Promotor corrupto de Minas não vira notícia. Mas virou réu.
No dia 10 de dezembro do ano passado, o promotor Fábio Guedes
Paula Machado, do Ministério Público de Minas Gerais, foi detido ao
tentar embarcar com o equivalente a R$ 100 mil, em euros. A...
No dia 10 de dezembro do ano passado, o promotor Fábio Guedes Paula Machado, do Ministério Público de Minas Gerais, foi detido ao tentar embarcar com o equivalente a R$ 100 mil, em euros.
A partir daí, descobriu-se que Machado tinha um curioso esquema de corrupção e lavagem de dinheiro montado com a advogada Vera Lúcia Serralha Mendes, sua ex-aluna e ex-estagiária.
Vera era contratada por empresas e empresários de Uberlândia para casos que envolviam questões ambientais e urbanísticas na Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo e Patrimônio de Uberlândia, onde Fábio era o titular. Ele providenciava pareces “ao gosto do freguês” e ambos dividiam o dinheiro recebidos pela advogada como honorários.
Como esquema, ambos ganharam mais de R$ 3 milhões (os valores na denúncia não estão corrigidos).
Foram descobertos por acaso, graças à apreensão de dinheiro, num “vacilo” de Fábio.
A não ser ali e aqui, o caso não virou notícia e o MP de Minas só divulgou quase um mês depois a denúncia contra o promotor, oferecida dia 1º de julho.
No país em que pedalinhos e canoas de lata vão para a primeira página dos jornais e minutos incontáveis na TV, um caso destes, como o “glamour” da relação afetiva que se descreve na denúncia e a cena do dinheiro no aeroporto não é notícia.
O promotor corrupto, claro, não é de esquerda. Portanto, não vem ao caso.
No dia 10 de dezembro do ano passado, o promotor Fábio Guedes Paula Machado, do Ministério Público de Minas Gerais, foi detido ao tentar embarcar com o equivalente a R$ 100 mil, em euros.
A partir daí, descobriu-se que Machado tinha um curioso esquema de corrupção e lavagem de dinheiro montado com a advogada Vera Lúcia Serralha Mendes, sua ex-aluna e ex-estagiária.
Vera era contratada por empresas e empresários de Uberlândia para casos que envolviam questões ambientais e urbanísticas na Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo e Patrimônio de Uberlândia, onde Fábio era o titular. Ele providenciava pareces “ao gosto do freguês” e ambos dividiam o dinheiro recebidos pela advogada como honorários.
Como esquema, ambos ganharam mais de R$ 3 milhões (os valores na denúncia não estão corrigidos).
Foram descobertos por acaso, graças à apreensão de dinheiro, num “vacilo” de Fábio.
A não ser ali e aqui, o caso não virou notícia e o MP de Minas só divulgou quase um mês depois a denúncia contra o promotor, oferecida dia 1º de julho.
No país em que pedalinhos e canoas de lata vão para a primeira página dos jornais e minutos incontáveis na TV, um caso destes, como o “glamour” da relação afetiva que se descreve na denúncia e a cena do dinheiro no aeroporto não é notícia.
O promotor corrupto, claro, não é de esquerda. Portanto, não vem ao caso.
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