Mais de nove mil lojas do Rio fecharam as portas no ano passado Em comparação com 2016, aumento foi de 31,7%. As regiões mais afetadas foram Zona Norte (3.408 lojas) e Oeste (2.912)





Loja fechada na Zona Sul: entidade alega que há concorrência desleal com camelôs, agravada pela violência e pela crise do governo - Custódio Coimbra em 04.01.2018 / Agência O Globo

RIO - No ano passado, 9.121 estabelecimentos comerciais do município do Rio fecharam suas portas, segundo um levantamento feito pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio). De acordo com a entidade, isso representa um aumento de 31,7% em comparação com o mesmo período de 2016. As regiões mais afetadas foram Zona Norte (3.408 lojas), Zona Oeste (2.912), Zona Sul (1.459) e Centro (1.342).

Ainda de acordo com a pesquisa, somente no mês de dezembro, 1.084 lojas deixaram de existir na capital, ou seja, uma crescimento de 44,1% em relação ao mesmo mês de 2016. O maior impacto foi registrado na Zona Norte (385 estabelecimentos), na Zona Oeste (366), na Zona Sul (174) e no Centro (159).


Entre as razões apontadas estão a crise no estado (com o pagamento de salários em atraso para os servidores públicos), a alta do desemprego, a concorrência desleal com os camelôs, o aumento da violência, o recuo na atividade econômica e a queda nas vendas.

Considerando todo o estado, ao longo de 2017 foram fechados 21.139 estabelecimentos. Isso corresponde a um aumento de 26,5% em relação a todo o ano de 2016. Levando em conta apenas o mês de dezembro, foram encerradas 2.491 lojas (crescimento de 43,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior).

“Neste momento de incertezas, a primeira atitude do consumidor é reduzir os gastos, entre eles as compras. Com isso, o comércio lojista, já massacrado pelo peso da burocracia e da alta carga tributária, acaba sucumbindo e não encontra alternativa a não ser o encerramento de sua atividade”, disse Aldo Gonçalves, presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), por meio de nota, lembrando ainda que a violência e a desordenada invasão dos camelôs vem prejudicando a atividade: “Para se ter ideia, o comércio gastou R$ 1,5 bilhão com segurança no ano passado”.
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