Extremista é abatido após matar três pessoas em ataques na França
AFP / ERIC CABANISPolícia bloqueia o acesso a Trèbes
A Polícia francesa abateu nesta sexta-feira (23) um homem que matou três pessoas e feriu quatro em uma violenta ação que resultou em uma tomada de reféns em um supermercado no sul da França.
Toda a ação foi reivindicada pelo grupo radical Estado Islâmico.
"O suspeito primeiro roubou um carro em Carcassonne, matou o passageiro e feriu o motorista, para depois disparar contra o ombro de um policial nas proximidades do batalhão local. Em seguida, matou duas pessoas durante uma tomada de reféns no supermercado da localidade de Trèbes", que fica a 15 minutos de Carcassone, indicaram as fontes da investigação.
Segundo estas fontes, o homem, um marroquino de 30 anos identificado como Redouane Lakdim e já vigiado por ter-se radicalizado, entrou no supermercado Super U de Trèbes no final da manhã e abriu fogo contra clientes e funcionários.
AFP / FREDERICK FLORINO premier francês, Edouard Philippe (e), visita um distrito de Mulhouse, leste da França
Aparentemente armado com facas, uma arma curta e granadas, gritou "Alá Akbar" ("Alá é grande") ao entrar no estabelecimento comercial, de acordo com uma testemunha.
"Ele gritou e começou a disparar várias vezes", contou um cliente do supermercado à rádio FranceInfo.
"Vi a porta do frigorífico e pedi que as pessoas fossem se esconder lá comigo. Éramos dez e ficamos lá por uma hora. Houve mais disparos e fugimos pela porta de emergência dos fundos", completou.
Depois que os demais reféns conseguiram fugir, o agressor se entrincheirou com um policial que negociava com ele e que acabou ferido na operação das forças de segurança para matar o suspeito.
Um militar que participou do assalto à loja também acabou ferido a bala.
- Ataque terrorista -
"Tudo leva a crer que se trata de um ataque terrorista", declarou, em Bruxelas, o presidente francês, Emmanuel Macron, que anunciou sua volta imediata para Paris.
O atirador declarou atuar em nome do EI, segundo as autoridades.
"O homem que conduziu o ataque de Trèbes no sul da França é um soldado do Estado Islâmico, que agiu em resposta aos apelos da organização de atacar os países membros da coalizão internacional", segundo um comunicado da agência de propaganda extremista Amaq postado no aplicativo Telegram.
Se confirmado o vínculo de Redouane Lakdimcom com o EI, este ataque será o primeiro em importância ocorrido desde a eleição de Macron como presidente em maio passado.
A França continua em alerta depois da série de atentados registrados desde o ataque contra a revista satírica "Charlie Hebdo" em janeiro de 2015, quando 12 chargistas morreram.
A onda de atentados jihadistas deixou um total de 238 mortos e centenas de feridos em 2015 e 2016. Vários desses ataques tiveram militares e policiais como alvo.
As autoridades temem novos atentados, apesar do aumento das medidas de segurança instauradas pelo governo. São dez mil policiais e militares espalhados pelas ruas, estações e lugares turísticos.
O Estado Islâmico, que perdeu quase todo o território que conquistou no Iraque e na Síria, onde autoproclamou um califado em 2014, geralmente ameaça a França em represália por sua participação na coalizão militar internacional que luta contra seus combatentes nos dois países.
O EI convocou seus adeptos a atacarem "infiéis" em todo mundo, e o grupo tenta se infiltrar na Europa, graças aos extremistas que deixaram a Síria com o objetivo de cometer ataques em solo europeu.
O último ataque reivindicado pelo EI na França aconteceu em Marselha, em 1º de outubro. O tunisiano Ahmed Hanachi, de 29, matou dois jovens em frente à estação Saint-Charles, aos gritos de "Alá Akbar", antes de ser abatido por militares.
Extremista é abatido após matar três pessoas em ataques na França
AFP / Eric CabanisGendarmes franceses bloqueiam a estrada de acesso a Trèbes, onde ocorreu a tomada de reféns em um supermercado
A Polícia francesa abateu nesta sexta-feira (23) um homem que matou três pessoas e feriu quatro em uma violenta ação que resultou em uma tomada de reféns em um supermercado no sul da França.
Toda a ação foi reivindicada pelo grupo radical Estado Islâmico.
"O suspeito primeiro roubou um carro em Carcassonne, matou o passageiro e feriu o motorista, para depois disparar contra o ombro de um policial nas proximidades do batalhão local. Em seguida, matou duas pessoas durante uma tomada de reféns no supermercado da localidade de Trèbes", que fica a 15 minutos de Carcassone, indicaram as fontes da investigação.
Segundo estas fontes, o homem, um marroquino de 30 anos identificado como Redouane Lakdim e já vigiado por ter-se radicalizado, entrou no supermercado Super U de Trèbes no final da manhã e abriu fogo contra clientes e funcionários.
Aparentemente armado com facas, uma arma curta e granadas, gritou "Alá Akbar" ("Alá é grande") ao entrar no estabelecimento comercial, de acordo com uma testemunha.
"Ele gritou e começou a disparar várias vezes", contou um cliente do supermercado à rádio FranceInfo.
"Vi a porta do frigorífico e pedi que as pessoas fossem se esconder lá comigo. Éramos dez e ficamos lá por uma hora. Houve mais disparos e fugimos pela porta de emergência dos fundos", completou.
Depois que os demais reféns conseguiram fugir, o agressor se entrincheirou com um policial que negociava com ele e que acabou ferido na operação das forças de segurança para matar o suspeito.
