Milhares de pessoas lotam Praia de Copacabana na Parada do Orgulho LGBTI Organização estima que 800 mil pessoas acompanham o evento; previsão é que público chegue a 1,5 milhão Copacabana foi tomada pelas cores do arco-íris neste domingo, dia da 23ª parada do Orgulho LGBTI; com muita alegria e discursos de conscientização política, desfile acontece sob um forte sol.


O evento reúne milhares de pessoas no calçadão; além do público LGBTI, a Parada também conta com simpatizantes; o clima é de alegria e tranquilidade Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo




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RIO — Copacabana foi tomada pelas cores do arco-íris neste domingo, dia da 23ª parada do Orgulho LGBTI. Com o tema "Vote em ideias, não em pessoas", o evento busca conscientizar sobre a importância das eleições. A organização estima que 800 mil pessoas já estejam no evento; a previsão é que o público chegue a 1,5 milhão, superando o número de 1,2 milhões de presentes no ano passado.
— Este ano fizemos a parada antes das eleições, justamente para falar sobre isso. Ressaltar a importância do voto de acordo com causas que apoiam o respeito a todos e a diversidade. Estamos vivendo uma época de atraso intelectual, em pleno 2018 — destacou o presidente do Grupo Arco-Íris, Almir França.
LEIA MAIS:Copacabana já ganha as cores do arco-íris para a Parada Gay
Confira as interdições no trânsito para a Parada Gay em Copacabana
Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI, acrescentou que o evento busca resgatar a dignidade de uma comunidade de pessoas que procuram mostrar que têm uma história significante:
— Independentemente de quem ganhar essas eleições, precisamos ter diálogo com todos. Nós não queremos destruir famílias, queremos respeito.

As cores da 23ª Parada do Orgulho LGBTI em Copacabana

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Papo de bandidos. Não merece outro nome o que Lauro Jardim narra em sua coluna, em O Globo: “Temer tem mais um [vídeo] na gaveta. E o alvo é João Doria que, alias, já foi protagonista de uma das respostas do presidente. Neste novo vídeo, Temer conta que foi procurado em 2017 por Doria com uma proposta: que o presidente o apoiasse para a Presidência da Republica; em troca, o então prefeito faria campanha para Paulo Skaf ao governo de São Paulo. Temer mandou avisar Doria que, se continuar sendo alvo de suas criticas, vai disparar o torpedo nas redes sociais.”

Papo de bandidos


Não merece outro nome o que Lauro Jardim narra em sua coluna, em O Globo:
“Temer tem mais um [vídeo] na gaveta. E o alvo é João Doria que, alias, já foi protagonista de uma das respostas do presidente. Neste novo vídeo, Temer conta que foi procurado em 2017 por Doria com uma proposta: que o presidente o apoiasse para a Presidência da Republica; em troca, o então prefeito faria campanha para Paulo Skaf ao governo de São Paulo. Temer mandou avisar Doria que, se continuar sendo alvo de suas criticas, vai disparar o torpedo nas redes sociais.”
A traição, tão evidente que tantos falaram tanto dela, ganha agora o status de confessa,depois de ter gorado.
O que Temer não vai dizer é que registrou, publicamente, seu agrado com a cantada, na ocasião, desmanchando-se em elogios ao “companheiro” Doria:
“Tenho orgulho de me equiparar às atitudes de João Doria para que nós tomássemos atitudes que estavam paralisadas há muitíssimos anos […] Isso é fruto da ideia porque tenho um parceiro e um companheiro. João não tem uma visão só municipalista, mas nacional”
A verdade aí está em um só trecho: “de me equiparar às atitudes de João Doria”.
Ambos são traidores.
E ambos, também, irão para o lixo da História.
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O dia em que foi selada a derrota do ódio. De nada sabemos o fim, mas dos princípios podemos ter certeza. Ditaduras, torturas, espancamentos, tiroteios, mortes, sangue, tiranias, eles não.

O dia em que foi selada a derrota do ódio


Passeando com mais calma pelas imagens dos atos de ontem, mais certeza tive do que escrevi antes: as mulheres e os jovens selaram ontem o fim da liderança de Jair Bolsonaro nas intenções de voto para o próximo domingo.
Havia lugar para nós, os “coroas”, claro. Mas a festa era delas e deles, e festa de bom motivo para jovens e mulheres: a liberdade.
Estava demorando: era uma eleição sem ruas, quase, exceção feita ao Nordeste, onde ainda se pôde ver bandeiras e marchas no domingo passado, enchendo as avenidas e pontes do Recife.
A maré humana acabou vindo sem candidatos,sem televisão, sem organicidade. Mas veio.
Encheram-se as ruas de jovens e mulheres – aos quais, perdoem-me as radicais, homens adultos sempre devem dar passagem cortês – da melhor maneira que se pode juntar gente: todos  diferentes, com candidatos, partidos, escolhas, em suas próprias naturezas, para fazer a escolha mais legítima e verdadeira: a do que não se quer, mais do que a que se quer.
Porque não é, afinal, este o grande critério: o de ser capaz de aceitar tudo no outro, menos o inaceitável, que é o mal?
Talvez,  de verdade, não haja entre as coisas que desejamos, nada que saibamos tanto quanto aquelas que não queremos: ódio, morte, violência, opressão, miséria, degradação, perda do respeito ao que cada um é e tem o direito de ser.
Não foi assim que criamos nossos filhos, os seres mais queridos que temos? O que cada um vai fazer da vida é problema deles, o nosso foi e é zelar e prover para que possam fazer escolhas como quiserem. Cedo ou tarde nos ouvem, se agimos assim, porque todo furor amaina, todo inconvencional se ajusta às durezas da vida.
Quanto nos custa, sendo tão amados ensinar-lhes que não são especiais senão para nós, que não são melhores que os outros ou que têm mais direitos que eles, porque seres humanos produzem o que seria, nos números, um paradoxo, no qual os diferentes são, essencialmente, iguais.
Inevitável que, à beira dos 60, voltem as imagens da juventude que não se foi, quando enchemos  as ruas para outra causa tão generosa quanto a da democracia, a anistia política, em 1977/78.
Talvez não tivéssemos a clareza de expressar, mas queríamos que estivessem ali nossos pais e avós, como muitos estavam ontem. Não estavam, a maioria,  porque a ditadura a muitos perseguiu, prendeu, matou e a todos, muito ou pouco, amedrontou e fez descrer da ressurreição da liberdade sepultada há tantos anos.
Mas nos prepararam para entender como se deveria viver. Romper o medo era tarefa de nossa juventude, fase em que temos forte como nunca o sentimento do mundo.
Escrevemos com tinta humana a história de um tempo e estamos vendo outro tempo ter sua história escrita. E só os mesquinhos, os odientos  não têm prazer em ver a trajetória destas linhas, sinuosa e, por vezes,de difícil decifração.O futuro não se escreve com ideias duras e inflexíveis.
Elas não  estão exorcizadas, estão fortes, ainda, capazes de ir às ruas conjurar seus demônios.
Ontem, porém, as ruas mostraram que há um Brasil disposto a se livrar do ódio.
De nada sabemos o fim, mas dos princípios podemos ter certeza.
Ditaduras, torturas, espancamentos, tiroteios, mortes, sangue, tiranias, eles não.
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Um Brasil dividido comparece às urnas para decidir o próximo presidente

 

 

 

 

 

 

 

