Uma
sala de aula usada por alunos de cursos da área de Comunicação da
Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), instituição de ensino superior
em São Paulo, sofreu vandalismo, com trabalhos danificados com palavras
de teor homofóbico e machista e de apologia à ditadura militar.
Estudantes que entraram no local na manhã desta terça-feira (25)
relataram ter encontrado cartazes e outros materiais produzidos por eles
depredados. O candidato à Presidência pelo PSL nas eleições 2018, Jair
Bolsonaro, chegou a ser mencionado em alguns dos rabiscos.
Frases como “Ustra herói brasileiro”, “Higienização contra gays” e a hashtag “Ele sim”, em oposição à campanha “Ele não”– movimento surgido nas redes sociais contrário a Bolsonaro – , foram pichadas nos trabalhos. O resultado do ataque foi registrado por alunos e divulgados nas redes sociais. O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015, primeiro militar reconhecido como torturador durante a ditadura, chegou a ser homenageado por Bolsonaro em seu discurso na votação do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff em 2016.
Os trabalhos estão expostos na sala de aula da disciplina de Criatividade, onde os alunos realizam atividades artísticas, com a liberdade de se manifestar sobre o tema que quiserem. “É a primeira vez que acontece algo dentro da faculdade. É preocupante, especialmente porque as pessoas que fizeram isso acham que é tranquilo invadir o espaço do outro para mostrar um posicionamento”, afirma a estudante de Animação Gabriela Von Ammon Eifler. Ela faz parte da turma que encontrou os trabalhos depredados no período da manhã. Segundo Gabriela, uma amiga já havia visto alguns rabiscos na noite de segunda-feira, 24, mas sem palavras ofensivas.
“A professora até chorou. É a única sala diferente, com essa proposta de expressão pessoal. Poderia ter sido em qualquer outro lugar, então isso machucou muito”, disse Gabriela.
A equipe de segurança foi acionada imediatamente. Funcionários chegaram a afirmar aos alunos que a sala deveria estar trancada, mas por estar localizada em uma área que não é muito frequentada, às vezes o espaço acaba ficando aberto. O Centro Acadêmico da Faap, além de organizações de alunos de outras instituições, prestaram solidariedade aos envolvidos no ocorrido.
A estudante de Cinema Taline Mendonça Caetano, que também frequenta a aula no local, afirmou que somente alguns trabalhos foram depredados. “São aqueles que defendem alguma coisa, ligados a alguma ideologia”, disse.
Para Gabriela, houve violação de identidade: “Sou bissexual, e essas pessoas são contra a minha existência por si só."
Imagens de uma câmera de segurança no corredor podem servir para identificar os culpados. Procurada, a Faap informou que a diretoria está investigando o caso e não se posicionará enquanto não for solucionado. A reportagem não teve acesso à sala de aula.
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Frases como “Ustra herói brasileiro”, “Higienização contra gays” e a hashtag “Ele sim”, em oposição à campanha “Ele não”– movimento surgido nas redes sociais contrário a Bolsonaro – , foram pichadas nos trabalhos. O resultado do ataque foi registrado por alunos e divulgados nas redes sociais. O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015, primeiro militar reconhecido como torturador durante a ditadura, chegou a ser homenageado por Bolsonaro em seu discurso na votação do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff em 2016.
Os trabalhos estão expostos na sala de aula da disciplina de Criatividade, onde os alunos realizam atividades artísticas, com a liberdade de se manifestar sobre o tema que quiserem. “É a primeira vez que acontece algo dentro da faculdade. É preocupante, especialmente porque as pessoas que fizeram isso acham que é tranquilo invadir o espaço do outro para mostrar um posicionamento”, afirma a estudante de Animação Gabriela Von Ammon Eifler. Ela faz parte da turma que encontrou os trabalhos depredados no período da manhã. Segundo Gabriela, uma amiga já havia visto alguns rabiscos na noite de segunda-feira, 24, mas sem palavras ofensivas.
“A professora até chorou. É a única sala diferente, com essa proposta de expressão pessoal. Poderia ter sido em qualquer outro lugar, então isso machucou muito”, disse Gabriela.
A equipe de segurança foi acionada imediatamente. Funcionários chegaram a afirmar aos alunos que a sala deveria estar trancada, mas por estar localizada em uma área que não é muito frequentada, às vezes o espaço acaba ficando aberto. O Centro Acadêmico da Faap, além de organizações de alunos de outras instituições, prestaram solidariedade aos envolvidos no ocorrido.
A estudante de Cinema Taline Mendonça Caetano, que também frequenta a aula no local, afirmou que somente alguns trabalhos foram depredados. “São aqueles que defendem alguma coisa, ligados a alguma ideologia”, disse.
Para Gabriela, houve violação de identidade: “Sou bissexual, e essas pessoas são contra a minha existência por si só."
Imagens de uma câmera de segurança no corredor podem servir para identificar os culpados. Procurada, a Faap informou que a diretoria está investigando o caso e não se posicionará enquanto não for solucionado. A reportagem não teve acesso à sala de aula.
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