Recusa em ceder presidência do Mercosul à Venezuela é sinal de desespero


AFP/Arquivos / MIGUEL ROJO A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, fala com a imprensa, no Ministério das Relações Exteriores do Uruguai, Montevidéu, no dia 11 de julho de 2016
A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, considerou como um sinal de desespero a recusa do Brasil e do Paraguai de que seu país assuma a presidência rotativa do Mercosul, assinalando que é inadiável.
Para a chanceler, isso é um claro sinal de desespero. "É impossível que não se possa respeitar o cumprimento do tratado" constituinte do bloco regional, declarou Rodríguez, em Portugal, por telefone, ao canal de televisão Telesur.
Brasil e Paraguai rejeitam que a Venezuela assuma a direção do grupo - onde cada associado comanda por um período de seis meses - devido à crise pelo choque de poderes que atinge o país petroleiro.
Uma reunião de chanceleres prevista para o sábado (30) no Uruguai, a fim de aproximar as posições, foi cancelada. Isso agrava a situação do bloco, integrado também pela Argentina.
A ministra venezuelana assinalou que os estatutos do Mercosul só estabelecem duas condições para transferir o posto da presidência: que o país que a exerce - neste caso o Uruguai - complete seu período, e que a sucessão seja feita por ordem alfabética.
Por isso, ela "deve ser transferida sem nenhum tipo de atraso, sem nenhum tipo de desculpa, à Venezuela", destacou Rodríguez, que visita Lisboa.
Denunciando que o caso tem a pretensão de ser midiatizado "política e ideologicamente", a chanceler pediu que mantivesse a "unidade" do mecanismo, para o qual considerou necessário que a transferência de posto seja realizada "de forma automática".
A Venezuela, o país com as maiores reservas de petróleo do mundo e o último a entrar no bloco, está lidando com uma crise política e econômica, marcada pelo embate permanente com o Parlamento de maioria opositora.
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