Troco de Parente breca guinada na Petrobras
Nada mais dá certo no Palácio do Planalto. Foi um festival de trapalhadas durante a greve dos caminhoneiros. Perderam a mão até na capacidade de fritar aliados incômodos.
Depois de incensarem a gestão de Pedro Parente na Petrobras, ao serem atropelados pelos caminhoneiros, resolveram se livrar dele e de sua impopular política de reajustes de preços dos combustíveis. Mas estavam com medo da reação do mercado financeiro e de outros avalistas relevantes como a grande mídia. Acharam uma maneira esperta de faze-lo, no batido método de tirar a batata do fogo com a mão de outrem. De público, pareciam solidários a Parente, enquanto nos bastidores esquentavam o óleo estimulando e fazendo cobranças.
Pedro Parente ainda resistia quando, na terça-feira (29), Moreira Franco e o próprio Michel Temer atiçaram o fogaréu. Ao tirarem o tapete de Pedro Parente, eles imaginavam dois cenários: 1) – Ele se submeteria à pressão e abriria mão do controle da política de preços da Petrobras — as fórmulas já haviam sido vazadas, como o tal “colchão” de Moreira Franco ou dividir a decisão sobre os reajustes com a Agência Nacional de Petróleo. Sabiam que Parente não aceitaria essa alternativa; 2) — Manter o fogo alto até que conseguissem, com o menor custo, trocá-lo por alguém mais afinado com um nova política para a Petrobras, era a alternativa mais viável.
Ambas hipóteses subestimavam Parente, que conhece bem como as coisas funcionam em Brasília.
Na manhã da sexta-feira, ele conseguiu apanhar os profissionais do MDB de calça curta. Quando Parente estava no Palácio do Planalto entregando o pedido de demissão “irrevogável e irretratável”, a Bolsa de Valores abriu com as ações da Petrobras em alta. Com a divulgação de sua saída, o mercado reagiu, as ações da Petrobras despencaram, e o governo, frágil, ficou ainda mais acuado. Resultado: Parente emplacou seu sucessor e obrigou o próprio Temer, ao anunciar a indicação de Ivan Monteiro, a se comprometer com a atual política de preço da Petrobras.
Para não pairar dúvida, a edição do Jornal Nacional estendeu um tapete vermelho para a despedida de Pedro Parente.
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