Um Brasil dividido comparece às urnas para decidir o próximo presidente

AFP / Nelson ALMEIDA (16 set) Partidários manifestam apoio a Jair Bolsonaro em frente ao hospital de São Paulo onde o candidato foi internado após sofrer um atentado com faca
Os brasileiros, mais divididos do que nunca, comparecerão às urnas no próximo domingo para o primeiro turno da eleição presidencial, com a possibilidade de levar ao poder um nostálgico da ditadura militar, menos de quatro décadas após o retorno da democracia.
O deputado federal Jair Bolsonaro, ex-capitão do Exército, 63 anos, lidera as pesquisas com 28%,2% das intenções de voto, segundo uma sondagem publicada neste domingo pelo instituto MDA.
Com sua proposta de flexibilizar o porte de armas e suas denúncias contra a corrupção, Bolsonaro encontrou um sólido apoio eleitoral em uma população saturada pela crise, os escândalos e índices de criminalidade dignos de um país em guerra.
Em segundo lugar, com 25,2%, aparece Fernando Haddad, 55 anos, designado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em substituição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder histórico da esquerda, que cumpre pena de 12 anos de prisão por corrupção.
Na pesquisa MDA, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais, Bolsonaro e Haddad aparecem pela primeira vez em uma situação de virtual empate técnico.
Se o cenário for confirmado, Bolsonaro e Haddad disputarão o segundo turno no dia 28 de outubro.
Haddad conseguiu uma ascensão fulgurante, pois sua candidatura foi oficializada apenas em 11 de setembro, após a invalidação da candidatura de Lula.
Sua campanha se baseia na ideia de que "Haddad é Lula" e recorda que durante a presidência de seu mentor (2003-2010) 30 milhões de pessoas saíram da pobreza, graças aos programas sociais e ao bom momento da economia, dinamizada pelos altos preços dos produtos agrícolas.
Mas Haddad precisa lidar com a recordação da queda de Dilma Rousseff (2011-2016) - que também foi candidata por escolha de Lula -, afastada pelo Congresso em um processo de impeachment motivado pela acusação de manipulação das contas públicas.
Também enfrenta a indignação provocada pelas revelações de propinas pagas por grandes empreiteiras a quase todos os partidos para obter contratos da Petrobras.
Bolsonaro consolidou sua liderança nas pesquisas depois de ter recebido uma facada durante um evento de campanha, no dia 6 de setembro. Mas o candidato de extrema-direita, do PSL, gera uma forte rejeição por suas declarações misóginas, homofóbicas e racistas, assim como por justificar a tortura durante o regime militar (1964-85).
No sábado, dezenas de milhares se mobilizaram em todo o país contra Bolsonaro, aos gritos de "Ele não".
- A eleição do ódio -
O apoio aos outros candidatos - como Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva - nunca decolou realmente ou derreteu nas últimas semanas entre os mais de 147 milhões de eleitores.
Desta maneira se perfila um duelo entre as duas candidaturas com maior apoio e, ao mesmo tempo, as mais criticadas: Bolsonaro, com índice de rejeição de 46%, e Haddad, que também 'herdou' de Lula uma rejeição de 32%, de acordo com a pesquisa mais recente do instituto Datafolha.
"Talvez seja algo inédito na história do Brasil o processo de intolerância e de ódio que está atravessando a sociedade", afirma a historiadora Heloísa Starling, coautora do livro "Brasil: Uma Biografia".
"No momento do golpe de 64 havia muita disputa", mas os setores conservadores esperavam que os militares saíssem rapidamente do poder. E nos anos seguintes, "diversos grupos na sociedade se organizaram fora do espectro da luta armada para fazer uma transição para a democracia", completa.
Agora, porém, "o que se questiona é a democracia em si" e a descrença na política bloqueia a busca de consensos. "Fora da política não tem como construir a democracia, só se constrói tirania", adverte Starling.
E Bolsonaro avisou na sexta-feira, em uma entrevista: "Não aceito outro resultado que não seja minha eleição".
O ex-capitão tem um forte apoio entre os militares e entre pessoas de alta renda e com formação universitária, em um país que é, ao mesmo tempo, a nona maior economia mundial e a nona mais desigual, de acordo com o o índice Gini do Banco Mundial.
"Esta é uma sociedade de raiz escravista, uma sociedade hierárquica, uma sociedade que se sente ameaçada" por qualquer tentativa de distribuição de renda, explica Starling.
- Ajustes -
O presidente Michel Temer, o mais impopular do país desde o retorno da democracia, aprovou severos ajustes para tentar sanear as finanças públicas, após dois anos de recessão (2015 e 2016) e outros dois de frágil crescimento, que deixaram quase 13 milhões de desempregados.
Mas não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, considerada essencial pelos mercados.
AFP / Arthur de Souza (22 set) O candidato Fernando Haddad faz campanha no centro do Recife
Bolsonaro, que admite ser leigo em Economia, confiou esta parte de seu programa a Paulo Guedes, um "Chicago Boy" que prega uma transição para um regime de aposentadorias por capitalização e um plano de privatizações para reduzir a dívida pública, atualmente em 77% do PIB.
O programa do PT considera possível equilibrar as contas "a partir do retorno do emprego" e de medidas fiscais.
Mas qualquer plano dependerá de um Congresso que, segundo os analistas, será similar ao desprestigiado Legislativo atual, dominado por políticos que negociam seu apoio em troca de cargos no primeiro escalão do Estado.
Um modelo que provocou os grandes escândalos da última década.

  copiado  https://www.afp.com/pt

Como funcionam as eleições no Brasil. Haddad e Bolsonaro em virtual empate técnico em nova pesquisa



Como funcionam as eleições no Brasil

AFP / DOUGLAS MAGNO Urnas eletrônicas que serão usadas no primeiro turno são preparadas no Tribunal Regional Eleitoral em Belo Horizonte
No próximo domingo, mais de 147 milhões de brasileiros irão às urnas eletrônicas votar para presidente, governador, senador e deputados federal e estadual.
Quem vota?
Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 147.306.275 de brasileiros estão aptos a votar em 7 de outubro, 3% a mais que em 2014.
O voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 70 anos, mas a multa é de apenas R$ 3,51.
Para entre 16 e 17 anos e pessoas com mais de 70 o voto é facultativo, bem como para pessoas não escolarizadas.
Para que se vota?
Cinco cargos: presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Exceto para o Senado, todos são eleitos para mandatos de quatro anos.
Em 2018, serão eleitos dois senadores em cada estado, e eles receberão um mandato de oito anos.
Para as eleições de cargos executivos, nos casos em que houver segundo turno, ele acontece em 28 de outubro.
A novidade das eleições de 2018 é a proibição do financiamento de campanhas por empresas, uma tentativa de evitar a corrupção.
Como se vota?
Os eleitores votam em urnas eletrônicas. Cada candidato tem um código numérico ligado ao seu partido que lhe identifica.

Haddad e Bolsonaro em virtual empate técnico em nova pesquisa

AFP / EVARISTO SA, Miguel SCHINCARIOL, Mauro PIMENTEL Fernando Haddad (acima à esquerda) aparece com 25,2% das intenções de voto e Jair Bolsonaro (abaixo à direita), com 28,2% - virtual empate técnico - na pesquisa MDA
O candidato do PT, Fernando Haddad, continua subindo nas pesquisas e se aproximou do candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, que permanece à frente nas intenções de voto a uma semana das eleições de 7 de outubro, mas em virtual empate técnico, de acordo com uma pesquisa divulgada neste domingo.
Bolsonaro, do PSL, aparece com 28,2% da preferência do eleitorado, seguido por Haddad, com 25,2%, revela a pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
O resultado representa uma alta de 7,6 pontos percentuais para Haddad em relação à pesquisa anterior, de meados de setembro.
Os números significam um virtual empate técnico, pois o resultado está dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,2 pontos percentuais.
Muito atrás aparecem Ciro Gomes (PDT), com 9,4%, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 7,3%.
Considerando apenas os votos válidos (sem brancos e nulos), Bolsonaro reúne 35,3% das intenções de voto e Haddad 31,5%.
Na simulação para o segundo turno, previsto para 28 de outubro, Haddad venceria Bolsonaro por 42,7% a 37,3%, segundo a pesquisa MDA.
Haddad mantém uma trajetória de alta desde que foi designado como substituto, em 11 de setembro, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso, como candidato do PT.
Bolsonaro prometeu no sábado retomar a campanha nas redes sociais, depois de receber alta do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo, onde estava internado desde que recebeu uma facada no dia 6 de setembro durante um evento de campanha.
A pesquisa foi realizada entre 27 e 28 de setembro e ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios das cinco regiões do país.
Uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada na sexta-feira mostra Bolsonaro com 28% e Haddad com 22%.

