundo de Belo Jardim, no agreste pernambucano. Seus cinco irmãos também estudaram na Escola Parque. Ele conta que foi a mãe, Estefânia, de cabeça mais aberta que o pai, a responsável por matriculá-los num reduto prafrentex da classe média alta da capital.
Parte porque a família era amiga, do interior, da família de uma das fundadores (Dosa); parte porque, narra Mendonça, a mãe "sempre foi muito adiante do seu tempo". Os filhos acabaram gostando, mas não foi uma operação de todo harmônica.
As divergências de visão política fizeram com que várias vezes a mãe reclamasse à direção do que se passava em sala de aula. "Ela questionava o fato de professores emitirem opiniões políticas. Mas nunca ameaçou tirar os filhos da escola", relata Myrtha Carvalho.
Mendonça diz que a experiência "plural e diversificada" da Escola Parque foi crucial para ele ter virado político. Alavancado pelo pai, elegeu-se deputado estadual aos 20 anos.
Foi ainda secretário de Agricultura do governo Joaquim Francisco (1991-1995), deputado federal (autor da emenda da reeleição em 1997), duas vezes vice-governador de Pernambuco (1999-2002 e 2002-2006) e, quando o governador Jarbas Vasconcelos se licenciou para concorrer ao Senado, ocupou o cargo por nove meses em 2006. Neste mesmo ano, foi derrotado por Eduardo Campos na disputa pelo governo do Estado. Voltaria a se eleger deputado federal em 2010.
"A abertura, a democracia de convivência com contrários da Escola Parque, de tentar convencer e ser convencido, foram fundamentais para mim", diz o hoje ministro, que faz parte de um grupo de WhatsApp chamado Escola Parque 78 (ano da fundação).
Críticas do processo que levou Temer e Mendonça ao poder ("um golpe
parlamentar com o apoio da mídia, que não cumpriu seu papel de
contraditório", diz Myrtha), as diretoras da escola são cautelosas ao
comentar como o ex-aluno pode se sair na Esplanada.
"É jovem e tem todas as condições de levar muito a sério o trabalho, como sempre fez. Mas vai depender da capacidade dele de escolher as pessoas certas, que conheçam os mecanismos do Ministério da Educação, uma instituição gigante", diz Myrtha. "Se ele lembrar dos professores que teve, preocupados em incluir, em trabalhar as diferenças, é provável que dê continuidade ao bom trabalho que vinha sendo feito por Mercadante", ela acrescenta.
Malba lembra do aluno para falar do ministro. "Era um menino sério, dedicado. Tinha objetivos e os cumpria. Eu não tinha a menor expectativa de que chegasse tão longe, porque era muito quieto." "É um desafio muito grande. Mas ele tem uma qualidade, ele sabe ouvir, não se arvora a ser o sabe-tudo."
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO
Se Mendonça já negou que vá mexer nos programas mais vistosos das gestões petistas na educação, como Prouni e Fies, os primeiros movimentos do ministro da Educação do governo interino indicam ser ilusório o desejo de continuidade exposto por Myrtha.
Duas das principais auxiliares nomeadas por Mendonça são profissionais ligadas ao PSDB: a secretária-executiva, Maria Helena Guimarães de Castro, e a presidente do Inep, Maria Inês Fini.
Para a Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior, o ministro escolheu o economista Maurício Costa Romão. Romão tem ligações com o Ser Educacional, um dos maiores grupos privados de educação superior do país. Ele foi professor e integrou o Conselho Científico do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, que faz parte do grupo. Segundo o MEC, Romão se desligou do Ser em fevereiro –em texto no site do instituto em 5 de maio, ele ainda aparecia como consultor.
O fundador e sócio-majoritário do grupo Ser, Janguiê Diniz, preside a Abmes (Associação Brasileiras de Mantenedoras do Ensino Superior), que representa o setor privado de ensino superior. A pasta que Romão assume tem entre suas atribuições regular o ensino superior público e privado, o que inclui definir sobre expansão de vagas e processos para desativação de cursos.
Outro aspecto com potencial de controvérsia na nova gestão é o da política de cotas nas universidades. O DEM, partido de Mendonça, já entrou com ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra as cotas raciais, mas foi derrotado.
Pedro Ladeira.10.fev.2015/Folhapress | ||
Deputado Mendonça Filho segura boneco do personagem Pinóquio, com a sigla PT colada no peito |
Filho de José Mendonça Bezerra (1936-2011), político que foi da Arena, partido de sustentação à ditadura, e depois das siglas que a sucederam –PDS, PFL e DEM–, Mendonça Filho, 49, encontrou na Escola Parque do Recife um clima de efervescência crítica, na contramão do regime que naquele apagar dos anos 70 começava a se desminliguir.
O ministro carregou nas tintas ao falar em radicalismo, mas é fato que três fundadoras do colégio em 1978 –Myrtha Carvalho, Malba Magalhães e Maria Adozinda Costa, esta última morta em 2007–, todas citadas por Mendonça no discurso no MinC, eram mulheres de esquerda.
Adozinda, a Dosa, era prima-irmã de Paulo Freire, o educador brasileiro mais reconhecido no mundo e cuja pedagogia de formar alunos com consciência crítica norteou a trajetória da Escola Parque. Foi presa e torturada na ditadura.
Myrtha e Malba ajudaram a fundar o PT no Recife e são até hoje filiadas ao partido. Myrtha, professora de português dos 17 aos 70 anos, e Malba, que leciona matemática, continuam à frente da escola.
