Com críticas a antecessor, ministro lança programação olímpica Calero nega perseguição política em demissões no MinC Ministério da Cultura dispensou 81 funcionários comissionados no início da semana

Marcelo Calero Foto: Claudio Belli / Agência O Globo


Ministro da Cultura nega perseguição política em demissões no ministério

Com críticas a antecessor, ministro lança programação olímpica

Estão previstos 561 eventos na cidade; Calero nega diminuição no calendário

Com críticas à gestão anterior, ministro da Cultura lança programação para a Olimpíada

Estão previstos 561 eventos na cidade; Calero nega diminuição no calendário

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Marcelo Calero - Claudio Belli / Agência O Globo
RIO – O ministério da Cultura (MinC) anunciou nesta sexta-feira uma programação com 561 eventos no Rio durante o período das Olimpíadas e das Paralimpíadas. Em maio, o então ministro Juca Ferreira havia afirmado que o calendário contaria com duas mil atividades. O atual responsável pela pasta, Marcelo Calero, negou que tenha havido uma diminuição e afirmou que número anterior não era "verdadeiro" e representava um "discurso megalomaníaco".
A maior parte da programação acontecerá no período dos Jogos Paralímpicos. Segundo o ministro, o objetivo é complementar o calendário já divulgado pela prefeitura, que prevê 900 atividades, a maioria delas acontecendo durante a Olimpíada do Rio. Calero destacou ainda que haveria impactos logísticos na cidade se houvesse uma concentração ainda maior de eventos no período dos Jogos Olímpicos. Estão previstos shows e exposições, em locais como a Biblioteca Nacional, Fundição Progresso, Museu Histórico Nacional e Museu Nacional de Belas Artes.
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O MinC já empenhou R$ 50 milhões nas contratações e, até o fim do ano, mais R$ 35 milhões poderão ser gastos. Classificando a gestão anterior de "desastrosa", Calero afirmou que, ao assumir o ministério, encontrou apenas um "esboço" da programação. — Constatamos que não havia programação, mas um esboço de programação, e há uma diferença muito grande nisso. Uma coisa é fazer contatos informais e outra é fazer a contratação. Não estamos preocupados com números. Estamos preocupados em requalificar essa programação e fazer com que tenha consistência e robustez do ponto de vista jurídico — disse o ministro, citando a "diversidade" da programação cultural.
Segundo Calero, os editais que já haviam sido finalizados, as despesas já empenhadas e as contratações que estavam feitas foram mantidos. Um festival de luzes que aconteceria na Baía de Guanabara, ao custo de R$ 4 milhões, foi cancelado. De acordo com o ministro, o gasto era "excessivo", e o contrato, "frágil", por a empresa responsável não preenche os requisitos para ser contratada por dispensa de licitação, como havia acontecido. Já o valor com a programação da Fundição Progresso foi reduzido de R$ 10 milhões para R$ 4 milhões.

MUSEUS NAS OLIMPÍADAS
O ministro afirmou ainda que havia risco de os museus federais do Rio ficarem fechados durante os Jogos, por falta de condições de segurança e limpeza. O governo federal remanejou R$ 236 milhões do orçamento para o MinC, o que, segundo Calero, vai permitir o funcionamento da rede.
— O Museu Nacional de Belas Artes estava em situação complicada. Tinha escritórios nossos sem internet, porque a internet não estava paga. O Ibram pegava internet de outra repartição, com um fio, porque não tinha dinheiro para pagar a internet —criticou.
PARTE DA PROGRAMAÇÃO
Festival Interações, entre 10 de agosto e 18 de setembro na Casa Brasil, e entre 6 e 18 de setembro na Fundição Progresso
Mostra Funarte de Festivais de Música, de 6 a 18 de setembro na Fundição Progresso
Um livro por uma ideia, a partir de 8 de agosto na Biblioteca Nacional
Bonecos Mamulengos, a partir de 13 de agosto na Casa Paschoal Carlos Magno
Bienal de Música Brasileira Contemporânea, agosto e setembro na Escola de Música da UFRJ

Calero nega perseguição política em demissões no MinC

Ministério da Cultura dispensou 81 funcionários comissionados no início da semana

Minc dispensou 81 funcionários comissionados no início da semana

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O ministro da Cultura, Marcelo Calero - Givaldo Barbosa / Agência O Globo / 18-5-2016
RIO – O ministro da Cultura, Marcelo Calero, negou, nesta sexta-feira, que tenha havido perseguição política na demissão de 81 funcionários comissionados do ministério, no início da semana. Segundo ele, das vagas abertas, entre 40 e 50 serão destinadas a servidores de carreira, por meio de um processo de seleção interno. O restante será extinto.
Calero afirmou que o processo faz parte de um movimento de "valorização do servidor de carreira" e disse que perdeu "pessoas competentes", inclusive no próprio gabinete. O ministro disse ainda que não haverá prejuízos operacionais para o ministério com a saída dos gestores de diversas diretorias e instituições vinculadas à pasta. Segundo ele, não haverá uma nova leva de demissões.
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— O recorte que fizemos (para as demissões) foi o de funcionários comissionados que não eram públicos de carreira. No Brasil, a gente tem que parar com a mania de fulanizar as coisas. Não existe pessoa vital. O que existe são cargos públicos a serem preenchidos por servidores de carreira — afirmou. O ministro disse também que a nomeação de Oswaldo Massaini Filho para a coordenação-geral da Cinemateca Brasileira será reavaliada nesta sexta-feira. Massaini é acusado de estelionato e recebeu diversas críticas de nomes do setor.

Calero reforçou as críticas feitas à gestão anterior do ministério, comandado por Juca Ferreira até o afastamento da presidente Dilma Rousseff, em maio.
— Pegamos o ministério numa situação de caos administrativo, desmontado. Tínhamos R$ 400 milhões de orçamento, o que não permitiria que o MinC sobrevivesse até o fim do ano. Tínhamos dívida de R$ 1 bi, obras paralisadas, editais não pagos e dívidas com fornecedores — criticou.
O ministro lançou na manhã desta sexta a programação cultural para o período das Olimpíadas e das Paralimpíadas. Ao todo, 561 eventos, a cargo do Ministério da Cultura, acontecerão na cidade. O calendário tem ainda 900 eventos sob responsabilidade da prefeitura.
   copiado  http://www.uol.com.br/

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