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Um Brasil dividido comparece às urnas para decidir o próximo presidente

Um Brasil dividido comparece às urnas para decidir o próximo presidente

AFP / Nelson ALMEIDA (16 set) Partidários manifestam apoio a Jair Bolsonaro em frente ao hospital de São Paulo onde o candidato foi internado após sofrer um atentado com faca
Os brasileiros, mais divididos do que nunca, comparecerão às urnas no próximo domingo para o primeiro turno da eleição presidencial, com a possibilidade de levar ao poder um nostálgico da ditadura militar, menos de quatro décadas após o retorno da democracia.
O deputado federal Jair Bolsonaro, ex-capitão do Exército, 63 anos, lidera as pesquisas com 28%,2% das intenções de voto, segundo uma sondagem publicada neste domingo pelo instituto MDA.
Com sua proposta de flexibilizar o porte de armas e suas denúncias contra a corrupção, Bolsonaro encontrou um sólido apoio eleitoral em uma população saturada pela crise, os escândalos e índices de criminalidade dignos de um país em guerra.
Em segundo lugar, com 25,2%, aparece Fernando Haddad, 55 anos, designado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em substituição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder histórico da esquerda, que cumpre pena de 12 anos de prisão por corrupção.
Na pesquisa MDA, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais, Bolsonaro e Haddad aparecem pela primeira vez em uma situação de virtual empate técnico.
Se o cenário for confirmado, Bolsonaro e Haddad disputarão o segundo turno no dia 28 de outubro.
Haddad conseguiu uma ascensão fulgurante, pois sua candidatura foi oficializada apenas em 11 de setembro, após a invalidação da candidatura de Lula.
Sua campanha se baseia na ideia de que "Haddad é Lula" e recorda que durante a presidência de seu mentor (2003-2010) 30 milhões de pessoas saíram da pobreza, graças aos programas sociais e ao bom momento da economia, dinamizada pelos altos preços dos produtos agrícolas.
Mas Haddad precisa lidar com a recordação da queda de Dilma Rousseff (2011-2016) - que também foi candidata por escolha de Lula -, afastada pelo Congresso em um processo de impeachment motivado pela acusação de manipulação das contas públicas.
Também enfrenta a indignação provocada pelas revelações de propinas pagas por grandes empreiteiras a quase todos os partidos para obter contratos da Petrobras.
Bolsonaro consolidou sua liderança nas pesquisas depois de ter recebido uma facada durante um evento de campanha, no dia 6 de setembro. Mas o candidato de extrema-direita, do PSL, gera uma forte rejeição por suas declarações misóginas, homofóbicas e racistas, assim como por justificar a tortura durante o regime militar (1964-85).
No sábado, dezenas de milhares se mobilizaram em todo o país contra Bolsonaro, aos gritos de "Ele não".
- A eleição do ódio -
O apoio aos outros candidatos - como Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva - nunca decolou realmente ou derreteu nas últimas semanas entre os mais de 147 milhões de eleitores.
Desta maneira se perfila um duelo entre as duas candidaturas com maior apoio e, ao mesmo tempo, as mais criticadas: Bolsonaro, com índice de rejeição de 46%, e Haddad, que também 'herdou' de Lula uma rejeição de 32%, de acordo com a pesquisa mais recente do instituto Datafolha.
"Talvez seja algo inédito na história do Brasil o processo de intolerância e de ódio que está atravessando a sociedade", afirma a historiadora Heloísa Starling, coautora do livro "Brasil: Uma Biografia".
"No momento do golpe de 64 havia muita disputa", mas os setores conservadores esperavam que os militares saíssem rapidamente do poder. E nos anos seguintes, "diversos grupos na sociedade se organizaram fora do espectro da luta armada para fazer uma transição para a democracia", completa.
Agora, porém, "o que se questiona é a democracia em si" e a descrença na política bloqueia a busca de consensos. "Fora da política não tem como construir a democracia, só se constrói tirania", adverte Starling.
E Bolsonaro avisou na sexta-feira, em uma entrevista: "Não aceito outro resultado que não seja minha eleição".
O ex-capitão tem um forte apoio entre os militares e entre pessoas de alta renda e com formação universitária, em um país que é, ao mesmo tempo, a nona maior economia mundial e a nona mais desigual, de acordo com o o índice Gini do Banco Mundial.
"Esta é uma sociedade de raiz escravista, uma sociedade hierárquica, uma sociedade que se sente ameaçada" por qualquer tentativa de distribuição de renda, explica Starling.
- Ajustes -
O presidente Michel Temer, o mais impopular do país desde o retorno da democracia, aprovou severos ajustes para tentar sanear as finanças públicas, após dois anos de recessão (2015 e 2016) e outros dois de frágil crescimento, que deixaram quase 13 milhões de desempregados.
Mas não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, considerada essencial pelos mercados.
AFP / Arthur de Souza (22 set) O candidato Fernando Haddad faz campanha no centro do Recife
Bolsonaro, que admite ser leigo em Economia, confiou esta parte de seu programa a Paulo Guedes, um "Chicago Boy" que prega uma transição para um regime de aposentadorias por capitalização e um plano de privatizações para reduzir a dívida pública, atualmente em 77% do PIB.
O programa do PT considera possível equilibrar as contas "a partir do retorno do emprego" e de medidas fiscais.
Mas qualquer plano dependerá de um Congresso que, segundo os analistas, será similar ao desprestigiado Legislativo atual, dominado por políticos que negociam seu apoio em troca de cargos no primeiro escalão do Estado.
Um modelo que provocou os grandes escândalos da última década.
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O deputado Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República. (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Campanha de Bolsonaro induz eleitor a buscar notícias contra Haddad na rede




O deputado Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República. (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Mensagem para você A equipe responsável pela campanha digital de Jair Bolsonaro (PSL) preparou conteúdo para desgastar Fernando Haddad (PT) nos últimos dias antes da votação. A peça propõe aos internautas o que chama de “desafio do Google” e sugere que pesquisem a frase “o pior prefeito do Brasil” no site de buscas. Direcionado O primeiro resultado […]Leia Mais
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Decisão de Fux contra entrevista de Lula provoca mal-estar entre ministros do STF

Decisão de Fux contra entrevista de Lula provoca mal-estar entre ministros do STF
O ministro Luiz Fux, integrante do STF e presidente do TSE (Foto: Mateus Bonomi/AGIF/Folhapress)

