Ex-presidente do Parlamento Europeu visita Lula na prisão "Não posso julgar o que os promotores e juízes estão fazendo neste país (...), mas muita gente no mundo, e especialmente na ONU, está fazendo perguntas que devem ser respondidas pelo governo" brasileiro, declarou o ex-líder do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) na entrada da sede da Polícia Federal em Curitiba.


 No rádio, Lula pede votos para candidatos do PT em SP - Folhapress

No rádio, Lula pede votos para candidatos do PT em SP

Schulz visitou Lula nesta quinta-feira (30) / Foto: Juca Varella/Instituto Lula
Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo

Ex-presidente do Parlamento Europeu visita Lula na prisão

Martin Schulz manifestou dúvidas sobre o processo que levou o ex-presidente à cadeia
Publicado em 31/08/2018, às 02h35
Schulz visitou Lula nesta quinta-feira (30)
Foto: Juca Varella/Instituto Lula
AFP

O ex-presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz visitou nesta quinta-feira (30) Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba por corrupção, e manifestou suas dúvidas sobre o processo que levou o líder brasileiro à cadeia.
"Não posso julgar o que os promotores e juízes estão fazendo neste país (...), mas muita gente no mundo, e especialmente na ONU, está fazendo perguntas que devem ser respondidas pelo governo" brasileiro, declarou o ex-líder do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) na entrada da sede da Polícia Federal em Curitiba.

Velho amigo de Lula, Schulz não duvidou em manifestar seu apoio ao ex-presidente e candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores, que deve ter seu nome impugnado pela justiça eleitoral por estar condenado em segunda instância, como prevê a Lei da Ficha Limpa.


"Nenhum poder no mundo pode evitar que diga a um homem que conheço há muitos anos e no qual confio: acredito em você'. Foi isto que disse a ele" - revelou Schulz aos jornalistas após visitar Lula, detido desde 7 de abril passado.
"Estou aqui para apoiar o presidente, para transmitir minha solidariedade, a dos social democratas alemães e a dos socialistas europeus", disse Schulz, que presidiu o Parlamento Europeu entre 2012 e 2017.

Prisão

O ex-presidente, de 72 anos, cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.


No mesmo dia em que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pode decidir o futuro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição, o ex-presidente dominou o espaço destinado ao partido e pediu votos para petistas na estreia do horário eleitoral no rádio em São Paulo nesta sexta-feira (31).
Ele foi o único dos candidatos ao Planalto que teve sua voz veiculada no programa. Nos programas do Rio e de Minas Gerais, a voz de Lula não foi utilizada.
No espaço destinado ao candidato do PT ao governo paulista, Luiz Marinho, Lula passou cerca de 30 segundos --praticamente metade do tempo destinado ao candidato-- falando sobre seu aliado.
O começo do programa teve uma locutora dizendo "fala aí, Lula". "Eu conheço o Marinho desde 1978", disse o ex-presidente, lembrando as passagens dele pela presidência da CUT (Central Única dos Trabalhadores), pelo ministério do Trabalho e pela prefeitura de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo)
Lula disse que partiu de Marinho a decisão de aumentar o salário mínimo. "Tenho certeza que você, Marinho, vai fazer a diferença aqui no estado de São Paulo".
Segundo a assessoria de imprensa de Marinho, Lula gravou o trecho no final do ano passado. O ex-presidente está preso em Curitiba desde abril deste ano.
No espaço para deputados estaduais, também quase metade do tempo --cerca de 30 segundos-- fez referência a Lula. O partido executou a música de campanha do ex-presidente e transmitiu uma fala dele pedindo votos aos candidatos do partido.
No final do espaço, um dos postulantes petistas à Assembleia Legislativa pediu votos para si e terminou seu espaço dizendo "Lula livre".
No período destinado aos candidatos do Senado do PT, Eduardo Suplicy não fez referência a Lula. O ex-presidente apenas foi citado no jingle do outro candidato, Jilmar Tatt

copiado  http://jconline.ne10.uol.com.br

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