URGENTE PF prende amigos de Temer: José Yunes, coronel Lima e ex-ministro Rossi Dono da Rodrimar, centro do inquérito que envolve o presidente, também foi preso por determinação do ministro do STF Luís Roberto Barroso ‘Começou?’: Janot comenta prisão de Yunes em rede social TCU diz que decreto de Temer pode ter beneficiado empresas Registro de reunião reforça versão de delator sobre amigo de Temer

“Na verdade, eu fui um ‘mula’ involuntário”, disse Yunes.
Em sua delação premiada, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, operador financeiro do PMDB, afirmou ter buscado uma caixa com R$ 1 milhão no escritório de Yunes. O dinheiro pertenceria a Temer a partir de um acordo de caixa 2 feito com a Odebrecht.

URGENTE

PF prende amigos de Temer: José Yunes, coronel Lima e ex-ministro Rossi

Dono da Rodrimar, centro do inquérito que envolve o presidente, também foi preso por determinação do ministro do STF Luís Roberto Barroso
  • ‘Começou?’: Janot comenta prisão de Yunes em rede social

  • TCU diz que decreto de Temer pode ter beneficiado empresas

  • Registro de reunião reforça versão de delator sobre amigo de Temer


    PF prende amigos de Temer: José Yunes, coronel Lima e ex-ministro Rossi

    Operação determinada pelo ministro Barroso também prende dono da Rodrimar




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    O advogado José Yunes e o presidente Michel Temer - Zanone Fraissat/Folhapress


    BRASÍLIA — A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira, cinco pessoas investigadas no inquérito que apura irregularidades no decreto do presidente Michel Temer sobre o setor portuário. Entre os detidos, estão alguns dos mais próximos dos amigos de Temer: o advogado José Yunes, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, e o coronel da reserva da Polícia Militar João Baptista Lima Filho. Também foram presos os empresários Antonio Celso Grecco, do grupo Rodrimar, e Celina Torrealba, do grupo Libra. As prisões foram determinadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo  Tribunal Federal (STF), relator da investigação. Os pedidos de prisão foram feitos pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, após solicitação da Polícia Federal.
    Foram presos nesta quinta-feira:
    • José Yunes, ex-assessor da Presidência
    • Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura
    • Antonio Celso Grecco, dono do grupo Rodrimar
    • João Baptista Lima Filho, coronel da reserva da PM e amigo de Michel Temer
    • Celina Torrealba, uma das donas do grupo Libra
    Há, ainda, um mandado de prisão contra Milton Ortolan, ex-secretário-executivo do Ministério da Agricultura. Foram expedidos ao menos 15 mandados de busca e apreensão, que são cumpridos nos endereços dos alvos e na sede do grupo Libra.

    LEIA: José Yunes: Junto a Temer, da faculdade ao Planalto
    As prisões são temporárias, ou seja, com prazo de cinco dias. Por volta das 8h, Yunes seguia para a sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, no bairro da Lapa. Wagner Rossi foi detido em Ribeirão Preto, e Antonio Celso Grecco, em Monte Alegre do Sul, no interior de São Paulo. O empresário está a caminho da capital paulista, onde ficará detido na carceragem da PF. Advogados dos presos afirmaram que eles serão transferidos para Brasília.

    Por meio de nota, o advogado José Luis de Oliveira Lima, que defende Yunes afirmou que a prisão de do advogado é “inaceitável” e que seu cliente compareceu espontaneamente para depor nas investigações. “Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania”, diz o texto.
    Em nota, a defesa de Wagner Rossi diz que "são abusivas as medidas tomadas" e que o ex-ministro " está seguro de que provará sua inocência". De acordo com os advogados, ele está aposentado há sete anos e "nunca mais atuou profissionalmente na vida pública e privada"
    Em nota, a PGR afirmou que solicitou ao ministro Luís Roberto Barroso o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão no inquérito dos portos, mas que não irá dar detalhes porque as medidas ainda estão sendo cumpridas.

    ADVOGADO DE TEMER: “SÓ PELA TELEVISÃO”
    Um dos elementos que fundamentou a operação foi um inquérito antigo que apurava se Michel Temer recebeu propina no porto de Santos. Essa investigação havia sido arquivada em 2011 pelo STF, porque se baseava apenas em informações dadas pela ex-mulher do presidente da Codesp, Marcelo Azeredo, que entregou anotações que indicavam o recebimento de propina por Temer. No atual inquérito dos portos, a suspeita é que um decreto publicado por Temer no ano passado, que prorrogou o prazo das concessões portuárias, tenha favorecido indevidamente as empresas do setor.

    O advogado de Michel Temer Antonio Claudio Mariz de Oliveira disse que está acompanhando a operação “só pela televisão” e que não falou com o presidente. Disse ainda que não tem previsão de se encontrar com o peemedebista Afirmou também que não teve conhecimento de nenhum endereço ligado a Temer tenha sido alvo de buscas.
    No começo do mês, Barroso já havia determinado a quebra dos sigilos bancários de Temer e Yunes no âmbito da investigação do decreto dos portos. Além dos dois, também foram alvo da medida o ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures, flagrado com uma mala de dinheiro dada pelo grupo J&F. A decisão também quebrou os sigilios do coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, de Antônio Celso Grecco e de Ricardo Mesquita, diretor do grupo Rodrimar.

    AMIGO DE TEMER DESDE 1960
    O último encontro de Yunes e Temer ocorreu na última segunda-feira. Fora da agenda, o presidente jantou com o amigo em São Paulo, como revelou o colunista Lauro Jardim.
    Amigo de Temer desde a época da faculdade, nos anos 1960, Yunes foi assessor especial da Presidência até dezembro de 2016, quando pediu demissão do cargo após ter sido citado na delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. O delator disse aos investigadores que Yunes recebeu dinheiro em espécie em seu escritório em São Paulo.


    Na ocasião, Yunes disse, em depoimento, que recebeu um pedido do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) para que recebesse um documento em seu escritório, que depois seria recolhido por outra pessoa. Depois, em entrevista, Yunes afirmou que o pacote foi entregue por Lúcio Funaro:

    “Na verdade, eu fui um ‘mula’ involuntário”, disse Yunes.
    Em sua delação premiada, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, operador financeiro do PMDB, afirmou ter buscado uma caixa com R$ 1 milhão no escritório de Yunes. O dinheiro pertenceria a Temer a partir de um acordo de caixa 2 feito com a Odebrecht. A quantia teria sido remetida a Salvador, mais especificamente para o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), outro amigo íntimo do presidente da República, preso em setembro do ano passado.
    copiado  https://oglobo.globo.com/

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