Painel
Receita de bolo de fubá O ministro Luiz Fux criou um impasse e acirrou ânimos no STF ao impor censura à Folha e cassar decisão de Ricardo Lewandowski que autorizara entrevista de Lula ao jornal. Não só o conteúdo da sentença suscitou reações, como também o trâmite do caso. O presidente da corte, Dias Toffoli, telefonou aos colegas na manhã deste sábado (29) para tentar evitar uma guerra de despachos monocráticos. Internamente, um magistrado classificou o episódio como “um festival de equívocos lamentável”.
Fora da ordem Dois ministros disseram ao Painel que, em tese, Fux não tinha atribuição para decidir o caso. Além disso, observaram que o partido Novo, que pediu o veto à entrevista, não tem legitimidade para apresentar pedido de suspensão de liminar, o instrumento usado para derrubar a decisão de Lewandowski.
Regras do jogo Somente a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República —que já decidira não recorrer— poderiam adotar esse expediente, explicam especialistas. Há ainda o fato de que o pedido foi endereçado ao presidente do STF. Toffoli não estava em Brasília, mas estava no Brasil. Tinha, portanto, jurisdição para atuar.
Perdas e danos  Lewandowski ficou profundamente irritado com a posição de Fux. Ele disse a outros ministros que o colega usurpou competência da presidência do Supremo e adotou expediente teratológico para reverter sua ordem —que não era uma liminar, mas decisão de mérito.
Estertor O candidato do PSDB esboçou reação na região Sul, onde passou de 5% para 9% no Datafolha em uma semana. Ainda assim, Alckmin está bem abaixo da média histórica do partido ali.
Liquidação O DEM, integrante da coligação que dá sustentação a Alckmin, já faz contas. Um cacique estima que 90% de seus quadros apoiarão Jair Bolsonaro (PSL) contra o PT no segundo turno da eleição se Alckmin ficar pelo caminho. Os demais deverão optar pela neutralidade.
Direcionado O primeiro resultado da busca leva a um texto sobre Haddad no site Folha Política —que não tem nenhuma vinculação com o Grupo Folha e é associado frequentemente a redes de disseminação de fake news.
Direcionado 2 Outro link sugerido com destaque pelo Google leva a um portal desconhecido que publicou na noite de sexta (28) a notícia sobre Haddad, que deixou a prefeitura em 2016.
Vento Sudeste O PT planeja realizar o ato final da campanha de Haddad na periferia de São Paulo. Na sexta (5), antevéspera da eleição, há grandes atos programados em Minas Gerais e na capital paulista. Haddad investe assim na região em que registrou menor crescimento no Datafolha.
Fale por você Candidato ao Senado por São Paulo, Jilmar Tatto (PT) rechaça insinuações de que deveria ceder tempo de propaganda na TV a Eduardo Suplicy, colega de partido que também concorre ao posto e lidera as pesquisas.
Minha parte Tatto lembra que, na divisão do dinheiro do fundo partidário, Suplicy ficou com dois terços do total.

TIROTEIO
Parte do Judiciário ainda não entendeu que não é possível silenciar o Lula. Mais uma violência contra ele, e sem efeito
De Emidio de Souza, tesoureiro do PT, sobre a decisão do ministro Luiz Fux de proibir o ex-presidente de conceder entrevista à Folha
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Desgastados, senadores desistem de reeleição e 'rebaixam' candidaturas

Gleisi Hoffmann (PT), Agripino Maia (DEM) e Aécio Neves (PSDB)

Desgastados, senadores desistem de reeleição e 'rebaixam' candidaturas

Lucas Borges Teixeira
Colaboração para o UOL, em São Paulo

  • Arte UOL
    Gleisi Hoffmann (PT), Agripino Maia (DEM) e Aécio Neves (PSDB)
Seis senadores decidiram mirar "para baixo" nas eleições do próximo dia 7. Em vez de concorrer à reeleição no Senado Federal, se lançaram a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Entre os nomes mais conhecidos desses parlamentares, estão Aécio Neves (PSDB-MG), segundo colocado na disputa presidencial de 2014, José Agripino Maia (DEM-RN), senador desde 1987, e Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido.
"Esses parlamentares se viram envolvidos em escândalos de corrupção, julgados ou não, mas que mancharam suas eleições e pretensões políticas", afirma o cientista político Fernando Abrucio, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas).
Claudio Couto, coordenador do mestrado em Gestão e Política da FGV-SP, concorda com a avaliação. "Estamos falando de caciques dos partidos, não de qualquer um. Por isso pode-se falar em um rebaixamento. O Senado é a casa dos caciques, razão pela qual lá [os concorrentes] rodam menos do que na Câmara."

Há uma característica da disputa decisiva para essa escolha. "Ao olhar para a Câmara, vê-se que para muitas vagas se exige muito menos votos. No Senado, o cargo é majoritário, então você tem de ganhar dos outros concorrentes", explica Abrucio.
De acordo com Couto, isso faz parte do jogo político. "Quem entra em uma eleição para disputar a sério tem de ter estratégia. Isso [tentar um cargo proporcional] é parte de uma estratégia tanto deles para se manterem na vida pública quanto dos partidos para não se mancharem também."
A reportagem procurou os candidatos para comentar, caso por caso, o que os levou a tomar essa decisão.

Marcos Oliveira/Agência Senado
Aécio Neves (PSDB-MG)

Ex-presidente do PSDB e segundo colocado na disputa presidencial em 2014, quando perdeu para a petista Dilma Rousseff, o mineiro era um dos principais nomes da política nacional até ter seu nome ligado a escândalos de corrupção na Operação Lava Jato.
Envolvido em delações de empresários e políticos, o senador tornou-se réu no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a denúncia de receber R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista.
Além disso, Aécio responde ainda a outros oito inquéritos no tribunal.
"Não dá para ganhar do Aécio [em isolamento político]", afirma Couto. "As denúncias fizeram com que ninguém quisesse se associar a ele."
Esta imagem é reforçada nacionalmente pelo candidato do PSDB à Presidência da República. Em entrevista ao Jornal da Globo, Geraldo Alckmin afirmou que o mineiro não saiu da presidência do partido porque quis, mas foi tirado.
"Em Minas, o Aécio aparece o tempo inteiro como algo negativo, imagem incentivada em especial pela campanha de Fernando Pimentel, do PT, adversário do tucano Antonio Anastasia", afirma Abrucio.
Com o rebaixamento de Aécio, o PSDB decidiu não lançar candidato ao Senado no estado em 2018.
De acordo com a última pesquisa eleitoral, os dois candidatos da chapa "Reconstruir Minas", encabeçada pelos tucanos, Rodrigo Pacheco (DEM) e Dinis Pinheiro (SD), brigam pela segunda vaga na eleição liderada por Dilma.
O UOL contatou a assessoria do candidato e do PSDB em Minas Gerais para entender as razões de ele não tentar a reeleição, mas não teve resposta até a publicação deste texto. Em agosto, quando lançou a candidatura, o senador declarou que não havia sido "uma decisão fácil" e que estava sofrendo "ataques violentos e covardes".
"Farei isso em respeito à minha trajetória política, à minha família e a todos os que me levaram a conduzir o que muitos consideram o mais exitoso governo da história recente", afirmou Aécio por meio de nota.

