As esperanças e desilusões dos jovens que votarão pela primeira vez. Eles se chamam Amanda, Larissa, Maurício e Nicolas, têm 17 ou 18 anos e irão votar pela primeira vez no próximo domingo, no primeiro turno das eleições, num país onde a juventude é frequentemente desprovida de um senso de direção.

As esperanças e desilusões dos jovens que votarão pela primeira vez

Do Rio

Eles se chamam Amanda, Larissa, Maurício e Nicolas, têm 17 ou 18 anos e irão votar pela primeira vez no próximo domingo, no primeiro turno das eleições, num país onde a juventude é frequentemente desprovida de um senso de direção.
Faltando uma semana para a votação, a AFP recolheu os testemunhos de quatro estudantes do ensino médio de colégios públicos que foram à sede do Tribunal Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE) para se familiarizar com as urnas eletrônicas e assistir a palestras sobre a importância do voto, que é obrigatório no Brasil a partir dos 18 anos e autorizado a partir dos 16.
Nicolas Maltez, de 17 anos, vai poder votar. Amanda Lage de Souza Dantas, Maurício Costa e Larissa Batista Torres, todos com 18 anos, serão obrigados a ir às urnas, sob pena de multa.
Todos negros ou mulatos, moradores de favelas ou bairros adjacentes, eles se debruçam sem tabus sobre suas expectativas para esta primeira experiência eleitoral.
Embora tenham pouca confiança nos candidatos, enquanto o país está mergulhado em escândalos de corrupção, consideram importante votar para contribuir para uma mudança.
Suas principais prioridades: saúde e educação, serviços públicos essenciais que são muitas vezes extremamente precários para as populações pobres. Altamente conectados, eles obtêm informações na internet e nas redes sociais, enquanto são cautelosos quanto a informações falsas.

O que representa para vocês votar pela primeira vez?

Nicolas: "Acho que vai ser bom porque vou estar por dentro do que está acontecendo no meu país e vou ajudar de alguma forma. Há dois meses, estava na igreja e os pastores queriam saber quem ainda não tinha tirado o título de eleitor. Levantei a mão e no dia seguinte fui tirar o título. Fiquei muito tempo esperando, numa fila enorme, mas depois mostrei para minha família e todo mundo ficou feliz, falaram que eu virei um moleque mais maduro".
Amanda: "Eu meio que estou sentindo medo. Tenho medo de votar no candidato errado, e mais uma vez eles não cumprirem a metade das promessas que fizeram".
Larissa: "Estou desanimada. Não confio muito no que falam, mas já sei em quem vou votar".

O que esperam das eleições?

Maurício: "Acho que o meu voto vai ser mais um grão para contribuir nessa enorme estrutura para fazer o Brasil acontecer. Estou ansioso e acho que posso modificar as coisas. Estou ansioso para votar porque quero acabar com certos impasses, a saúde sucateada, a educação sucateada"
Amanda: "Mesmo não tendo confiança, vou votar assim mesmo. Minha mãe já me disse que quando a gente não vota, acaba dando esse voto para uma pessoa que a gente não quer. Então prefiro votar".
Nicolas: "Acredito que a eleição pode mudar as coisas, se a gente estudar bem os políticos, votar com consciência, podemos eleger o cara certo para tentar fazer a coisa certa para nosso Brasil".

Como vocês escolhem os candidatos em quem vão votar?

Maurício: "Vejo o horário eleitoral, e se o candidato é interessante, pesquiso mais sobre as propostas que tem a oferecer".
Nicolas: "Pesquiso muito em sites, na internet, porque, como é minha primeira vez votando, não quero fazer errado. Leio e vejo o que o candidato falou, se é verdade ou não".
Larissa: "Esse ano tivemos aula de política, e o professor explicou o que é esquerda e direita. Fui baseada no que ele disse e escolhi um candidato que talvez possa melhorar o nosso país. Vejo as propostas se estão falando sério, se cumprem com a palavra. Prefiro consultar sites, porque não é muito bom ir pela cabeça das pessoas".
Amanda: Meu pai é muito a favor do Lula, é PT desde sempre. É muito complicado porque ele quer que eu vote no Haddad, mas eu quero votar em outro candidato, mas ele tenta fazer minha cabeça, então é meio complicado. Para mim, o mais importante é a saúde e a educação, e sobretudo que cumpram as promessas".

copiado  https://noticias.uol.com.br/politica/

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