Em Portugal
Marcelo sem dúvidas: OE2017 não tem normas inconstitucionais
O presidente destacou no entanto que a promulgação não implica "concordar necessariamente em termos políticos nem em termos jurídicos com tudo quanto contém
O
presidente destacou no entanto que a promulgação não implica "concordar
necessariamente em termos políticos nem em termos jurídicos com tudo
quanto contém"
O Presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, afastou hoje dúvidas de
constitucionalidade em relação a normas do Orçamento do Estado para
2017, afirmando que, se as tivesse, já as teria suscitado.
"Se
tivesse dúvidas de constitucionalidade, tinha suscitado essas dúvidas",
afirmou o chefe de Estado, em resposta aos jornalistas, na baixa
lisboeta, à saída de uma visita à Sociedade de Geografia de Lisboa.
O
Presidente da República foi questionado sobre esta matéria tendo em
conta que, quando falou ao país sobre o Orçamento do Estado para 2017,
referiu que a sua promulgação não implicava "concordar necessariamente
em termos políticos nem em termos jurídicos com tudo quanto contém" o
diploma.
Quando promulgou o Orçamento
do Estado para 2016, em 28 de março, Marcelo Rebelo de Sousa declarou
que o fazia sem dúvidas de constitucionalidade, coisa que não fez ao
promulgar o Orçamento para 2017, no dia 21 de dezembro.
Interrogado
sobre esta questão, o Presidente da República começou por responder
que, "se está promulgado, está promulgado", e assinalou que o Orçamento
para 2017" vai entrar em vigor dia 01, depois de amanhã".
Depois,
disse que "o Presidente não tem de estar a concordar com tudo o que é
pormenor, se a solução é melhor ou pior", porque "não é essa a sua
função", mas acrescentou: "Se tivesse dúvidas de constitucionalidade,
tinha suscitado essas dúvidas".
Nestas
declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a
comentar o almoço que teve na quinta-feira com o presidente do PSD,
Pedro Passos Coelho, no Palácio de Belém, declarando: "Nunca comento os
encontros com líderes partidários, é um princípio básico. Eles, se
quiseram, falam".
Quanto aos seus
desejos para 2017, o chefe de Estado disse esperar "um ano com
crescimento, com emprego, com estabilidade política e social".
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