Heuler Andrey/AFP
Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Um escândalo de corrupção também atrapalhou os planos da atual presidente nacional do PT para seguir com uma cadeira no Senado, mesmo tendo sido absolvida.
Gleisi e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo (PT), foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob a acusação de terem recebido R$ 1 milhão em propina do esquema de corrupção na Petrobras. O dinheiro teria sido empregado na sua campanha ao Senado em 2010. Em junho deste ano, no entanto, ambos foram absolvidos no STF.
A senadora responde ainda a três processos no tribunal. Ela foi denunciada duas vezes pela PGR, com base em delações da Odebrecht e por supostamente integrar uma organização criminosa com outros políticos, e em um inquérito que apura desvio de recursos do Ministério do Planejamento quando Paulo Bernardo comandava a pasta.
Os especialistas avaliam que o julgamento e as denúncias pesaram para a troca de cargo. "Escândalos de corrupção sempre influenciam", afirma Couto.
A senadora confirma essa tese. Em entrevista enviada ao UOL por sua assessoria, Gleisi afirma que tomou a decisão devido ao "processo de desgaste" que sofreu com a denúncia.
"Mesmo sendo inocente, quando [a denúncia] era divulgada, eu era divulgada como culpada. Jamais tive o benefício da dúvida", declarou a senadora. "Eu já era tida como uma pessoa que devia, como criminosa. Eu ia passar uma campanha majoritária, como é a do Senado, tentando justificar, o que não é bom."
Além disso, Abrucio também avalia a mudança do perfil do eleitor no estado. "O Paraná mudou muito nos últimos quatro anos, deu uma guinada à direita", afirma o especialista. "É só ver as últimas eleições, o centro para direita se fragmentou e expandiu."
Em vez de Gleisi, o partido decidiu lançar a advogada Mirian Gonçalves, que aparece em sexto lugar pela disputa, de acordo com a última pesquisa Ibope, divulgada na última quinta-feira (27).
"O rebaixamento é fruto deste embate entre a consciência individual e vontade de perpetuação e as pretensões do partido. No fim, é isso o que decide", diz Abrucio.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lídice da Mata (PSB-BA)

Há, no entanto, casos em que a decisão foi imposta pelo partido, à revelia do que desejava o parlamentar.
É o que aconteceu com a baiana Lídice da Mata, ex-prefeita de Salvador e presidente do diretório estadual do PSB na Bahia.
Sem estar envolvida em escândalos de corrupção, a senadora teve de optar pela Câmara depois que seu partido se coligou com PT.
A princípio, Lídice rejeitou a situação e ameaçou lançar candidatura própria. "Depois de um intenso debate que fizemos na Bahia e, apesar do nosso esforço e de toda a mobilização defendendo a nossa presença na chapa liderada pelo governador Rui Costa, isso não foi possível", afirmou a senadora ao UOL.
"Expressamos o nosso descontentamento com a exclusão de uma mulher na chapa, chegamos a avaliar a possibilidade de uma candidatura avulsa, porém entendemos que traria muitas dificuldades às demais candidaturas do partido", concluiu.
"O partido decidiu isso para conseguir compor a chapa [com o PT]. Ela ficou brava, mas aceitou. No fim, como sua pretensão é se manter no jogo político e quem sabe voltar à prefeitura ou governo, continuar no meio político é bom, faz sentido", avalia Abrucio.
"É preciso entender como funcionou o acordo da coligação no estado. Dificilmente uma mesma chapa elege os dois senadores", afirma Couto. "Como Jaques Wagner é o titular, eles podem tê-la preterido para não canibalizar os votos. É aquela velha história: melhor não trocar o certo pelo duvidoso."
Wagner encabeça a chapa completada pelo Coronel Ângelo (PSD), atual terceiro colocado nas pesquisas.

Agência Brasil
José Agripino Maia (DEM-RN)

Ex-prefeito de Natal, ex-governador do Rio Grande do Norte e senador há 30 anos, o potiguar Agripino Maia teve sua carreira política abalada ao se tornar réu no STF por duas vezes.
A PGR acusa o político de ter recebido R$ 1,1 milhão em propina para influenciar na escolha de uma empresa pelo governo para um contrato de inspeção veicular. Como Aécio, o democrata teve de deixar a direção nacional do seu partido em meio aos escândalos.
"Aécio e Agripino estão fazendo campanhas mais escondidas para evitar discussões e, principalmente, não influenciar seus candidatos ao governo", afirma Abrucio. "O receio é chamar a atenção para os escândalos, embora seu candidato ao governo já vá perder."
No Rio Grande do Norte, o DEM faz parte da coligação que tem o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) como candidato. De acordo com a última pesquisa eleitoral, ele está com 25% das intenções de voto, 14 pontos abaixo de Fátima Bezerra (PT).
Sem Agripino, o partido também não indicou candidato ao Senado. Na chapa, as vagas são ocupadas por Garibaldi Filho (MDB) e Jácome (PODE).
O UOL procurou a assessoria do senador e do Democratas no Rio Grande do Norte para comentar a decisão, mas não obteve resposta.

Andressa Anholete/AFP
Suplentes podem usar vaga diferente como alavanca

Dois nomes menos conhecidos completam o sexteto dos rebaixados. Eles eram suplentes na eleição de 2010, por isso os cientistas políticos não avaliam que se trate de um rebaixamento, mas de uma oportunidade.
Hélio José (PROS-DF) assumiu a cadeira em janeiro de 2015, quando o titular Rodrigo Rollemberg (PSB) se tornou governador do Distrito Federal.
José Medeiros (PODE-MT) ingressou no Senado na mesma época no lugar de Pedro Taques (PSDB), atual governador de Mato Grosso.
"Estes são casos diferentes. Para o cargo que eles assumiram, não tiveram votos. O eleitor vota no titular e o suplente assume por várias razões. O mandato, neste caso, pode ser usado como trampolim para ganhar uma eleição própria", avalia Couto.
"Nestes casos, não pode se considerar rebaixamento, faz sentido [que pleiteiem a Câmara]. Afinal, nem no jogo eleitoral eles estavam. Isso é alavancar uma candidatura", concorda Abrucio.
Medeiros não viu dessa forma. Durante a convenção estadual do Podemos, o partido decidiu fechar coligação com o PT, partido do qual o senador é crítico nacionalmente.
Ele reclamou do que chamou de "mudança de rota". "Inicialmente eu era pré-candidato ao Senado Federal, mas a nossa candidatura cresceu muito e incomodou também. Forças ocultas trabalharam muito forte para destruir o nosso projeto de reeleição e todos sabem o que aconteceu", declarou o senador à época.
O UOL tentou entrar em contato com a assessoria do candidato para comentar o caso, mas não teve resposta até o momento.

Edilson Rodrigues/Agência Senado
O senador Hélio José concorre como deputado federal
Candidatos devem se eleger

Com escândalos de corrupção ou não, os cientistas políticos afirmam que os seis candidatos devem ser eleitos em seus respectivos estados.
"Aécio e Agripino, que são os mais envolvidos em escândalos, têm bases eleitorais antigas, sólidas e histórias de mais de 30 anos", afirma Abrucio. "Isso não deve ser um empecilho. Em Minas, há muitas cadeiras e Aécio participa de uma aliança muito forte."
"A política é dinâmica e muda muito. Veja o caso de Eduardo Suplicy: há quatro anos ele perdeu a única vaga disputada para José Serra [PSDB] por causa da baixa do PT na época. Então teve de voltar como vereador em 2016 e agora está em primeiro nas pesquisas deste ano", diz Couto.
"As explicações [para mudar de cargo] são prosaicas: o caso é que alguns nomes, como Aécio e Agripino, se tornaram insustentáveis. Mas a volta por cima pode acontecer. Em política nada está morto e é nisso que eles apostam", afirma Couto.
"No fim, todos querem ou alavancar ou reconstruir suas carreiras", concorda Abrucio. "Mas esta reconstrução precisará, sem dúvida, de muita humildade."

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As esperanças e desilusões dos jovens que votarão pela primeira vez. Eles se chamam Amanda, Larissa, Maurício e Nicolas, têm 17 ou 18 anos e irão votar pela primeira vez no próximo domingo, no primeiro turno das eleições, num país onde a juventude é frequentemente desprovida de um senso de direção.