Arquivo Pessoal | ||
Mendonça Filho (sentado, no centro) em passeio com colegas de sua turma na escola, nos anos 1980 |
Não se exigia uniforme, havia tolerância com a frequência (alguns alunos pulavam o muro para surfar e voltavam, zanzando sem camisa pela escola), estimulava-se o debate. Tal abertura não turvava um ensino de excelência. Não raro a escola emplacava alunos entre os primeiros dos vestibulares.
"Sou, e coloco no meu currículo como uma coisa top, fundador da Escola Parque do Recife [entrou na primeira turma]", disse Mendonça à Folha. Lá, ele era conhecido como Mendoncinha, como muitos ainda o tratam.
Foi, segundo relato de colegas e professores –e conforme a memória deste repórter, que frequentou a mesma escola, em turmas mais novas–, um aluno discreto e esforçado, mas mediano.
Publicidade
Mendonça é o segundo de seis filhos de um casal oriundo de Belo Jardim, no agreste pernambucano. Seus cinco irmãos também estudaram na Escola Parque. Ele conta que foi a mãe, Estefânia, de cabeça mais aberta que o pai, a responsável por matriculá-los num reduto prafrentex da classe média alta da capital.
Parte porque a família era amiga, do interior, da família de uma das fundadores (Dosa); parte porque, narra Mendonça, a mãe "sempre foi muito adiante do seu tempo". Os filhos acabaram gostando, mas não foi uma operação de todo harmônica.
As divergências de visão política fizeram com que várias vezes a mãe reclamasse à direção do que se passava em sala de aula. "Ela questionava o fato de professores emitirem opiniões políticas. Mas nunca ameaçou tirar os filhos da escola", relata Myrtha Carvalho.
Mendonça diz que a experiência "plural e diversificada" da Escola Parque foi crucial para ele ter virado político. Alavancado pelo pai, elegeu-se deputado estadual aos 20 anos.
Foi ainda secretário de Agricultura do governo Joaquim Francisco (1991-1995), deputado federal (autor da emenda da reeleição em 1997), duas vezes vice-governador de Pernambuco (1999-2002 e 2002-2006) e, quando o governador Jarbas Vasconcelos se licenciou para concorrer ao Senado, ocupou o cargo por nove meses em 2006. Neste mesmo ano, foi derrotado por Eduardo Campos na disputa pelo governo do Estado. Voltaria a se eleger deputado federal em 2010.
"A abertura, a democracia de convivência com contrários da Escola Parque, de tentar convencer e ser convencido, foram fundamentais para mim", diz o hoje ministro, que faz parte de um grupo de WhatsApp chamado Escola Parque 78 (ano da fundação).
Ana Hounie/Arquivo pessoal | ||
Fachada da Escola Parque do Recife, na praia de Boa Viagem, em foto de 1988 |
"É jovem e tem todas as condições de levar muito a sério o trabalho, como sempre fez. Mas vai depender da capacidade dele de escolher as pessoas certas, que conheçam os mecanismos do Ministério da Educação, uma instituição gigante", diz Myrtha. "Se ele lembrar dos professores que teve, preocupados em incluir, em trabalhar as diferenças, é provável que dê continuidade ao bom trabalho que vinha sendo feito por Mercadante", ela acrescenta.
Malba lembra do aluno para falar do ministro. "Era um menino sério, dedicado. Tinha objetivos e os cumpria. Eu não tinha a menor expectativa de que chegasse tão longe, porque era muito quieto." "É um desafio muito grande. Mas ele tem uma qualidade, ele sabe ouvir, não se arvora a ser o sabe-tudo."
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO
Se Mendonça já negou que vá mexer nos programas mais vistosos das gestões petistas na educação, como Prouni e Fies, os primeiros movimentos do ministro da Educação do governo interino indicam ser ilusório o desejo de continuidade exposto por Myrtha.
Duas das principais auxiliares nomeadas por Mendonça são profissionais ligadas ao PSDB: a secretária-executiva, Maria Helena Guimarães de Castro, e a presidente do Inep, Maria Inês Fini.
Para a Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior, o ministro escolheu o economista Maurício Costa Romão. Romão tem ligações com o Ser Educacional, um dos maiores grupos privados de educação superior do país. Ele foi professor e integrou o Conselho Científico do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, que faz parte do grupo. Segundo o MEC, Romão se desligou do Ser em fevereiro –em texto no site do instituto em 5 de maio, ele ainda aparecia como consultor.
O fundador e sócio-majoritário do grupo Ser, Janguiê Diniz, preside a Abmes (Associação Brasileiras de Mantenedoras do Ensino Superior), que representa o setor privado de ensino superior. A pasta que Romão assume tem entre suas atribuições regular o ensino superior público e privado, o que inclui definir sobre expansão de vagas e processos para desativação de cursos.
Outro aspecto com potencial de controvérsia na nova gestão é o da política de cotas nas universidades. O DEM, partido de Mendonça, já entrou com ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra as cotas raciais, mas foi derrotado.
Mendonça diz que é contra as cotas raciais, mas defende cotas sociais.
"A ênfase do partido era na cota social em relação à cota racial, que aí
está praticamente incluída, pois a maior parte da população é negra. O
que defendemos é a cota social, para que os brancos pobres também possam
ter acesso à universidade." .
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