Passos espera que recapitalização da CGD não entre no défice
O líder social-democrata lembrou que a Comissão Europeia deu mais um ano a Portugal para sair do procedimento por défice excessivo
Passos espera que recapitalização da CGD não entre no défice
O
líder social-democrata lembrou que a Comissão Europeia deu mais um ano a
Portugal para sair do procedimento por défice excessivo
O
presidente do PSD Pedro Passos Coelho espera que a recapitalização da
Caixa Geral de Depósitos (CGD) não entre na contabilização do défice
nacional de 2016, embora avise que o Estado terá de contrair dívida para
a realizar.
"Espero, honestamente, que
possa ser poupada essa medida na contabilização do défice português
embora saibamos que ela irá sempre na dívida, porque se o Estado meter
lá mais dinheiro, terá de contrair dívida para por lá esse dinheiro",
disse Passos Coelho aos jornalistas em Cantanhede, distrito de Coimbra.
Em
declarações à margem de uma visita à Feira Agrícola, Comercial e
Industrial (Expofacic), o líder do PSD lembrou que em 2012 o governo por
si liderado fez uma recapitalização da CGD "e essa recapitalização foi a
défice".
"Se a Comissão Europeia,
hoje, tiver um entendimento diferente deverá justificá-lo", defendeu
Passos Coelho, argumentando ainda que "o que puder ajudar a que o nosso
desempenho do ponto de vista do défice melhore, é bom".
O
líder social-democrata lembrou que a Comissão Europeia "deu mais um
ano" a Portugal para sair do procedimento por défice excessivo e que
este, no final de 2016, terá de ficar abaixo dos 3% mas disse não
possuir informações sobre se a recapitalização da CGD será ou não
contabilizada no défice.
"Não estou em
condições de poder confirmar isso, porque não tenho confirmação. Há
jornais que dão essa notícia e nós já nos vamos habituando a que muitas
das notícias sejam dadas nos jornais mas não confirmadas pelo Governo",
disse Passos Coelho que deixou ainda críticas ao ministro das Finanças
Mário Centeno.
"O ministro das Finanças
ainda ontem [sexta-feira] esteve no Parlamento, teria tido uma boa
possibilidade de poder confirmar essas coisas, mas não confirma. O
ministro das Finanças, de cada vez que fala, deixa imensas dúvidas para
futuro mas nunca esclarece nada, é uma coisa extraordinária", acusou.
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