As esperanças e desilusões dos jovens que votarão pela primeira vez

Do Rio

Eles se chamam Amanda, Larissa, Maurício e Nicolas, têm 17 ou 18 anos e irão votar pela primeira vez no próximo domingo, no primeiro turno das eleições, num país onde a juventude é frequentemente desprovida de um senso de direção.
Faltando uma semana para a votação, a AFP recolheu os testemunhos de quatro estudantes do ensino médio de colégios públicos que foram à sede do Tribunal Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE) para se familiarizar com as urnas eletrônicas e assistir a palestras sobre a importância do voto, que é obrigatório no Brasil a partir dos 18 anos e autorizado a partir dos 16.
Nicolas Maltez, de 17 anos, vai poder votar. Amanda Lage de Souza Dantas, Maurício Costa e Larissa Batista Torres, todos com 18 anos, serão obrigados a ir às urnas, sob pena de multa.
Todos negros ou mulatos, moradores de favelas ou bairros adjacentes, eles se debruçam sem tabus sobre suas expectativas para esta primeira experiência eleitoral.
Embora tenham pouca confiança nos candidatos, enquanto o país está mergulhado em escândalos de corrupção, consideram importante votar para contribuir para uma mudança.
Suas principais prioridades: saúde e educação, serviços públicos essenciais que são muitas vezes extremamente precários para as populações pobres. Altamente conectados, eles obtêm informações na internet e nas redes sociais, enquanto são cautelosos quanto a informações falsas.

O que representa para vocês votar pela primeira vez?

Nicolas: "Acho que vai ser bom porque vou estar por dentro do que está acontecendo no meu país e vou ajudar de alguma forma. Há dois meses, estava na igreja e os pastores queriam saber quem ainda não tinha tirado o título de eleitor. Levantei a mão e no dia seguinte fui tirar o título. Fiquei muito tempo esperando, numa fila enorme, mas depois mostrei para minha família e todo mundo ficou feliz, falaram que eu virei um moleque mais maduro".
Amanda: "Eu meio que estou sentindo medo. Tenho medo de votar no candidato errado, e mais uma vez eles não cumprirem a metade das promessas que fizeram".
Larissa: "Estou desanimada. Não confio muito no que falam, mas já sei em quem vou votar".

O que esperam das eleições?

Maurício: "Acho que o meu voto vai ser mais um grão para contribuir nessa enorme estrutura para fazer o Brasil acontecer. Estou ansioso e acho que posso modificar as coisas. Estou ansioso para votar porque quero acabar com certos impasses, a saúde sucateada, a educação sucateada"
Amanda: "Mesmo não tendo confiança, vou votar assim mesmo. Minha mãe já me disse que quando a gente não vota, acaba dando esse voto para uma pessoa que a gente não quer. Então prefiro votar".
Nicolas: "Acredito que a eleição pode mudar as coisas, se a gente estudar bem os políticos, votar com consciência, podemos eleger o cara certo para tentar fazer a coisa certa para nosso Brasil".

Como vocês escolhem os candidatos em quem vão votar?

Maurício: "Vejo o horário eleitoral, e se o candidato é interessante, pesquiso mais sobre as propostas que tem a oferecer".
Nicolas: "Pesquiso muito em sites, na internet, porque, como é minha primeira vez votando, não quero fazer errado. Leio e vejo o que o candidato falou, se é verdade ou não".
Larissa: "Esse ano tivemos aula de política, e o professor explicou o que é esquerda e direita. Fui baseada no que ele disse e escolhi um candidato que talvez possa melhorar o nosso país. Vejo as propostas se estão falando sério, se cumprem com a palavra. Prefiro consultar sites, porque não é muito bom ir pela cabeça das pessoas".
Amanda: Meu pai é muito a favor do Lula, é PT desde sempre. É muito complicado porque ele quer que eu vote no Haddad, mas eu quero votar em outro candidato, mas ele tenta fazer minha cabeça, então é meio complicado. Para mim, o mais importante é a saúde e a educação, e sobretudo que cumpram as promessas".

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CNT/MDA: Bolsonaro (28,2%) e Haddad (25,2%) registram empate técnico

CNT/MDA: Bolsonaro (28,2%) e Haddad (25,2%) registram empate técnico

Do UOL, no Rio e em São Paulo

Os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) surgem pela primeira vez tecnicamente empatados na disputa eleitoral, conforme os resultados da pesquisa do instituto MDA encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). O levantamento divulgado neste domingo (30) mostra Bolsonaro com 28,2% das intenções de voto e Haddad com 25,2% da preferência dos entrevistados.
O empate técnico acontece porque a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Considerando essa margem, Bolsonaro pode ter entre 26% e 30,4%. Já Haddad pode ter entre 23% e 27,4%.
Ciro Gomes (PDT) surge em seguida com 9,4%, tecnicamente empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), que marcou 7,3%. Marina Silva (Rede) registrou 2,6%.
Veja a intenção de voto para presidente:

Jair Bolsonaro (PSL): 28,2%
Fernando Haddad (PT): 25,2%
Ciro Gomes (PDT): 9,4%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7,3%
Marina Silva (Rede): 2,6%
João Amoêdo (Novo): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Alvaro Dias (Podemos): 1,7%
Cabo Daciolo (Patriota): 0,7%
Guilherme Boulos (PSOL): 0,4%
Vera (PSTU): 0,3%
José Maria Eymael (DC): 0,1%
João Goulart Filho (PPL): 0,1%
Branco/Nulo: 11,7%
Indeciso: 8,3%
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas nos dias 27 e 28 de setembro em 137 municípios de 25 unidades da federação. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-03303/2018 e tem nível de confiança de 95%.
A última pesquisa MDA/CNT de intenções de voto dos candidatos à Presidência foi divulgada em 17 de setembro. Ela trazia Bolsonaro em primeiro lugar, com 28,2% das intenções, seguido por Haddad, com 17,6%, e Ciro, com 10,8%.
Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (28) mostrou Bolsonaro com 28% das intenções de voto, Haddad com 22% e Ciro com 11%.
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Segundo o levantamento MDA/CNT divulgado neste domingo, Bolsonaro e Haddad são os candidatos cujos eleitores se declaram como os mais decididos a confirmar o voto neles: acima de 80% para ambos.
A pesquisa ainda aponta que 76,4% manterão a decisão de voto, mesmo em caso de o seu candidato de preferência não ter chance de ir para o 2º turno. Outros 21% dos entrevistados dizem que poderão mudar o voto.
Os candidatos com mais chances de receber o voto de entrevistados que se declaram indecisos, sendo permitido citar até duas opções, são: Fernando Haddad, 19,3%; Ciro Gomes, 18,7%; Jair Bolsonaro, 17,5%; Geraldo Alckmin; 13,3%; Marina Silva, 7,8%; Alvaro Dias, 3,6%; João Amoêdo, 3%, e Henrique Meirelles, 1,2%.

