Espanha anuncia recursos da UE para ajudar em crise migratória venezuelana
AFP / RAUL ARBOLEDA
Chefe do governo espanhol
Pedro Sánchez (E) e o presidente colombiano Iván Duque (D) durante una
visita oficial à Bogotá, em 30 de agosto de 2018
A UE vai aportar 35 milhões de euros a América Latina
para enfrentar a crise migratória venezuelana, disse nesta quinta-feira
(30) o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, após propor à região
uma "distribuição de cotas" de migrantes.Ao fim de uma visita a Bogotá, no âmbito de sua primeira viagem à região, o dirigente socialista reconheceu o problema que representa para o "conjunto da América Latina" o "êxodo maciço" de pessoas que fogem da crise na Venezuela, apesar de o chavismo rejeitar que se trate de uma crise migratória.
O chefe de governo espanhol destacou o "compromisso humanista" do governo colombiano perante o drama de centenas de milhares de venezuelanos que cruzaram a fronteira em busca de comida, remédios e produtos básicos que faltam em seu país, e defendeu "uma resposta multilateral" ao maior fluxo migratório registrado no continente em tempos de paz.
Embora não o tenha mencionado durante a coletiva, Sánchez havia proposto anteriormente que os governos latino-americanos adotem um sistema de "distribuição de cotas" para atender os venezuelanos.
De acordo com as Nações Unidas, 2,3 milhões de pessoas (7,5% da população venezuelana, de 30,6 milhões) moram no exterior, das quais 1,6 milhão partiu desde 2015, quando se aprofundaram as dificuldades no país com as maiores reservas de petróleo no mundo.
A maioria fugiu para Colômbia, Equador, Peru, Brasil, Chile e Argentina devido à falta de alimentos e medicamentos na Venezuela, uma hiperinflação que o Fundo Monetário Internacional projeta em 1.000.000% para 2018 e salários equivalentes a 30 dólares.
"Se concebemos a América Latina como uma comunidade solidária, é evidente que a distribuição de cotas poderia ser uma boa solução", declarou Sánchez em entrevista à Blu Radio.
No entanto, Sánchez se distanciou das posições mais radicais sobre o trato com o governo de Nicolás Maduro e insistiu em um "diálogo" frente à situação política e econômica que conduziu a esta fuga em massa.
Manifestantes fazem corrente humana por presos políticos na Nicarágua
AFP / INTI OCON
Centenas de nicaraguenses
formaram uma corrente humana em Manágua para exigir a libertação de
pessoas detidas sem julgamento com base nos protestos contra o governo,
que deixaram mais de 300 mortos e 2 mil feridos.
Centenas de nicaraguenses formaram nesta quinta-feira
uma corrente humana em Manágua para exigir a libertação de pessoas
detidas sem julgamento com base nos protestos contra o governo, que
deixaram mais de 300 mortos e 2 mil feridos."Liberdade para os presos políticos", "nem um passo atrás" e "justiça", gritavam os manifestantes com as mãos dadas entre a rotatória Rubén Darío e a Universidade Centro-Americana (UCA), noi oeste de Manágua.
Enquanto isto, os políticos detidos na prisão La Modelo, no norte de Manágua, iniciaram uma greve de fome "até que se cumpra nossa libertação, sem importar as consequências", segundo carta enviada à Comissão Permanente dos Direitos Humanos (CPDH).
O Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas (Acnudh) informou na quarta-feira que a crise política se encontra na terceira fase de repressão, que consiste na perseguição e punição dos manifestantes.
Segundo a entidade, entre 18 de abril - quando começaram os protestos - e 18 de agosto "ao menos 300 pessoas foram acusadas de terrorismo e crime organizado por participar dos protestos ou apoiá-los".
copiado https://www.afp.com/
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