México tem novo caso de jornalista assassinado. Congresso mexicano toma posse com vivas a López Obrador

México tem novo caso de jornalista assassinado

AFP/Arquivos / STR (Janeiro) Policiais federais patrulham praia em Cancún
Javier Enrique Rodríguez Valladares, cinegrafista e repórter do Canal 10 de notícias, do balneário de Cancún, foi assassinado nesta quarta-feira, o oitavo caso de um profissional da imprensa morto no México em 2018.
"A família de Javier Enrique confirmou ao proprietário do Canal 10 que foi assassinado", anunciou a emissora em um breve comunicado.
A Promotoria do estado de Quintana Roo informou em um comunicado "as mortes de duas pessoas do sexo masculino com o uso de armas de fogo" e identificou uma das vítimas como Rodríguez Valladares.
O texto afirma que até o momento não existem indícios de que o crime estaria vinculado ao trabalho da vítima, mas "todas as linhas de investigação estão abertas".
Rodríguez Valladares trabalhava principalmente como cinegrafista, mas também fazia entrevistas e reportagens políticas, explicou o Canal 10, que tem sede em Cancún e é exibido pela televisão paga.
A imprensa informou que o jornalista teria sido assassinado quando era acompanhado por outra pessoa, ao que tudo indica um artesão, em uma das principais avenidas da zona urbana do destino turístico.
De acordo com a Promotoria, o homem que acompanhava o cinegrafista também foi morto a tiros, mas sua identidade não foi divulgada.
De acordo com a imprensa local, a ação teria sido um ataque direto contra o jornalista e teria acontecido quando ele pretendia vender um automóvel.
O assassinato de Rodríguez Valladares foi o terceiro de um profissional da imprensa em dois meses em Quintana Roo.
O México é considerado um dos países mais perigosos para os jornalistas. Em 2017, 11 profissionais foram assassinados e desde o ano 2000 o número supera 100, de acordo com organizações de defesa da liberdade de expressão.
Muitos crimes permanecem impunes.
O governo criou um mecanismo para a proteção dos jornalistas e ativistas dos direitos humanos, também alvos de ataques em vários pontos do país.
A ONU advertiu na segunda-feira que os recursos financeiros para este mecanismo são insuficientes e poderiam acabar nas próximas semanas.
"Isto representaria um risco para as 959 pessoas - incluindo defensores dos direitos humanos - atualmente beneficiadas pelo Mecanismo. Também faria com que novas pessoas em risco não tivessem condições de receber proteção, alertou a Organização das Nações Unidas.
Profissionais da imprensa que solicitaram proteção no âmbito deste mecanismo foram assassinados.


Congresso mexicano toma posse com vivas a López Obrador

AFP / RODRIGO ARANGUA Os novos parlamentares mexicanos são empossados na Cidade do México em 29 de agosto de 2018.
Com gritos e vivas a seu líder, o presidente eleito, Andrés Manuel López Obrador, a bancada parlamentar da coalizão que venceu as eleições no México foi empossada como a maioria legislativa mais numerosa de um país latino-americano em quase 25 anos.
Logo após à posse, que foi assistida por 499 dos 500 deputados eleitos, os novos legisladores governistas se abraçaram e passaram a cantar músicas emblemáticas da campanha de esquerda.
"É uma honra estar com Obrador!" - gritaram os legisladores com o punho erguido no plenário do Palácio de San Lázaro, no leste da capital mexicana.
Em seguida, os novos legisladores fizeram uma contagem para recordar os 43 estudantes normalistas desaparecidos em 2014 no sul do México, em um dos piores incidentes do governo do presidente Enrique Peña Nieto.
Com 308 deputados e 69 senadores, a coalizão governista integrada pelos partidos Morena, Do Trabalho e Encontro Social tem uma cômoda maioria, algo inédito desde 1994, quando o Congresso era controlado pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI).
"As pessoas deram um mandato ao Congresso na mesma linha do presidente da República (...). O povo votou, disse o que quer e vamos seguir nesta direção", declarou Tatiana Clouthier, deputada eleita pelo Morena e uma porta-voz importante na campanha de López Obrador.
Clouthier destacou que a primeira missão da bancada será aprovar mudanças na lei orgânica do poder Executivo que permitam modificar a estrutura do governo, incluindo a criação de um novo ministério da Segurança Pública.
"Em breve começaremos mudanças importantes", previu a deputada.
Gerardo Fernández Noroña, da ala radical da coalizão de López Obrador, afirmou que a nova legislatura é "histórica" para a esquerda e a oportunidade de "tornar realidade todos os sonhos e compromissos da luta que durante décadas promovemos".
"Vamos ganhar os debates, como sempre ganha a esquerda, e agora também vencer as votações", disse Noroña.
O novo Congresso fará sua primeira sessão neste sábado, e López Obrador assumirá a presidência no dia 1º de dezembro.

 copiado  https://www.afp.com/

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