Obama: notícias falsas e nacionalismo ameaçam democracias ocidentais
Ritzau Scanpix/AFP / Mads Claus Rasmussen
Obama deixa o evento em Kolding
Preocupado com as democracias ocidentais tomadas pelas
"fake news" e pela ascensão do nacionalismo, o ex-presidente dos EUA
Barack Obama projetou um cenário sombrio da vida política americana,
durante palestra na Dinamarca, nesta sexta-feira (28)."Estou suficientemente preocupado com as tendências internacionais e americana para me manifestar", declarou Obama, convidado a falar em Kolding, diante de uma plateia de líderes empresariais e de estudantes.
Relativamente discreto desde que deixou a Casa Branca em 20 de janeiro de 2017, ele evitou se referir diretamente a seu sucessor, Donald Trump.
"Nos Estados Unidos, nós temos, talvez, mais abalos e mudanças do que esperávamos", afirmou, conseguindo risos dos presentes.
Dizendo-se preocupado com a falta de engajamento da população na vida pública, ele lembrou da importância "nos Estados Unidos, na Europa e em outros países de lutar (...) para afirmar os ideais da nossa Constituição".
"Quando uma população é passiva e mal informada e não presta atenção, é aí que mora o maior perigo", insistiu Obama.
"Há uma verdadeira urgência que a gente veja o que está acontecendo na Polônia, por exemplo, ou na Hungria (...) há uma mudança, cujas implicações são válidas para toda Europa", advertiu.
China rejeita pressão dos EUA e defende multilateralismo
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Dias depois de o presidente americano, Donald Trump, ter aplicado novas tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses, Wang garantiu que Pequim vai resistir.
O ministro chinês também se referiu a Pequim como uma "defensora do multilateralismo", em um momento em que os Estados Unidos são criticados por sua abordagem unilateral de assuntos mundiais.
"A China sempre defendeu a ordem internacional e buscou o multilateralismo", disse Wang na ONU, elogiando seu "respeito" pelas decisões decorrentes das negociações.
Ele disse que "nenhum país pode sustentar sozinho" os principais desafios que o mundo enfrenta hoje, "ou ficar imune a seus efeitos".
O ministro das Relações Exteriores chinês defendeu novamente o acordo nuclear iraniano de 2015, do qual os Estados Unidos se retiraram em maio.
Em relação à Coreia do Norte, Wang encorajou a aproximação de Washington e Pyongyang, enquanto defendeu que a ONU "crie condições mais favoráveis" para a desnuclearização.
- Erro estratégico -
Mais cedo, em declarações a um influente grupo de especialistas em Nova York, Wang tinha adotado um tom mais conciliatório e afastado temores de que a China busque destronar os Estados Unidos como maior potência mundial.
Referindo-se ao recente trabalho de pesquisadores americanos que afirmam que a China está intensificando seus esforços para alcançar uma posição hegemônica no mundo, Wang disse: "Quero dizer muito claramente que este é um erro de cálculo estratégico grave".
"É uma presunção errada que será extremamente prejudicial aos interesses americanos e ao futuro dos Estados Unidos", disse o ministro chinês ao Council on Foreign Relations, um think tank de Nova York.
Nos últimos anos, a China aumentou significativamente seu domínio no mundo, especialmente na América Latina e na África.
Wang lamentou que essa suspeita sobre a ambição hegemônica da China tenha sido ampliada e estendida, alertando que poderia "levar a novas suspeitas e dificultar a abordagem de questões específicas".
As relações entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, deterioraram-se rapidamente após uma boa conexão inicial.
Com sua característica franqueza, Trump disse na quarta-feira (26) que não pode mais considerar Xi um amigo, acusando Pequim de interferir na política americana e de buscar sua derrota nas eleições de meio de mandato em novembro por causa de sua posição dura no comércio.
Wang negou categoricamente que a China esteja roubando tecnologia de empresas norte-americanas, uma alegação que provocou as medidas comerciais contra o gigante asiático. "Isso simplesmente não é verdade. Esperamos que essas falsas acusações parem", disse ele.
O governo americano diz que a China tira proveito da tecnologia de forma mais indireta, exigindo que empresas estrangeiras se aliem a empresas locais para entrar no mercado mais populoso do mundo.
Wang insistiu em que o processo de aliança de negócios era "aberto e transparente".
Autoridades americanas dizem que a China é o maior mercado do mundo e que os sócios se apropriam dos conhecimentos técnicos.
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