Servidores da Receita devem manter greve para acelerar aprovação do PL do reajuste
Servidores da Receita devem manter greve para acelerar aprovação do PL do reajuste
Auditores querem receber benefícios já em
agosto; segundo o presidente do sindicato, continuidade da operação
padrão não vai prejudicar passageiros na Olimpíada
Idiana Tomazelli,
O Estado de S.Paulo
29 Julho 2016 | 18h49
BRASÍLIA - Apesar de o governo ter encaminhado o projeto de
lei que trata do reajuste e do bônus que receberão os servidores da
Receita Federal, a categoria deve seguir em paralisação até a aprovação
do texto pelo Congresso. Desde quinta-feira, 28, o sindicato dos
auditores (Sindifisco) realiza uma assembleia para decidir sobre a
continuidade da greve, e os resultados parciais indicam que a maioria é
favorável a manter a mobilização.
Em 14 de julho, os auditores iniciaram uma operação-padrão,
deflagrada às terças e quintas, que resultaram em atrasos na liberação
de mercadorias e no embarque e desembarque de passageiros. A nova etapa
seguirá o mesmo calendário, mas o foco da "meta zero" será a liberação
de cargas e tarefas administrativas, com potenciais impactos sobre o
comércio exterior e a arrecadação.
"Não vamos causar prejuízos a passageiros, até por conta dos
Jogos Olímpicos", disse o presidente do sindicato, Cláudio Damasceno.
Nos momentos de maior embate entre a categoria e o governo, a
proximidade dos jogos chegou a ser usada como instrumento de barganha
pelos servidores.
Foto: Divulgação
Não é a primeira vez que categoria utiliza seu poder sobre os cofres públicos para conseguir acordos
Os auditores querem manter a pressão sobre o governo para que o
projeto tramite em regime de urgência, de forma que os benefícios
financeiros sejam recebidos já em agosto, conforme previsto
inicialmente. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), teria se comprometido com uma tramitação célere, mas até agora
o projeto está sendo apreciado em regime de prioridade. Se aprovado,
ainda terá de passar pelo Senado.
O pedido do Sindifisco era pela edição de uma medida provisória,
que tem efeitos imediatos, mas o governo não atendeu o pleito. Com isso,
o sindicato teme que o tempo de tramitação no Legislativo postergue a
concessão dos reajustes, gerando prejuízos aos servidores, segundo
Damasceno. Não é a primeira vez que a categoria utiliza seu poder sobre
os cofres públicos para conseguir acordos vantajosos e acelerar suas
demandas.
Ao todo, os servidores da Receita devem receber um reajuste de
21,3% em quatro anos, cujo impacto será de R$ 2,097 bilhões em todo o
período. Além disso, está previsto um bônus de eficiência, pago
inclusive a servidores inativos, que custará R$ 6,479 bilhões até 2019,
segundo cálculos do governo enviados ao Congresso Nacional.
copiado http://economia.estadao.com.br/
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