Segundo turno

A pesquisa MDA/CNT também trouxe cenários de segundo turno. Veja os principais resultados, considerando a intenção de voto estimulada:
Haddad X Bolsonaro
Fernando Haddad: 42,7%
Jair Bolsonaro: 37,3%
Branco/Nulo: 16,1%
Indeciso: 3,9%
Ciro x Bolsonaro
Ciro Gomes: 42,7%
Jair Bolsonaro: 35,3%
Branco/Nulo: 17,8%
Indeciso: 4,2%
Bolsonaro x Alckmin
Jair Bolsonaro: 37%
Geraldo Alckmin: 33,6%
Branco/Nulo: 25,1%
Indeciso: 4,3%
Ciro x Haddad
Ciro Gomes: 34%
Fernando Haddad: 33,9%
Branco/Nulo: 26,9%
Indeciso: 5,2%
Ciro x Alckmin
Ciro Gomes: 41,5%
Geraldo Alckmin: 23,8%
Branco/Nulo: 29,1%
Indeciso: 5,6%
Haddad x Alckmin
Fernando Haddad: 39,8%
Geraldo Alckmin: 28,5%
Branco/Nulo: 26,4%
Indeciso: 5,3%

Índices de rejeição

O levantamento também testou junto aos entrevistados o limite de voto que candidatos à Presidência podem receber. Na divulgação da pesquisa consta apenas os quatro candidatos mais bem colocados. Veja abaixo os índices dos que declararam "não votar de jeito nenhum" no nome apresentado:
Jair Bolsonaro: 55,7%
Geraldo Alckmin: 52,8%
Fernando Haddad: 48,3%
Ciro Gomes: 37,1%

Interesse nas eleições

A pesquisa MDA/CNT ainda fez outras perguntas relacionadas à eleição e às expectativas da população quanto a cenários a partir do ano que vem com um novo presidente da República.
Faltando apenas uma semana para o primeiro turno, marcado para 7 de outubro, 20,8% dos entrevistados afirmaram ter "pouco interesse" nas eleições deste ano e 21,4% afirmaram ter "nenhum interesse". Outros 32% disseram estar "muito interessados", enquanto 25,1% têm "médio interesse" no processo eleitoral.
Ao todo, 72,5% viram ou ouviram o programa eleitoral na televisão ou no rádio. Já 27,5% ainda não viram ou ouviram.
Quanto ao conhecimento sobre os candidatos a presidente, 19,5% afirmaram conhecer bastante as opções, 40,4% afirmaram conhecer mais ou menos, 26,5% afirmaram conhecer pouco e 12,9%, nada.
Na opinião de quem já viu ou ouviu, o candidato que está apresentando a melhor propaganda eleitoral é: Fernando Haddad (20,8%); Jair Bolsonaro (18%); Geraldo Alckmin (12,9%); Ciro Gomes (12,5%); Henrique Meirelles (3,1%); outros candidatos (5,5%); nenhum (14,5%); não souberam informar (12,7%).
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Ciro Gomes: declarações de Bolsonaro deixam claro o anúncio de um golpe

Ciro Gomes: declarações de Bolsonaro deixam claro o anúncio de um golpe

Política
30/09/2018 12:34

São Paulo, 30/09/2018 - A declaração do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) de que não aceitaria o resultado da disputa eleitoral, caso não saísse vitorioso, "deixou claro o anúncio de um golpe", disse o candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes. O pedetista participou de evento com profissionais da área da saúde, neste domingo, na capital paulista.

Na última sexta-feira (28), Bolsonaro disse em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, do programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, concedida do quarto do hospital Albert Einstein, onde se recuperou de um atentado à faca sofrido no início deste mês, que não poderia falar pelos comandantes militares, mas pelo que via nas ruas, não aceitaria um resultado diferente da sua eleição. Ele ainda reiterou que a única possibilidade de vitória do PT viria pela "fraude".

"Somando a fala de Bolsonaro com as declarações anteriores do vice, general Mourão, sobre a criação de uma nova Constituição, e 'juntando lé com cré' percebemos a iminência de um golpe", argumentou Ciro.

O candidato do PDT afirmou que os extremismos entre o PT e Bolsonaro vão levar o País a uma guerra civil, como na Venezuela. Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) permanecem na primeira e segunda colocação, respectivamente, nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência. "Eu reagi, enquanto Haddad ficou calado", alfinetou Ciro, novamente em referência às declarações de Bolsonaro.

Quanto às manifestações ocorridas ontem (29) contra o presidenciável do PSL, Ciro diz que "as mulheres brasileiras vão salvar o País desse precipício", que seria uma eventual vitória de Bolsonaro. "Ele já foi derrotado graças ao valor da mulher brasileira", acrescentou. Os protestos iniciados na internet com as hashtags #EleNão e #EleNunca foram promovidos pelo eleitorado feminino.

"Bolsonaro, agora você já está de alta médica e não tem mais desculpas. Te espero hoje à noite no debate", arrematou Ciro, sobre o debate que será realizado neste domingo na Rede Record. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com)

copiado  http://institucional.ae.com.br/

Política O partido de Bolsonaro tenta impedir a circulação de VEJA PSL quer que o Ministério Público do RJ também apure como a revista teve acesso aos dados do processo de separação do presidenciável e sua segunda esposa

O partido de Bolsonaro tenta impedir a circulação de VEJA

PSL quer que o Ministério Público do RJ também apure como a revista teve acesso aos dados do processo de separação do presidenciável e sua segunda esposa



O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) (VEja/VEJA)
O PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, apresentou na noite de sexta-feira, 28, uma notícia-crime ao Ministério Público do Rio de Janeiro pedindo a retirada das bancas da última edição de VEJA em razão de reportagem de capa da revista, que traz informações do processo envolvendo a separação dele e de sua segunda esposa, Ana Cristina Siqueira Valle, em 2008.
A reportagem revela que Ana Cristina acusou o deputado de ocultar patrimônio, receber “outros proventos” além dos salários de deputado federal e de militar reformado, de furtar um cofre no Banco do Brasil com joias e dinheiro pertencentes a ela e de ser um marido de “comportamento explosivo” e de “desmedida agressividade”.
O Ministério Público do Rio, em nota, não diz qual será o encaminhamento do pedido do PSL para recolher os exemplares de VEJA, e também não esclarece se efetivamente tomará alguma providência neste sentido.
O PSL também pediu a apuração de como a reportagem teve acesso a um processo que estava arquivado e tramitou em segredo de Justiça. Em nota, o MP-RJ afirma que a representação foi recebida pela 7ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos do MPRJ, onde “serão analisados os fundamentos para requisição de instauração de inquérito policial”.
Independente da apuração do MP-RJ, o corregedor-geral de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Claudio de Mello Tavares, instaurou uma sindicância administrativa “para apurar eventual envolvimento de servidores e/ou magistrados na concessão irregular de vista dos autos a terceiros”, já que, segundo ele, só podem ter acesso a processo de família as partes e seus advogados.

Histórico

A última vez que VEJA teve sua circulação proibida foi em dezembro de 1968, quando os militares mandaram apreender todos os exemplares da revista cuja capa trazia, poucos dias depois da decretação do Ato Institucional número 5 (AI-5), uma foto do então presidente Arthur da Costa e Silva sentado sozinho no Congresso. A imagem era um símbolo perfeito do momento em que o regime militar entrava em seu período mais duro.
Houve outros momentos em que se tentou — sem sucesso — recolher VEJA das bancas. Em 1992, quando a revista publicou a capa “Pedro Collor conta tudo”, em que Pedro Collor revelava detalhes da sociedade secreta entre o então presidente Fernando Collor e seu tesoureiro PC Farias, houve uma tentativa. O presidente Collor entrou na Justiça com uma ação cautelar para apreender as fitas com a entrevista gravada e tentar inviabilizar a publicação da reportagem – mas ele acabou recuando dessa ação.
Na eleição presidencial de 2014, o estafe da campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT) também tentou restringir a circulação de uma edição de VEJA em razão de reportagem às vésperas de uma eleição presidencial. A capa, com as fotos de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o título “Eles sabiam de tudo”, informava que o doleiro Alberto Youssef dizia que os petistas tinham pleno conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.
O PT pedia a retirada do site e do Facebook do conteúdo e da propaganda da revista com a reportagem, alegando que ela tinha o objetivo de interferir na eleição. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deu uma liminar para suspender a propaganda, mas manteve a revista em circulação.
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Política Homens e mulheres nunca votaram de forma tão diferente no Brasil Em cada três eleitores de Bolsonaro, apenas uma é mulher (66% contra 33%) - deputado tem 36% das intenções de voto entre público masculino





