Ex-modelo da Playboy diz a CNN que 'estava apaixonada' por Trump O que pensa John Bolton, belicista nomeado assessor de segurança da Casa Branca por Trump
Ex-modelo da Playboy diz a CNN que 'estava apaixonada' por Trump
WASHINGTON (Reuters) - Karen McDougal, ex-modelo da Playboy que afirma ter tido um caso com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante 10 meses a partir de 2006, disse --em uma entrevista ao programa Anderson Cooper 360, da rede CNN, transmitida na noite de quinta-feira-- que estava apaixonada pelo magnata.
Indagada se Trump disse alguma vez que a amava, Karen respondeu: "O tempo todo. Ele sempre dizia que me amava."
Quando questionada se pensou que o caso terminaria em casamento, ela disse: "Talvez".
A Casa Branca diz que Trump nega ter tido um caso com Karen.
Foi sua primeira entrevista desde que ela processou a American Media Inc, proprietária do tabloide National Enquirer, no início desta semana para ser liberada de um acordo que dá à organização direitos exclusivos sobre sua história a respeito do suposto romance.
Em fevereiro a revista New Yorker noticiou que Trump teve um caso com Karen ao mesmo tempo em que estava envolvido com uma atriz pornô, e o National Enquirer pagou 150 mil dólares à modelo para evitar que sua história viesse a público.
Karen disse à CNN que está se manifestando publicamente porque "quero compartilhar minha história porque todos estão falando dela".
A ex-modelo afirmou que ela e Trump fizeram sexo dezenas de vezes sem usar proteção depois do início do relacionamento em Los Angeles em junho de 2006, não muito tempo depois de sua esposa, Melania, dar à luz o filho Barron.
Ela disse ter conhecido o atual presidente na Mansão Playboy durante a filmagem de "Celebridade Aprendiz", reality show que ele apresentava. "Fiquei atraída por ele. Ele é um homem bonito. Gostei de seu carisma."
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Dono de frases polêmicas e de uma fama de belicista e nacionalista, John Bolton, ex-embaixador dos Estados Unidos na ONU e figura-chave da Guerra do Iraque, foi nomeado conselheiro nacional de segurança do presidente Donald Trump.
O que pensa John Bolton, belicista nomeado assessor de segurança da Casa Branca por Trump
Dono de frases polêmicas e de uma fama de belicista e nacionalista, John Bolton, ex-embaixador dos Estados Unidos na ONU e figura-chave da Guerra do Iraque, foi nomeado conselheiro nacional de segurança do presidente Donald Trump.
Forte defensor do "poder Americano" e do fortalecimento das fronteiras, ele sugeriu recentemente atacar a Coreia do Norte e o Irã. Em comunicado após ser escolhido, afirmou que sua nomeação dará a Trump uma "vasta gama de opções" em política de segurança.
Aos 69 anos, Bolton é figura proeminente em política externa no círculo republicano, tendo participado dos governos de Ronald Reagan, George Bush e George W. Bush.
No último governo Bush, ele ajudou a "vender" para a comunidade internacional a teoria de que Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa no Iraque. Posteriormente foi comprovado que o regime do então líder iraquiano não tinha esse tipo de armamento.
No afã para invadir o Iraque, Bolton pressionou pela demissão do brasileiro José Bustani, que era presidente da agência das Nações Unidas responsável por monitorar a existência de armas químicas. Na época, o novo conselheiro de Trump era subsecretário de Estado do governo George W. Bush.
José Bustani queria enviar especialistas ao Iraque antes da invasão dos EUA para verificar se, de fato, Saddam possuía armas de destruição em massa, como alegavam os americanos.
O brasileiro afirma que recebeu um telefonema "ameaçador" de Bolton, na ocasião. Pouco depois, Bustani foi demitido do cargo com o voto de um terço dos países-membros da ONU.
Posteriormente, a mais alta corte administrativa das Nações Unidas condenou a votação, promovida pelos EUA, como uma "violação inaceitável" dos princípios destinados a proteger funcionários civis.
Saiba mais sobre as crenças do novo homem forte do governo Trump.
1. Um ataque à Coreia do Norte é 'perfeitamente justificável'
A visão de Bolton sobre a Coreia do Norte gera expectativas, já que Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, podem vir a se reunir em maio.
O novo conselheiro de segurança já deixou claro que ele acredita que a Coreia do Norte e seu programa nuclear representam uma "ameaça iminente" aos Estados Unidos.
"Diante das lacunas na inteligência dos Estados Unidos sobre a Coreia do Norte, não devemos esperar até o último minuto (para usar a força)", escreveu ele em artigo na publicação americana Wall Street Journal em fevereiro.
"É perfeitamente legítimo que os Estados Unidos respondam atacando a Coreia do Norte primeiro."
2. Tudo bem bombardear o Irã também
Donald Trump teria demitido Rex Tillerson do cargo de secretário de Estado por suas visões conflitantes acerca do acordo nuclear iraniano, do qual o presidente americano tem sido um feroz crítico.
John Bolton tem visões mais alinhadas com as de Trump. Ele criticou duramente Barack Obama por concordar, em 2015, com o acordo nuclear iraniano, escrevendo no ano passado que os termos do entendimento continham "grandes lacunas e que o Irã está usando essas lacunas para desenvolver mísseis e programas nucleares".
Em março de 2015, alguns meses antes de o acordo ser assinado, ele argumentou, no jornal The New York Times, que só uma ação militar resolveria a questão.
"O prazo é curto, mas um ataque ainda pode ser bem-sucedido", afirmou, defendendo uma ação militar de Israel contra o vizinho.
"Essa ação deve ser combinada com um apoio vigoroso dos Estados Unidos à oposição iraniana, com o objetivo de mudar o regime em Teerã."
3. Ele não é fã das Nações Unidas
"Não existe 'Nações Unidas'", disse Bolton, num discurso em 1994. "Existe uma comunidade internacional que ocasionalmente pode ser liderada pelo único verdadeiro poder remanescente no mundo, os Estados Unidos, quando isso for compatível com nossos interesses."
Esse discurso foi feito mais de uma década antes de ser nomeado por George W. Bush para ser o embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas, mas o ceticismo de Bolton a um organismo internacional que não responda a uma única nação soberana permanece.
A revista The Economist já o chamou de "o mais polêmico embaixador já enviado pelos EUA às Nações Unidas".
4. A Guerra do Iraque não foi um erro
Há algumas semanas, o presidente Donald Trump chamou a invasão dos Estados Unidos ao Iraque em 2003 de "a pior decisão já tomada" pelo país. Bolton discorda.
"Quando você diz que a queda de Saddam Hussein foi um erro, é simplista", afirmou ele numa entrevista à emissora americana Fox News.
Em 2016, Bolton também defendeu a mudança forçada de regime no Iraque.
"Se soubéssemos tudo o que sabemos hoje, claro que tomaríamos outras decisões, mas eu ainda destituiria Saddam Hussein, que era uma ameaça à paz e à estabilidade na região", afirmou ao Washington Post.
5. É preciso lidar de forma enérgica com a Rússia
Bolton já definiu a interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016 como um "verdadeiro ato de guerra que Washington não deve jamais tolerar".
Em julho de 2017, quando Trump se encontrou com Vladimir Putin e o presidente russo negou a interferência, Bolton escreveu que ele estava "mentindo, beneficiado pelo melhor treinamento da KGB".
Mais recentemente, após a notícia de que o ex-espião russo Sergei Skripal fora envenenado em solo britânico, Bolton defendeu que o Ocidente dê uma "resposta forte" à Rússia.
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