Maduro lança bônus lastrado em pequenos lingotes de ouro Venezuela ordena bancos a adotarem criptomoeda como unidade de conta

Maduro lança bônus lastrado em pequenos lingotes de ouro

Presidência da Venezuela/AFP / HO(Março) Maduro discursa no palácio presidencial
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lançou nesta segunda-feira bônus lastrados em pequenos lingotes de ouro, para incentivar a poupança entre a população, em meio à evaporação da moeda local diante da hiperinflação.
"Ninguém poderá dizer que o ouro perde seu valor", disse Maduro em cadeia nacional de rádio e TV, enquanto mostrava dois cartões com emblema do Banco Central e retângulos dourados que definiu como "lingotinhos".
A emissão, lastrada em pequenos lingotes - de 1,5 e 2,5 gramas de ouro - começará no próximo dia 11 de setembro como parte de um plano para "recuperar o sistema de poupança nacional e para que as pessoas possam pensar a médio e longo prazo", explicou Maduro.
O valor do bônus lastrado em 1,5 grama de ouro será de 3.502 bolívares (58 dólares segundo o câmbio oficial) e o de 2,5 gramas, de 5.780 bolívares (96 dólares), informou o vice-presidente da área econômica, Tareck El Aissami.
Os compradores não receberão as barras de ouro, apenas certificados eletrônicos, que vencerão em 12 meses.
O ouro ficará "nos cofres do Banco Central para que ninguém o toque", declarou Maduro.
"A pessoa que comprar hoje dentro de um ano, quando vencer o certificado, vai ter o valor do futuro, lastrado em ouro", disse El Aissami.
Maduro destacou que o plano para incentivar a poupança faz parte do pacote de reformas econômicas que tiraram cinco zeros do bolívar e aumentaram em 3.400% o salário mínimo.
"O presente mais notável, desejado, no próximo Natal será o certificado de poupança em ouro (...). O ouro vale sempre o que vale, nunca menos".
Os venezuelanos enfrentam uma inflação que em 2018 deve ser de 1.000.000%, segundo o FMI.

Venezuela ordena bancos a adotarem criptomoeda como unidade de conta

AFP / FEDERICO PARRAPresidente da Venezuela Nicolás Maduro lança em 20 de fevereiro de 2018 em Caracas a criptomoeda Petro
O governo da Venezuela ordenou nesta segunda-feira (27) que os bancos adotem o petro como "unidade de conta". O petro é a criptomoeda lançada pelo presidente Nicolás Maduro em busca de financiamento.
Os bancos públicos e privados deverão agora refletir toda informação financeira em bolívares e petros, segundo a resolução da Superintendência das Instituições do Setor Bancário (Sudeban).
Para isso, as entidades terão que adequar suas plataformas tecnológicas.
A medida faz parte de um plano lançado por Maduro para enfrentar a grave crise, refletida em cinco anos de recessão e uma inflação projetada pelo FMI em 1.000.000% para 2018.
Além de cortar cinco zeros do bolívar, o programa contempla a "ancoragem" da moeda ao petro, criptoativo que o governo dá um valor equivalente ao do barril de petróleo (cerca de 60 dólares).
Economistas como Jean Paul Leidenz asseguram que com essa medida o governo socialista tenta imitar o 'Plano Real', implementado no Brasil na década de 1990, quando o real substituiu o cruzeiro, corroído pela hiperinflação.
Desse modo, o petro poderá deixar de ser formalmente uma criptomoeda para converter-se em uma "referência nominal" diante da desconfiança em torno do bolívar, disse Leidenz à AFP.
Com o 'Plano Real', os preços eram marcados em cruzeiros e reais (esses últimos se ajustavam segundo a inflação), mas "somente se transacionava em reais", lembra o especialista.
O cruzeiro foi substituído pelo real. No entanto, o governo venezuelano não planeja substituir o bolívar.
Embora Maduro garanta ter recebido ofertas de 5 bilhões de dólares quando iniciou a pré-venda do petro há cinco meses, a criptomoeda não é vendida em casas de câmbio virtuais. Tampouco registra transações, que no caso das criptomoedas são públicas.
Leidenz adverte que a ancoragem enfrenta dois desafios: o financiamento monetário do déficit (20% do PIB) e as restrições de financiamento diante do default parcial da Venezuela e as sanções dos Estados Unidos.
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