Presidente palestina diz que EUA não são os únicos mediadores da paz
AFP / TIMOTHY A. CLARY
Presidente palestino Mahmud Abbas durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York, no dia 27 de setembro de 2018
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas,
disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos não são os únicos
mediadores no Oriente Médio porque são tendenciosos e prejudicam os
esforços para chegar a uma solução de dois Estados."Este governo renegou todos os compromissos anteriores dos Estados Unidos, e minou a solução de dois Estados", além de emitir "falsas declarações de preocupação sobre as condições humanitárias do povo palestino", queixou-se Abbas à Assembléia Geral das Nações Unidas.
Os Estados Unidos não podem ser o único mediador, segundo ele, porque Donald se voltou para Israel desde que assumiu o poder.
"Temos um Quarteto a nossa disposição, muito bem! Os Estados Unidos podem participar do Quarteto", acrescentou, referindo-se ao Quarteto para o Oriente Médio que reúne os Estados Unidos, a Rússia, a União Europeia e a ONU.
Ele criticou em particular que Washington reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, pelo o corte da ajuda dos Estados Unidos à agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) e sua decisão de fechar o escritório da Organização de Libertação da Palestina (OLP) em Washington.
"Todas essas decisões ameaçam a causa nacional palestina e constituem um ataque ao direito internacional e resoluções relevantes das Nações Unidas", disse Abbas.
"É irônico que o governo dos EUA ainda esteja falando sobre o que eles chamam de 'acordo do século', mas o que resta para este governo dar ao povo palestino? Soluções humanitárias?", questionou.
O presidente americano, Donald Trump, surpreendeu na ONU ao expressar, pela primeira vez, uma preferência pela criação de um Estado palestino coexistindo com Israel, sem parecer alterar, porém, as linhas do conflito no curto prazo.
Sete líderes europeus defendem refundação da UE
AFP/Arquivos / LEON NEAL
Faltando oito meses para
as eleições europeias, sete líderes liberais ou social-democratas
pediram mudanças na União Europeia para frear a onda populista que
ameaça a "paz, prosperidade e liberdade" do continente
Faltando oito meses para as eleições europeias, sete
líderes liberais ou social-democratas pediram nesta quinta-feira
mudanças na União Europeia apara frear a onda populista que ameaça a
"paz, prosperidade e liberdade" do continente."Queremos refundar a Europa", dizem os oito líderes em uma coluna publicada nos principais jornais europeus, incluindo no britânico The Guardian, no francês Libération e no portal espanhol eldiario.es.
O manifesto foi assinado pelo primeiro-ministro maltês Joseph Muscat, pelo presidente do partido espanhol Ciudadanos Albert Rivera e pelo presidente do conselho italiano Matteo Renzi.
Também traz a assinatura do líder do partido do presidente francês Emmanuel Macron, Christophe Castaner; a dos políticos belgas Guy Verhofstadt e Oliver Chastel; bem como a do antigo primeiro-ministro romeno Dacian Ciolos e do político holandês Alexander Pechtold.
"Nós nos recusamos a ser uma nova geração de sonâmbulos", declaram os signatários, recusando-se a seguir "um século depois", o mesmo caminho que levou a duas guerras mundiais.
"A Europa de hoje parece pouco adequada para enfrentar os desafios ecológico, econômico e migratório. Não responde às expectativas dos cidadãos que exigem menos leis e mais ações", afirmam.
"Nosso projeto de refundação é claro", eles apontam, pedindo "reformar os tratados se a refundação da Europa exigir isso" e "superar as estruturas políticas existentes se elas se tornarem obstáculos".
copiado https://www.afp.com/pt/
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