Marina Silva no encontro com líderes do Agronegócio em Brasília
Geraldo Alckmin abriu o ciclo de palestras e entrevistas
promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, em
Brasília. Elogiou a performance da produção agrícola brasileira. Disse
que, se eleito, vai analisar a concessão de porte de armas para os
residentes em propriedades rurais. Prometeu reduzir o déficit primário
da União ainda nos dois primeiros anos de seu governo, melhorar o
estados das rodovias e construir ferrovias. Classificou como altos os
preços dos combustíveis e criticou ”candidatos que incentivam a greve dos caminhoneiros”.
Alckmin na entrevista ao Jornal Nacional
O candidato tucano elogiou sua vice na chapa, a senadora Ana Amélia,
do PP do Rio Grande Sul. Indagado sobre sua tímida posição nas pesquisas
de intenção de voto para a presidência da República, Alckmin disse que
não mudará seu jeito de ser para atender ao de marketing eleitoral. E
para variar — aliás, para não variar –, repetiu a mesma frase que diz em
todas as sabatinas e debates: “- John Kennedy já dizia que a mudança é a lei da vida”.
A noite de quarta-feira ficou reservada para sua presença no Jornal
Nacional da Rede Globo. Foi questionado por William Bonner e Renata
Vasconcellos sobre as acusações de corrupção de parlamentares do PSDB e
de auxiliares seus em São Paulo. Para os amigos, Geraldo Alckmin saiu-se
muito bem. Para os rivais, muito mal.
Meirelles fala na casa do agronegócio
O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, do MDB, também foi à
palestra com os líderes do agronegócio na sede da CNA. Continua na luta
para se tornar mais conhecido dos eleitores e melhorar sua pontuação nas
pesquisas. No ambiente de grandes produtores, destacou que o Brasil é
celeiro do mundo porque tem espaço, terra e tecnologia à disposição dos
agricultores. Não citou nominalmente Jair Bolsonaro, mas fez crítica
indireta ao candidato do PSL ao dizer que é “sintomático o candidato que defende vocês e não vir aqui”. Jair
Bolsonaro, aliás, foi fazer campanha no Rio Grande do Sul, que também
tem sido destino de outros concorrentes ao Planalto. E foi lá, na
Expointer, feira de pecuária, em Esteio, que declarou irá rever a
demarcação de terras indígenas. Ainda contabiliza prós e contras
decorrentes de suas entrevistas ao Jornal Nacional e à GloboNews, na
noite de terça-feira.
Ciro com eleitores na campanha nas ruas
Depois de ir às ruas do Rio, Ciro Gomes partiu para Lavras, no Sul de
Minas, e depois para Belo Horizonte. Fez caminhada no tradicional
Mercado Central da capital mineira e teve encontro com o prefeito da
cidade, Alexandre Kalil. Na quarta-feira, estava Brasília. Não, porém,
para participar dos debates na CNA, que durante anos foi presidida por
sua companheira de chapa, a senadora por Tocantins Kátia Abreu. Para
evitar possíveis contratempos, a dupla preferiu não aceitar o convite da
entidade.
Fernando Haddad em Belo Horizonte Foto Ricardo Stuckert/PT
Fernando Haddad corre o Brasil por ora como vice de Lula enquanto a
Justiça não decide definitivamente a aceitação da chapa tal como está
registrada no TSE. Esteve nos últimos dias em vários estados do Nordeste
e desta vez seu destino foi Belo Horizonte. Participou de caminhada e
comício ao lado do governador Fernando Pimentel, também do PT.
Tal como tem feito em outras cidades, em seus discursos e entrevistas
diz que fala em nome do ex-presidente — impossibilitado de concorrer
porque está preso em Curitiba, condenado que foi por corrupção — e
conclama os eleitores a não abandonarem o propósito de seu partido
reconquistar a Presidência da República.
Álvaro Dias e a plateia na CNA
Álvaro Dias, do Podemos, recebeu aplausos da plateia ao dizer na
Confederação da Agricultura quando lamentou que o setor perde até 30 por
cento de suas safras com a falta de melhores condições de escoamento.
Criticou as campanhas milionárias dessa eleição, com tempo de televisão
desigual para os presidenciáveis nos horários da propaganda política na
tevê. Lembrou que passou grande parte de sua vida pública na oposição e
combatendo a corrupção. Terminou sua participação, dizendo ser o único
candidato em condições de convidar o juiz Sérgio Moro para ser ministro
da Justiça de seu governo, caso seja eleito. Marina
Silva, da Rede Sustentabilidade, iniciou sua palestra na CNA, lembrando
que é filha de pequenos agricultores e estava falando na sede da
entidade que reúne grandes produtores. E que o Brasil vive grande crise
social, de valores e política. Porém, amenizada pela contribuição do
agronegócio na balança comercial. Criticou duramente a devastação de
florestas e disse ser possível criar empregos recuperando áreas
degradadas, com produção sustentável.
João Amoêdo esteve em Fortaleza. Guilherme Boulos ficou em São Paulo
para encontro com ONGs de anticorrupção. José Maria Eymael fez caminhada
no centro de São Paulo. Cabo Daciolo não teve agenda.
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