Homens e mulheres nunca votaram de forma tão diferente no Brasil

Em cada três eleitores de Bolsonaro, apenas uma é mulher (66% contra 33%) - deputado tem 36% das intenções de voto entre público masculino


Protesto contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no largo da Batata, em São Paulo - 29/09/2018 (Ananda Migliano/Ofotográfico/Folhapress)
Nos últimos 24 anos, homens e mulheres nunca votaram de forma tão diferente. Nem quando o Brasil elegeu uma mulher para a Presidência da República, ou quando duas delas lideravam a corrida presidencial, a disparidade de gênero no voto foi tão acentuada quanto em 2018. 
O Estado analisou pesquisas eleitorais das duas últimas semanas de campanha em todas as eleições presidenciais desde 1994. O que ocorre em relação a Jair Bolsonaro (PSL) atualmente é de fato um ponto fora da curva. Segundo a última pesquisa Ibope, o deputado e militar da reserva tinha 36% das intenções de voto entre os homens e 18% entre as mulheres. Ou seja, o dobro de apoio no eleitorado masculino. Em cada três de seus eleitores, apenas uma é mulher (66% contra 33%).

Nos 24 anos anteriores, as maiores discrepâncias na votação por gênero haviam ocorrido em 1994 e 2002, quando a composição do eleitorado de Luiz Inácio Lula da Silva chegou a ser 55% masculina e 45% feminina. Na reta final da campanha de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (então no PSB) chegaram a ficar brevemente em primeiro e segundo lugar, ambas tinham a mesma composição em seus eleitorados: 53% de mulheres e 47% de homens. 
Para a cientista política da Universidade de Brasília (UnB) Flávia Biroli, não são apenas as frases consideradas machistas que afastam as mulheres de Bolsonaro. O presidenciável já afirmou que “fraquejou” quando teve uma filha, depois de quatro homens, e que a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada “por ser muito feia”.
A cientista política diz que há aspectos na candidatura de Bolsonaro que são interpretados de maneiras diferentes por mulheres e homens por causa da posição diferente que cada gênero tem na sociedade. “As mulheres no Brasil são mais escolarizadas, mas menos valorizadas, com mais dificuldade de encontrar emprego. Quando ele fala que o Estado não tem nada a ver com isso, que é questão de mérito, isso atinge muito elas.”
Flávia também vê um contraste entre o momento de maior protagonismo assumido pelas mulheres nos últimos anos, no Brasil e no mundo, e as ideias do candidato. O movimento MeToo, por exemplo, que surgiu nos Estados Unidos, levou a uma onda de denúncias de abuso sexual. “A maneira do Bolsonaro de falar as ignora como sujeito político e o papel que elas têm assumido na sociedade.”
Para a pesquisadora, até o antipetismo pode ser menos forte para elas. “São as mulheres as mais afetadas pelas políticas sociais, são elas que cuidam das crianças, dos idosos, ficam sem emprego primeiro.”
O fiscal de trânsito Paulo (nome fictício), de 34 anos, não votou nas duas últimas eleições, mas nesta faz questão. “Hoje, para enfrentar a esquerda no país, só o Bolsonaro, se não vamos virar a Venezuela.” As páginas dele nas redes sociais são alimentadas só com informações positivas do candidato. “Se pudesse, minha mulher me excluía do Facebook dela”, brinca.
A mulher em questão é psicóloga e não vota no mesmo candidato. “O que ele falou para a deputada sobre estupro não se fala para ninguém. É uma questão de valores, discordo totalmente”, diz Ana (nome fictício), de 33 anos, que diz se preocupar com o marido, que parece obcecado pela vitória de Bolsonaro. “Mas ao mesmo tempo ele não é machista”, afirma. O casal pediu para não ter o nome verdadeiro publicado.
A administradora Roberta, de 30 anos, que também preferiu usar um nome fictício, acha que Bolsonaro é machista e quer que todas as mulheres sejam donas de casa. “A gente já luta tanto para tentar uma igualdade no mercado e ele fala essas coisas.” Seu marido, no entanto, vai votar no candidato do PSL e passa o dia mandando vídeos e reportagens para tentar convencê-la. Roberta vai votar em João Amoêdo (Novo). “A gente sempre pegava uma colinha um do outro antes de votar, mas dessa vez eu não vou pegar a colinha dele, não.”
O marido Fabio (nome fictício), de 30 anos, admite que o presidenciável é “um ogro, xinga, é agressivo”, mas o considera “o menos ruim”. Sobre a frase dita à deputada Maria do Rosário, pondera: “Quem nunca errou e falou coisas no calor da emoção?” Roberta não concorda. “No segundo turno, voto em qualquer um, menos nele.”
Diferença
Para a cientista política e pesquisadora do Grupo de Estudos de Gênero e Política da Universidade de São Paulo (USP) Beatriz Rodrigues Sanchez, uma das questões centrais para a diferença de gênero no voto é a segurança. “A violência faz parte da vida deles desde a infância, eles brincam com armas.” Já para mulheres, especialmente negras e pobres, afirma, essa política tem outro significado. “Essa história de colocar ordem no Brasil as assusta porque a violência policial tem matado os filhos delas na periferia.”
A rejeição ao candidato do PSL levou à criação de um grupo no Facebook, o Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que tem hoje 3,8 milhões de integrantes. Como mostrou o Estado ontem, quem iniciou a página foi a funcionária pública baiana Ludimilla Teixeira, que se considera anarquista e nem sequer sabe se vai votar nessas eleições. 
Foi no grupo que acabou sendo criada a #Elenão, usada até por personalidades mundiais como Madonna e Cher. Nele, há relatos de mulheres que reclamam de maridos que vão votar no candidato do PSL – homens não são aceitos no grupo. O crescente número de integrantes fez os outros candidatos passarem a usar a hashtag em suas campanhas. A página foi hackeada este mês e o nome, trocado para Mulheres com Bolsonaro. O Facebook restabeleceu a página, mas a criadora tem sido ameaçada.
Divergência no casamento
Essas são as primeiras eleições em que José Luiz e Nilza Costa, depois de 40 anos de casamento, vão votar em candidatos diferentes. “Quero renovar, mexer nessa coisa suja, tem que ser alguém forte”, diz ele, que vota em Jair Bolsonaro (PSL). “Ele é grosso e hostil com as mulheres”, rebate ela, que aposta em João Amoedo (Novo). 
Apesar da divergência política, eles dizem que na casa da Vila Guarani, na zona sul de São Paulo, não tem briga. “Só faltava ele me obrigar a votar em quem ele quer”, afirma Nilza, de 61 anos, analista de sistema.
Filho de militar, o técnico de som de 68 anos diz que lembra bem do período da ditadura. Para ele, “o povo era mais unido”, “se podia sair na rua e ninguém mexia com a mulher dos outros”. Já Nilza não gosta “como Bolsonaro se apresenta” e acha que ele “não vai conseguir mudar as coisas porque é fraco”. 
José Luiz – que já foi eleitor de Geraldo Alckmin (PSDB) – afirma que não dá bola para as coisas que falam do seu candidato. Para ele, mesmo que não der certo um eventual governo de Bolsonaro, a solução é mais fácil do que seria com qualquer outro presidenciável eleito. “Se Alckmin, (Fernando) Haddad ou Ciro (Gomes) fizerem algo ruim, ninguém tira eles porque têm um grupo político. Mas se o Bolsonaro, daqui três meses, aprontar, a gente tira ele rapidinho.” 
A mulher insiste que prefere um candidato “mais inteligente”. “Ele (Amoêdo) é administrador e já tem uma fortuna, por isso não vai roubar.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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