CGD. Costa Silva e Fernando Guedes propostos para não executivos
Centeno insiste: há "desvio" de três mil milhões no plano de reestrutuação
Desvio
da evolução realizada face ao plano definido tem vindo a ser
significativo, não obstante esforço realizado ao longo dos últimos anos
O
ministro das Finanças reiterou hoje que há um "desvio" de três mil
milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos (CGD) "entre o resultado
operacional previsto inicialmente e o esperado para o final do plano de
reestruturação" do banco, em 2017.
"Por
análise da diferença entre o resultado operacional previsto
inicialmente e o esperado para o final do plano de reestruturação em
2017, a perspetiva é de uma diferença de cerca de três mil milhões de
euros. Foi a este desvio que me referi. É uma diferença entre um plano e
a sua execução. E é assim que deve ser entendido e interpretado",
assinalou Mário Centeno.
O governante
falava na comissão de inquérito à Caixa, onde está hoje a ser ouvido, e
voltou a falar no desvio no plano de negócios do banco que já havia
sinalizado no começo do mês em audição na comissão parlamentar de
Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
O
ministro frisou que plano de reestruturação que foi apresentado em 2013
na Caixa, "em resultado da operação de capitalização, assentou no
compromisso de melhoria de um conjunto de rácios e performance".
Não
obstante, e "apesar do esforço realizado ao longo deste tempo, com
melhoramento de alguns indicadores de atividade", o facto é que "desde o
início do plano de reestruturação, o desvio da evolução realizada
frente ao plano definido tem vindo a ser significativo", continuou.
De
todo o modo, o titular da pasta das Finanças do Governo do PS vincou
que o executivo "não alimentará incertezas e ruído" sobre o banco
público, algo que diz existir "nos últimos tempos.
"É
importante transmitirmos, e todos os presentes nesta sala têm
responsabilidade nisso, uma mensagem de tranquilidade e de confiança",
advogou o governante.
Mário Centeno
está hoje a ser ouvido no parlamento e encerra o primeiro lote de
audições na comissão de inquérito: na quarta-feira foi ouvido o ainda
presidente da CGD, José de Matos e na quinta-feira os deputados
escutaram as palavras do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.
A
comissão de inquérito à Caixa, imposta potestativamente por PSD e
CDS-PP, tomou posse a 05 de julho na Assembleia da República, e é
presidida pelo deputado do PSD José Matos Correia.
A
comissão debruça-se, por exemplo, sobre a gestão do banco público desde
o ano 2000 e aborda ainda o processo de recapitalização da Caixa Geral
de Depósitos, atualmente em negociação com Bruxelas.
Os
trabalhos dos parlamentares são agora interrompidos para férias e a
comissão de inquérito retoma a sua atividade no começo de setembro.
copiado http://www.dn.pt/dinheiro/
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