Martin Schulz vai deixar o Parlamento Europeu
Presidente do Parlamento Europeu irá lançar-se na política alemã, avança a imprensa local
Martin Schulz vai deixar o Parlamento Europeu
Presidente do Parlamento Europeu irá lançar-se na política alemã, avança a imprensa local
O
presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, anunciou hoje que
vai abandonar a política europeia e concorrer nas próximas legislativas
alemãs, em 2017, contra a chanceler Angela Merkel.
"Não
irei concorrer para presidente do Parlamento Europeu no próximo ano,
irei candidatar-me ao Bundestag alemão como cabeça de lista do meu
partido, o SPD, pela Renânia do Norte/Vestfália", anunciou Schulz, numa
declaração e imprensa, em Bruxelas.
"Não foi uma decisão fácil", salientou.
O
SPD é atualmente parceiro da coligação governamental alemã liderada por
Markel, que já anunciou a candidatura a um quarto mandato como
chanceler.
A decisão de Schulz abre o
debate sobre a sua sucessão no PE, sendo o Partido Popular Europeu (PPE)
- o maior grupo político do PPE - apontado como a mais provável fonte
do próximo presidente.
No entanto,
políticos do PPE já ocupam a presidência do Conselho Europeu (Donald
Tusk) e da Comissão Europeia (Jean-Claude Juncker).
Martin
Schulz é deputado ao PE desde 1994 e entre 2004 e 2012 foi o líder da
bancada socialista no hemiciclo europeu. Foi eleito presidente do
Parlamento Europeu em 17 de Janeiro de 2012.
O alemão de coração lusitano
Martin Schulz tem uma relação próxima com Portugal, tendo mesmo assumido que o seu coração "é lusitano".
Livreiro
de profissão e admirado no plano político pelo seu trabalho na
assembleia europeia, que hoje mesmo lhe mereceu elogios por parte do
Partido Popular Europeu (PPE) - a família política de Merkel -, Schulz,
de 60 anos, conhece bem a realidade portuguesa, tendo viajado já por
diversas vezes a Portugal, que considera "uma grande nação" e que
defendeu em diversas ocasiões no plano europeu, como no recente processo
devido ao défice excessivo, insurgindo-se contra a aplicação de
qualquer sanção ao país.
Em abril
passado, por ocasião de uma visita oficial do Presidente da República a
Estrasburgo, Schulz revelou que teve mesmo oportunidade de confidenciar a
Marcelo Rebelo de Sousa que o seu coração "é lusitano", reforçando a
sua imagem de ser um "amigo de Portugal".
"Portugal
é uma grande nação e os portugueses são um grande povo. Eu não quero
repetir o que já disse bilateralmente (ao Presidente da República), mas
posso confessar aqui que o meu coração é lusitano, e depois do discurso
do chefe de Estado ainda mais", declarou então o presidente da
assembleia europeia, que até pronunciou algumas palavras em português.
"A vossa luta é a nossa luta, estamos ao vosso lado", disse Schulz.
Há
22 anos na política europeia, Schulz vai tentar finalmente a sua sorte
na política interna alemã - onde era até há poucos anos um "ilustre
desconhecido" -, e concorrerá pelo SPD (socialistas alemães) nas
próximas eleições legislativas alemãs, em 2017, contra a chanceler
Angela Merkel (CDU, centro-direita), procurando capitalizar o
protagonismo alcançado na Europa nos últimos cinco anos.
Nascido
em 1955 perto da cidade alemã de Aachen, junto à fronteira com a
Bélgica, Martin Schulz começou por ser livreiro, tendo aberto, com a
ajuda do irmão, a sua própria livraria na localidade de Würselen, que
geriu até 1994, altura em que se mudou de armas e bagagens para
Bruxelas, onde permaneceu até hoje.
Membro
do partido social-democrata alemão (SPD) desde os 19 anos, a sua
carreira política teve início antes de se candidatar a eurodeputado,
quando em 1987 foi eleito presidente da câmara de Würselen, tornando-se o
mais jovem autarca de sempre na Renânia do Norte/Vestfália, região pela
qual se vai candidatar como cabeça de lista do SPD nas eleições de
2017, indicou hoje.
Eurodeputado desde
1994 e eleito presidente do Parlamento Europeu em 2012, Schulz, que em
2014 concorreu contra Jean-Claude Juncker (Partido Popular Europeu) ao
cargo de presidente da Comissão Europeia, acabou por perder essa corrida
à sucessão de José Manuel Durão Barroso e foi reconduzido na liderança
da assembleia, tornando-se o mais "longínquo" presidente do PE de sempre
(os mandatos de cinco anos sempre foram divididos em dois, por acordo
das duas grandes famílias políticas europeias, o PPE e os Socialistas
Europeus).
copiado http://www.dn.pt/portugal/
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