A arquitetura dos tempos de ódio
Não se trata de descobertas da pólvora, mas a entrevista do
professor Jorge Chaloub, da Fundação Getúlio Vargas, hoje, na Folha,
desenha, com concisão e clareza, os tempos que estamos vivendo, com as
novas...
Não se trata de descobertas da pólvora, mas a entrevista do professor Jorge Chaloub, da Fundação Getúlio Vargas, hoje, na Folha, desenha, com concisão e clareza, os tempos que estamos vivendo, com as novas e intolerantes faces da direita que, há décadas, não assumia tão claramente a sua verdadeira natureza.
Clhaloub acerta em cheio ao apontar como esta nova expressão da direita tem raízes num discurso moral, “dividindo o mundo entre bem e mal”. como se bem e mal, desde o fim do Éden, não convivessem em tudo e em todos e obrigasse a todos a ter um pensamento único e mesquinho, algo que o neoliberalismo, por ter tentado fazer no plano filosófico, não conseguiu lograr penetrar tão profundamente na sociedade. Do qual divergir passo a ser tratado como uma doença mental:
Da leitura da entrevista – cuja a íntegra está aqui – emerge claramente o entendimento que a Lava Jato, com seus transbordamentos dos conceitos morais sobre os jurídicos, funcionou como um catalisador de deste processo de “culpa ideológica” onde as posições políticas são criminalizadas e a adesão ao pensamento de esquerda fornece a convicção, independente de provas, de que alguém tem uma moral dissoluta.
Embora tenha tido um sucesso que não conhecia há meio século, esta maré reacionária tem contra si, sempre, o processo histórico. Tomado o poder, ainda que por seus cúmplices e não diretamente, os dias vão deixando claro não só a hipocrisia deste discurso moral – que se vale dos piores tipos para impor-se – mas também sua incapacidade de oferecer alternativas a um país de massas, como é o Brasil hoje.
Mas wue ninguém se iluda: mesmo fadada a durar pouco tempo, as marcas e feridas que ele deixará em nosso país e na vida de nosso povo serão profundas, dolorosas e difíceis de cicatrizar.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/Não se trata de descobertas da pólvora, mas a entrevista do professor Jorge Chaloub, da Fundação Getúlio Vargas, hoje, na Folha, desenha, com concisão e clareza, os tempos que estamos vivendo, com as novas e intolerantes faces da direita que, há décadas, não assumia tão claramente a sua verdadeira natureza.
Clhaloub acerta em cheio ao apontar como esta nova expressão da direita tem raízes num discurso moral, “dividindo o mundo entre bem e mal”. como se bem e mal, desde o fim do Éden, não convivessem em tudo e em todos e obrigasse a todos a ter um pensamento único e mesquinho, algo que o neoliberalismo, por ter tentado fazer no plano filosófico, não conseguiu lograr penetrar tão profundamente na sociedade. Do qual divergir passo a ser tratado como uma doença mental:
Por isso, todas as posições que se
assemelhem à esquerda são retratadas como patologias, como exposto pelo
termo “esquerdopata”.
Os fanáticos, os justiceiros, os odientos, se nucleam – ou aderem – a
centros de formulação “com vínculos com o empresariado e a mídia”e
exploram a decepção e à cena política tradicional. A crise econômica
aduba este processo de brotamento de novos ramos na velha árvore do
conservadorismo.Da leitura da entrevista – cuja a íntegra está aqui – emerge claramente o entendimento que a Lava Jato, com seus transbordamentos dos conceitos morais sobre os jurídicos, funcionou como um catalisador de deste processo de “culpa ideológica” onde as posições políticas são criminalizadas e a adesão ao pensamento de esquerda fornece a convicção, independente de provas, de que alguém tem uma moral dissoluta.
Embora tenha tido um sucesso que não conhecia há meio século, esta maré reacionária tem contra si, sempre, o processo histórico. Tomado o poder, ainda que por seus cúmplices e não diretamente, os dias vão deixando claro não só a hipocrisia deste discurso moral – que se vale dos piores tipos para impor-se – mas também sua incapacidade de oferecer alternativas a um país de massas, como é o Brasil hoje.
Mas wue ninguém se iluda: mesmo fadada a durar pouco tempo, as marcas e feridas que ele deixará em nosso país e na vida de nosso povo serão profundas, dolorosas e difíceis de cicatrizar.
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