Paulo Macedo confirmado como CEO da Caixa, Rui Vilar "chairman"
Comunicado diz que governo está a trabalhar na definição da restante equipa, juntamente com Paulo Macedo
Paulo Macedo confirmado como CEO da Caixa, Rui Vilar "chairman"
Comunicado diz que governo está a trabalhar na definição da restante equipa, juntamente com Paulo Macedo
O ministério das Finanças confirmou há minutos em comunicado que Paulo Macedo aceitou o convite para CEO (chief executive officer) da Caixa Geral de Depósitos.
Na
mesma nota, é acrescentado que Rui Vilar foi convidado e aceitou o
convite para ser "chairman" (presidente não executivo) do banco público.
Na atual equipa dirigente da CGD, Rui Vilar é vice-presidente não
executivo.
"O Governo está, em conjunto
com o Dr. Paulo Macedo e com o Dr. Emílio Rui Vilar, a trabalhar na
definição da composição do restante Conselho de Administração. O
processo de nomeação do novo Conselho de Administração da CGD segue
assim o seu curso normal", lê-se ainda no comunicado.
Paulo
Macedo, antigo ministro da Saúde do governo PSD/CDS de Pedro Passos
Coelho, sucede a António Domingues, que no passado domingo apresentou a
demissão ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Caixa,
num modelo em que havia um único presidente.
Esta
renúncia surgiu após cinco semanas de polémica em torno da recusa de
António Domingues relativamente à entrega da declaração de rendimentos
no Tribunal Constitucional, uma posição que mereceu críticas do PCP e
Bloco de Esquerda, parceiros do Governo no parlamento.
Na
altura, o Ministério das Finanças lamentou a decisão de António
Domingues e disse que esta só produziria efeitos no final do mês de
dezembro, remetendo para "muito brevemente" a designação do presidente
do Conselho de Administração do banco público "para apreciação por parte
do Single Supervisory Mechanism [Mecanismo Único de Supervisão]".
À
polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos pela nova
administração da CGD, que António Domingues se recusava a cumprir,
juntou-se, em seguida, uma nova dúvida relacionada com a eventualidade
de Domingues estar na posse de informação privilegiada sobre a Caixa
quando participou, como convidado, em três reuniões com a Comissão
Europeia para debater a recapitalização do banco, enquanto ainda era
quadro do BPI.
Depois
do comunicado do Ministério das Finanças a divulgar a renúncia de
António Domingues, que ficará para a história como uma das mais breves
lideranças de sempre da Caixa, o primeiro-ministro, António Costa,
defendeu que, "num regime democrático", todos têm de "respeitar a
legislação aprovada pela Assembleia da República".
Isto
porque, na última quinta-feira, os deputados do BE votaram alinhados
com os do PSD e do CDS e viabilizaram uma proposta de alteração à
proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) apresentada pelos
sociais-democratas que obriga os administradores da CGD a apresentarem
as declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional.
De
acordo com o comentador da SIC Luís Marques Mendes, terá sido a
aprovação desta lei no parlamento a levar António Domingues a apresentar
a sua renúncia.
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