Novo Banco com prejuízos de 362,6 milhões de euros no primeiro semestre

  • Novo Banco com prejuízos de 362,6 milhões de euros no primeiro semestre

    Instituição divulgou resultados em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
    O Novo Banco registou um prejuízo de 362,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano, valor que compara com os 251,9 milhões de euros de prejuízo verificado no período homólogo do ano passado, divulgou hoje a instituição.
    Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco justifica que o resultado líquido foi influenciado negativamente pela "provisão para custos de reestruturação e pelo registo da totalidade do valor relativo à Contribuição Sobre o Setor Bancário e das contribuições para o Fundo de Resolução Nacional e Fundo Único de Resolução".
    "Sem estes efeitos, o resultado do semestre seria negativo em 243,9 milhões de euros", refere o banco.
    O resultado operacional foi positivo em 142,3 milhões de euros, superior a todo o resultado gerado em 2015 (125 milhões de euros), destaca o banco.
    O produto bancário situou-se em 446,5 milhões de euros, equivalente a uma subida de 7,7% face ao período homólogo, "com o resultado financeiro a evidenciar um crescimento de 22% e a representar 59% deste agregado".
    Os resultados de operações financeiras foram positivos em 60,6 milhões de euros.
    Já os custos operativos, no montante de 304,2 milhões de euros, representam uma diminuição de 23,4% face ao período homólogo do ano anterior, "refletindo o esforço empreendido pelo grupo, nomeadamente, na redução do número de colaboradores, na simplificação e melhoria de processos e na otimização da estrutura operativa e comercial".
    As provisões totalizaram 576,7 milhões de euros, uma subida de 112,3% face ao semestre homólogo (de 271,6 milhões de euros), e incluem uma provisão para custos com o processo de reestruturação em curso, no valor de 109,6 milhões de euros.
    Os depósitos de clientes, segundo o banco, totalizaram 25,1 mil milhões de euros, próximo do registado em março de 2016, "estabilizado após a quebra verificada no 1.º trimestre, reflexo da diminuição dos depósitos de grandes empresas e institucionais influenciada pela política de redução de preço que tornou a oferta neste segmento menos competitiva e pelas repercussões da retransmissão de cinco emissões seniores para o perímetro do BES".
    No segmento de particulares, apresentou um crescimento de cerca de 500 milhões de euros no trimestre, segundo o banco.
    O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias/ crédito total foi de 15,7%, com o respetivo rácio de cobertura por provisões a situar-se em 104,3%, enquanto a cobertura do crédito a clientes por provisões era de 16,4%.
    O crédito em risco representava 23,9% do total da carteira de crédito e a cobertura situou-se em 68,5%.
    Os custos com pessoal totalizaram 157 milhões de euros (-23,2% face a junho de 2015), para o que contribuiu a redução, face a 30 de junho de 2015, de 1.202 colaboradores (dos quais 203 relativos a atividades em descontinuação).
    copiado   http://www.dn.pt/dinheiro/i

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