Um militar que participou do assalto à loja também acabou ferido a bala.
- Ataque terrorista -
"Tudo leva a crer que se trata de um ataque terrorista", declarou, em Bruxelas, o presidente francês, Emmanuel Macron, que anunciou sua volta imediata para Paris.
O atirador declarou atuar em nome do EI, segundo as autoridades.
"O homem que conduziu o ataque de Trèbes no sul da França é um soldado do Estado Islâmico, que agiu em resposta aos apelos da organização de atacar os países membros da coalizão internacional", segundo um comunicado da agência de propaganda extremista Amaq postado no aplicativo Telegram.
Se confirmado o vínculo de Redouane Lakdimcom com o EI, este ataque será o primeiro em importância ocorrido desde a eleição de Macron como presidente em maio passado.
A França continua em alerta depois da série de atentados registrados desde o ataque contra a revista satírica "Charlie Hebdo" em janeiro de 2015, quando 12 chargistas morreram.
A onda de atentados jihadistas deixou um total de 238 mortos e centenas de feridos em 2015 e 2016. Vários desses ataques tiveram militares e policiais como alvo.
As autoridades temem novos atentados, apesar do aumento das medidas de segurança instauradas pelo governo. São dez mil policiais e militares espalhados pelas ruas, estações e lugares turísticos.
O Estado Islâmico, que perdeu quase todo o território que conquistou no Iraque e na Síria, onde autoproclamou um califado em 2014, geralmente ameaça a França em represália por sua participação na coalizão militar internacional que luta contra seus combatentes nos dois países.
O EI convocou seus adeptos a atacarem "infiéis" em todo mundo, e o grupo tenta se infiltrar na Europa, graças aos extremistas que deixaram a Síria com o objetivo de cometer ataques em solo europeu.
O último ataque reivindicado pelo EI na França aconteceu em Marselha, em 1º de outubro. O tunisiano Ahmed Hanachi, de 29, matou dois jovens em frente à estação Saint-Charles, aos gritos de "Alá Akbar", antes de ser abatido por militares
Os atentados ocorridos na França desde 2015
POOL/AFP / Etienne LAURENT(Arquivo) O presidente da França, Emmanuel Macron, conforta parente de vítima perto da casa de shows Bataclan
Um homem que disse atuar em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI) fez reféns nesta sexta-feira em um supermercado de Trèbes, perto Carcassonne, sul da França. Segue abaixo uma lista de atentados fatais executados na França desde 2015:
- 2015 -
- 13 de novembro: A França sofreu os piores atentados de sua história, que envolveram, pela primeira vez, homens-bomba. Os atentados atingiram, em Paris, a casa de shows Bataclan, vários bares e restaurantes do centro da capital, assim como os arredores do Stade de France, situado mais ao norte, em Saint-Denis. Um total de 130 pessoas morreram, principalmente jovens, e mais de 350 ficaram feridas. O EI reivindicou os ataques.
- 26 de junho: Yassin Salhi matou e decapitou seu chefe Hervé Cornara antes de tentar atingir a fábrica Air Products de Saint-Quentin-Fallavier (sudeste), ao avançar com sua caminhonete com cilindros de gás. Ele foi detido.
- 7-9 de janeiro de 2015: Os irmãos Said e Cherif Kouachi mataram 12 pessoas em 7 de janeiro na sede da revista satírica Charlie Hebdo, em Paris. Entre as vítimas estavam o diretor da publicação, vários de seus renomados cartunistas e dois policiais.
Após dois dias foragidos, as forças de segurança executaram os atacantes, entrincheirados em uma empresa nos arredores da capital.
Em 8 de janeiro, Amedy Coulibaly matou um policial e feriu um agente municipal em Montrouge, ao sul do País. E, um dia depois, fez reféns os clientes e funcionários de um supermercado de alimentos judaicos da capital francesa, matando quatro deles. Os agentes o mataram durante o ataque, pouco depois da morte dos irmãos Kouachi.
Os irmãos Kouachi afirmavam integrar a rede Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), Amedy Coulibaly o EI.
- 2016 -
- 26 de julho: o padre Jacques Hamel, de Saint-Etienne-du-Rouvray, norte da França, é degolado em sua paróquia por dois jihadistas, Abdel Malik Petitjean e Adel Kermiche, depois abatidos pela polícia. O assassinato foi reivindicado pelo EI.
- 14 de julho: o tunisiano Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, 31 anos, avança contra a multidão com um caminhão pouco antes de um espetáculo de fogos de artifício durante o feriado nacional em Nice (sudeste). O ataque matou 86 pessoas e feriu 400. Lahouaiej-Bouhlelfue foi morto pela polícia e o atentado foi reivindicado pelo EI.
- 13 de junho: Um extremista de 25 anos matou um policial em Magnanville, ao nordeste de Paris, na porta de sua casa, e a companheira deste último no interior da residência. Agentes da unidade de elite da polícia francesa executaram Larossi Abdalla, que havia reivindicado sua ação nas redes sociais em nome do EI.
- 2017-
- 1 de outubro: um tunisiano de 29 anos, Ahmed Hanachi, matou duas mulheres diante da estação Saint-Charles de Marselha (sul) aos gritos de "Alá Akbar" ("Alá é grande") antes de ser morto por militares. O EI reivindicou o ataque.
- 20 de abril: Em Paris, o policial Xavier Jugelé foi morto a tiros e outros dois agentes foram feridos em Champs Elysées por Karim Cheurfi, um ex-detento de 39 anos que foi morto pela polícia. O EI reivindicou o atentado.
copiado https://www.afp.com
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