Os descartáveis. A face possível para a elite. A face possível para a elite. Lunáticos: o ‘Bolsonovo’ na Paraíba quer o “agrotanque” de guerra

Os descartáveis

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Raquel Dodge marcou a data do enterro da Força Tarefa da Lava Jato: setembro de 2019.
Natural, a missão está cumprida: criar o fato que permite, mesmo contra a consciência jurídica brasileira e internacional, impedir Lula de disputar a eleição.
Pouco importa que o efeito colateral tenha sido o de arrebentar a economia do Brasil porque feita, como até mesmo registra o Estadão, em editorial, “à custa da destruição das instituições e da prosperidade nacional.”
Dallagnol e companhia não pararam, é verdade, de fazer o  papel – segundo ainda o Estadão – de “profetas de Curitiba”.
Mas a mídia já não os adula, tanto que mal se conhecem  as tais “Novas Medidas Contra a  Corrupção” que  andam apregoando como substitutas das tais “10 medidas contra a corrupção”, com as quais queriam validar provas obtidas ilicitamente e “prender até prova em contrário”.
Os novos Lacerda, com a Lanterna de Diógenes à mão – embora, ao contrário do grego, não morem em um barril vazio, mas gozem de gordo auxílio-moradia, diárias infindas e até comprem apartamentos do “Minha Casa, Minha Vida” para revender – seguem para a cesta de lixo, depois de “feito o serviço”, descartáveis que são.
Nem mesmo a esperança de um cargo de assessores do anunciado Ministro da Justiça de Álvaro Dias, Sérgio Moro, podem manter. Não haverá lugar para eles.

A face possível para a elite  



Em sua coluna de domingo, no Jornal do Brasil, Teresa Cruvinel trata de um tema que é, ao mesmo tempo, evidente e pouco discutido: a apropriação do mando político pela casta policial-judicial:
No Brasil da Lava Jato (…) quem manda e tudo controla é o estamento formado pelas carreiras de Estado da área jurídico-policial: Ministério Público, Polícia Federal, STF e tribunais superiores. Na falta de uma classe dominante ciosa de seu papel e responsabilidades, estas carreiras se impuseram. (…) O centro da política, ninguém há de negar, deslocou-se completamente do Congresso e dos partidos para o Supremo Tribunal Federal, que sobre tudo decide: tabela de frete de caminhoneiros, prisão em segunda instância ou descriminalização do aborto.
(…)eles saíram da caixinha porque a classe dominante não se comporta como tal. Não se sente vinculada ao país, que lhe serve apenas como fonte de lucros, não gosta do povo, tem segunda moradia em Miami ou Paris e não tem projeto algum para o Brasil. Neste vácuo, e com os políticos em desgraça, as carreiras de Estado se estabeleceram.
Penso que é, de fato, assim. Mas vai além, e por razões que estão mencionadas no texto.
O fato de nossa classe dominante “não ter projeto algum para o Brasil”, o que a deslegitimou perante a população, não apenas abriu espaço para a hipertrofia da máquina judicial, por ambição, falta de senso democrático e até de compostura de seus integrantes.
Este processo não ocorreria se esta camada, sem condições de ter uma representação política viável, não tivesse ido buscar na Justiça e seus arrabaldes, a legitimidade e a autoridade que perdeu (e ainda vem perdendo), transformando-a em agente político com grau de eficácia que já não alcança naqueles que lhes seriam os “convencionais”.
O protagonismo judicial corresponde, portanto, a uma substituição de quadros que a elite dominante não conseguiu produzir, em sua miséria cultural, ética e, sobretudo, de projetos nacionais, ainda que vinculados e dependentes da ordem mundial vigente.
E, como detém poder estatal – e poder absolutista -, pôde levar à prática um plano de reconquista do poder político da elite que vem sendo negado pelas urnas há década e meia, retirando de Lula, ou de quem o represente, a capacidade de vencer nas urnas, formalismo que não se dispensa em ritos ditos democráticos, ainda que nada possa ser tão antidemocrático quanto vedar candidaturas.
Ao contrário dos partidos e políticos, cujas opiniões e atos precisam legitimar-se, os do Partido Judicial têm autoeficácia e são autorrespeitáveis:  “é aquilo que eu decido, cumpra-se”. Qualquer revisão, se houver,  é interna corporis, não é passível de contestação e se autoexplica, por uma estranha lógica reversa.
Por exemplo:” Lula está preso porque foi condenado, se está condenado é porque cometeu os crimes de que o acusaram, se não há provas de que os cometeu, deve ter cometido, porque sabe como são estes políticos, não é?”
Não é o caso de tratar aqui, agora, das ilusões petistas quanto ao Judiciário, à Polícia Federal, ao Ministério Público, quanto às “instituições republicanas” em que não soube ver a natureza de classe, que vai além da de casta.
Estajá se tornou evidente à população, muito mais que aquela outra.
O que obriga o povo brasileiro a um esforço muito maior de consciência, porque já não se trata apenas de confrontar os reis, mas as cortes inteiras, que assumiram a regência do Brasil e não querem e não podem permitir que elevem ao “trono eleitoral” alguém que represente a população.


Lunáticos: o ‘Bolsonovo’ na Paraíba quer o “agrotanque” de guerra

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Um amigo envia-me a propaganda de um dos candidatos do Partido Novo que, a julgar pelas posses de seu candidato a presidente, João Amoedo, talvez leve a confusões sobre a sigla PN referir-se a Perdido dos Nababos.
É a de um sujeito de Campina Grande, um tal Diego Dussol, cognome de  Diego Erick Aires Miranda, que apresenta propostas semelhantes a de seu chefe – “privatizar tudo, exceto Polícia e Justiça” – talvez porque ambas já pertençam aos ricos, para quê gastar dinheiro? – e uma novidade que vai além da promessa de Jair Bolsonaro de liberar o porte de fuzis para fazendeiros.
“Fazendeiros e agricultores poderão adquirir um tanque de guerra”, promete o lourinho.
Imagine, que maravilha os barracões dos colonos sendo esmagados pelas lagartas dos blindados. Ou que delícia andar pelas ruas das cidades do interior paulista e ver os agroboys desfilando nos seus M1-Abrams americanos ou em Leopards alemães!
Só recomendo cuidado a algum adepto da moda que achar um T-72 em bom estado e a preço de ocasião.
Como é um tanque russo, pode ser que os rapazes reconheçam e, aos gritos de “é comunista, é comunista”, abram fogo sobre ele.
A blindagem é resistente, mas não se sabe se resiste a loucuras deste calibre.

copiado  http://www.tijolaco.com.br/blog/l

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