SOLIDARIDADE
Ações de solidariedade e conscientização marcam Dia Nacional do Voluntariado
Voluntários e representantes de ONGs participam do Corredor da Solidariedade, na Avenida Agamenon Magalhães
ONGs e voluntários do Transforma Recife estarão presentes
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Cidades
Nesta terça-feira (27) comemora-se o Dia Nacional do Voluntariado, que no Recife será lembrado por ONGs e voluntários com uma comemoração especial. Para marcar a data, um Corredor da Solidariedade será realizado na Avenida Agamenon Magalhães, área central da cidade, para festejar um milhão de horas de trabalho voluntário realizadas na capital pernambucana por meio da plataforma Transforma Recife. Mais que o tempo de dedicação, o marco simboliza dezenas de exemplos de amor e generosidade.
Uma dessas histórias é protagonizada por Walkiria França, 40 anos, que abriu mão de seu antigo trabalho para criar um projeto que tem mudado a realidade das crianças que vivem na Comunidade Bola na Rede, na Guabiraba. O Ritmo do Coração começou há pouco mais de um ano e já atende boa parte das pessoas da localidade. Para as crianças, são realizadas diariamente atividades que envolvem várias áreas, desde aulas de reforço até balé. As mães não ficam de fora, também são organizadas aulas de zumba e artesanato para elas. Além disso, em alguns dias da semana, são oferecidas aulas de música para jovens e adultos.
As atividades são geridas por Walkiria e voluntários do Transforma Recife que se dispõem a ajudá-la. O projeto começou no ano passado como uma pequena iniciativa dela para entreter as mães de Bola na Rede. “Eu via que pouca coisa se fazia para as mulheres da comunidade. Pensando nelas, participei de um curso e comecei a dar aulas gratuitas de zumba. A adesão foi grande, mas eu sentia que ainda faltava alguma coisa para os filhos delas. Não podia deixar aquelas crianças brincando na rua o dia todo”, comenta a comerciante, que deixou de trabalhar e se dedica inteiramente ao projeto. “Nós precisamos disso. Sempre trabalhei muito e aprendi com minha mãe a ser solidária. Hoje, posso colocar em prática o voluntariado e ajudar nossa comunidade”, pontua Walkiria", conclui.
O aposentado Edilson Gomes da Silva, 70 anos, não tem suas atividades sociais contabilizadas na plataforma do Transforma, mas seu saldo de horas como voluntário também serve de exemplo para muita gente. Todas as sextas-feiras, sempre no início da manhã, ele sai de sua casa em Rio Doce, Olinda, e vai para a Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. O trajeto já faz parte da rotina do idoso há nove anos e, se depender dele, ainda vai fazer durante um bom tempo.
“As pessoas acham engraçado, mas eu digo que nada do que eu faço é tão bom quanto ir ajudar na Fundação. Todo o trabalho é pago no primeiro sorriso de uma criança que eu tenho o prazer de ajudar”, conta o aposentado. A relação de Edilson com o voluntariado começou após perder sua esposa, anos atrás. “Depois de perder minha companheira, comecei a doar uma quantia em dinheiro para o hospital que ela fez tratamento. De repente, me vi sozinho e aposentado. Eu queria fazer alguma coisa e, numa certa ocasião, fiquei sabendo de uma palestra que ia acontecer no FAV para voluntários. Fui, no ano de 2009, e me apaixonei pelo trabalho”, lembra. Lá, ele faz de tudo um pouco. Auxilia os médicos na organização dos pacientes, orienta quem está perdido, ajuda com informações e, se precisar, ainda limpa qualquer sujeirinha que caia no chão, como ele mesmo diz brincando.
Assim como Edilson, a dona de casa Letícia Galvão, 37 anos, também dedica parte de seus dias à ajudar quem tanto precisa. “Há dois anos eu me tornei voluntária no Movimento Pró-Criança (MPC). Vim trazer meus filhos para participarem de atividades e me encantei. Perguntei se poderia participar e logo me prontifiquei a ajudar. Aqui, eu fico mais na parte da cozinha, mas sempre estou disponível para o que precisarem”, comenta. Os filhos de Letícia, Nicole, 14 anos, e Nicolas, 13 anos, fazem aula de percussão no MPC e ela vê no voluntariado uma forma de retribuir o que é feito por eles. “Nós temos que retribuir. Se as pessoas começassem a olhar mais para o lado e enxergar as necessidades dos outros, ajudariam mais. Tem muita gente precisando e muito trabalho a ser feito”, acrescenta.
Para a dona de casa, esse tipo de ação é capaz de mudar realidades. “Eu sinto um prazer enorme em fazer parte. A gente sabe que não pode mudar o mundo de uma vez, mas com pequenas ações, conseguimos mudar pelo menos o local onde vivemos. Eu digo que, no final das contas, quem mais ganha sou eu”, conclui.
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Ações
Na ação desta terça, 200 voluntários e representantes de ONGs vão estar espalhados na Agamenon Magalhães festejando e conscientizando sobre a importância do voluntariado. O ato acontece das 8h às 10h, nos cruzamentos próximos ao Voluntariômetro, medidor de horas de trabalho realizado, que fica perto do Viaduto da Joana Bezerra. O ato também terá apresentações culturais.
A atriz Grazi Massafera também participará de uma ação em festejo ao Dia do Voluntariado no Recife. Nesta manhã, ela será voluntária na Casa Vincular e servirá café da manhã para pessoas em situação de rua, em Campo Grande, Zona Norte da cidade.
Além de distribuir a refeição, a atriz também participa das gravações da nova campanha do projeto, que tem um ano de funcionamento e já atendeu mais de 800 pessoas. Na sede, também são oferecidos banhos e atendimento em higiene pessoal.
Além de distribuir a refeição, a atriz também participa das gravações da nova campanha do projeto, que tem um ano de funcionamento e já atendeu mais de 800 pessoas. Na sede, também são oferecidos banhos e atendimento em higiene pessoal.
copiado https://jconline.ne10.uol.com.br/canal
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