Acordo com EUA abre mercado para carne brasileira Primeiros embarques devem começar em 90 dias, segundo o Ministério da Agricultura; até agora, americanos só importavam de SC


Acordo com EUA abre mercado para carne brasileira

Primeiros embarques devem começar em 90 dias, segundo o Ministério da Agricultura; até agora, americanos só importavam de SC
Lu Aiko Otta,
O Estado de S.Paulo
30 Julho 2016 | 05h00

O governo brasileiro espera iniciar em 90 dias os primeiros embarques de carne bovina in natura para os EUA, como resultado de acordos sanitários e fitossanitários fechados nesta semana em Washington. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, foi à capital norte-americana esta semana para os últimos acertos.
Mercado grande e exigente, os Estados Unidos só importam, até agora, carne industrializada e aquela produzida em Santa Catarina, Estado que não precisa de vacinas para controlar a febre aftosa. Com o acordo, noticiado esta semana pela Folha de S. Paulo, poderá ser embarcada carne produzida em outros Estados, desde que cumpram os requisitos técnicos e sanitários exigidos nos acordos.
A carne brasileira disputará espaço com outros países exportadores do produto dentro da cota anual de 64,8 mil toneladas que os EUA se dispõem a importar a cada ano. Para o governo, mais importante que os volumes que possam ser vendidos inicialmente nos EUA, é o fato de a carne brasileira ter sido aceita lá. Essa é uma espécie de selo de qualidade que deverá ajudar nas exportações para outros países.
De acordo com a nota do Ministério da Agricultura, o Brasil foi habilitado na modalidade “pré-listing”, na qual os órgãos responsáveis de ambos os governos poderão indicar as empresas que farão as exportações.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, comemorou o acordo. “O acesso ao mercado norte-americano abre excepcionais perspectivas para os exportadores brasileiros e prenuncia novas oportunidades de negócio”, disse em nota.
Ele classificou como “decisiva” a participação do ministro Blairo Maggi nas negociações com o Departamento de Agricultura dos EUA, no contexto do Comitê Consultivo Agrícola. Esse comitê, diz a nota, é um canal de comunicação institucional entre os dois governos que está sendo retomado para intensificar o relacionamento bilateral.
Críticas virtuais. Em sua conta no Twitter, a ex-ministra da Agricultura Katia Abreu afirmou que a abertura do mercado americano à carne brasileira foi selada em 2015, na visita da presidente afastada, Dilma Rousseff, aos Estados Unidos. “Tudo foi assinado entre Obama e Dilma em 2015”, escreveu. “Em 2015 derrubamos todos os embargos à nossa carne no mundo.” Ela diz que, no momento, o que estava em negociação era a obtenção de certificados e a habilitação da agroindústria.
As críticas foram feitas no meio de tuítes nos quais ela ataca José Serra, a quem chama de “metido a engraçadinho” e “gente mimada”
copiado  http://economia.estadao.com.br/
 

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