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O MinC já empenhou R$ 50 milhões nas contratações e, até o fim do ano, mais R$ 35 milhões poderão ser gastos. Classificando a gestão anterior de "desastrosa", Calero afirmou que, ao assumir o ministério, encontrou apenas um "esboço" da programação. — Constatamos que não havia programação, mas um esboço de programação, e há uma diferença muito grande nisso. Uma coisa é fazer contatos informais e outra é fazer a contratação. Não estamos preocupados com números. Estamos preocupados em requalificar essa programação e fazer com que tenha consistência e robustez do ponto de vista jurídico — disse o ministro, citando a "diversidade" da programação cultural.
Segundo Calero, os editais que já haviam sido finalizados, as despesas já empenhadas e as contratações que estavam feitas foram mantidos. Um festival de luzes que aconteceria na Baía de Guanabara, ao custo de R$ 4 milhões, foi cancelado. De acordo com o ministro, o gasto era "excessivo", e o contrato, "frágil", por a empresa responsável não preenche os requisitos para ser contratada por dispensa de licitação, como havia acontecido. Já o valor com a programação da Fundição Progresso foi reduzido de R$ 10 milhões para R$ 4 milhões.
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O ministro afirmou ainda que havia risco de os museus federais do Rio ficarem fechados durante os Jogos, por falta de condições de segurança e limpeza. O governo federal remanejou R$ 236 milhões do orçamento para o MinC, o que, segundo Calero, vai permitir o funcionamento da rede.
— O Museu Nacional de Belas Artes estava em situação complicada. Tinha escritórios nossos sem internet, porque a internet não estava paga. O Ibram pegava internet de outra repartição, com um fio, porque não tinha dinheiro para pagar a internet —criticou.
PARTE DA PROGRAMAÇÃO
Festival Interações, entre 10 de agosto e 18 de setembro na Casa Brasil, e entre 6 e 18 de setembro na Fundição Progresso
Mostra Funarte de Festivais de Música, de 6 a 18 de setembro na Fundição Progresso
Um livro por uma ideia, a partir de 8 de agosto na Biblioteca Nacional
Bonecos Mamulengos, a partir de 13 de agosto na Casa Paschoal Carlos Magno
Bienal de Música Brasileira Contemporânea, agosto e setembro na Escola de Música da UFRJ
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— O recorte que fizemos (para as demissões) foi o de funcionários comissionados que não eram públicos de carreira. No Brasil, a gente tem que parar com a mania de fulanizar as coisas. Não existe pessoa vital. O que existe são cargos públicos a serem preenchidos por servidores de carreira — afirmou. O ministro disse também que a nomeação de Oswaldo Massaini Filho para a coordenação-geral da Cinemateca Brasileira será reavaliada nesta sexta-feira. Massaini é acusado de estelionato e recebeu diversas críticas de nomes do setor.
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— Pegamos o ministério numa situação de caos administrativo, desmontado. Tínhamos R$ 400 milhões de orçamento, o que não permitiria que o MinC sobrevivesse até o fim do ano. Tínhamos dívida de R$ 1 bi, obras paralisadas, editais não pagos e dívidas com fornecedores — criticou.
O ministro lançou na manhã desta sexta a programação cultural para o período das Olimpíadas e das Paralimpíadas. Ao todo, 561 eventos, a cargo do Ministério da Cultura, acontecerão na cidade. O calendário tem ainda 900 eventos sob responsabilidade da prefeitura.
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