Maduro se reuniu com presidente do Irã e chanceler da Rússia. Acusadora diz ter '100%' de certeza sobre juiz Kavanaugh como agressor

Maduro se reuniu com presidente do Irã e chanceler da Rússia

AFP / Angela WeissPresidente da Venezuela Nicolás Maduro em 26 de setembro de 2018
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se reuniu com o presidente iraniano Hassan Rohani e com o ministro das Relações Exteriores russo Serguei Lavrov, dois de seus principais aliados, à margem da Assembleia Geral da ONU.
Tanto a Rússia quanto o Irã condenaram veementemente as explosões causadas por dois drones em uma parada militar em Caracas em 4 de agosto, que Maduro assegura que tinha como objetivo matá-lo.
Rohani e Maduro são dois dos maiores inimigos do presidente americano Donald Trump, que não descarta uma intervenção militar na Venezuela e que pediu à ONU que isole o Irã.
"A Venezuela e o Irã têm sido alvos de ataques e sanções unilaterais por parte do governo dos Estados Unidos, fato que ambas as nações têm rechaçado em reiteradas oportunidades exigindo respeito à auto-determinação do povo venezuelano e iraniano", declarou o ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
Os dois presidentes falaram sobre "petróleo, geopolítica e cooperação entre as duas nações" para fortalecer "alianças estratégicas", segundo a chancelaria.
A Rússia e a Venezuela também estreitaram relações desde 1999, quando Hugo Chávez assumiu a presidência.
Lavrov "trouxe consigo amostras de amizade e solidariedade do presidente Vladimir Putin para fortalecer os laços e objetivos comuns de ambas as nações", tuitou Maduro após a reunião.
Rússia e Venezuela têm mais de 260 acordos em questões militares, petrolíferas, de gás e agrícolas.
Moscou, que tem assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, defende ativamente a Venezuela na organização.
Maduro também se reuniu na sede da ONU com o primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, para discutir a venda de petróleo sob Petrocaribe, lançado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez para permitir que vários países da América Latina e do Caribe comprem produtos de petróleo a preços vantajosos e paguem suas contas em 25 anos com uma taxa de juros de 1%.

Acusadora diz ter '100%' de certeza sobre juiz Kavanaugh como agressor

POOL/AFP / MICHAEL REYNOLDSChristine Blasy Ford, a mulher que acusa o juiz Brett Kavanaugh de agressão sexual, em 27 de setembro de 2018, durante audiência no Senado americano
A Comissão de Justiça do Senado americano iniciou nesta quinta-feira (27) a histórica audiência para a indicação do candidato do presidente americano à Suprema Corte, um processo marcado por acusações de agressão sexual contra o juiz Brett Kavanaugh que remontam a 1982.
Na audiência, a denúncia da acadêmica Christine Blasey Ford, que assegura que Kavanaugh tentou violentá-la em uma festa de estudantes, será confrontada com a versão do juiz. Ele nega as acusações. A carreira deste juiz de 53 anos estará em jogo nesta audiência pública, transmitida ao vivo pela televisão.
"Estou aqui hoje não porque eu queira estar. Estou apavorada", desabafou Christine, diante de uma sessão lotada, aberta às 10h locais (11h em Brasília) com uma apresentação do presidente da Comissão, o republicano Chuck Grassley.
"Acredito que seja meu dever como cidadã dizer a vocês o que aconteceu comigo, quando Brett Kavanaugh e eu estávamos no Ensino Médio", declarou, com a voz embargada, tentando conter as lágrimas.
Blasey Ford descreveu ter sido abordada por um Kavanaugh "visivelmente bêbado" e seu amigo Mark Judge, que a levou para um quarto e trancou a porta, antes que Kavanaugh tentasse tirar suas roupas.
"Achei que ele fosse me estuprar", disse ela aos congressistas, garantindo ter totalmente certeza de que Kavanaugh foi o agressor.
Ao ser questionada sobre como poderia ter tanta certeza, respondeu sem hesitar: "Do mesmo jeito que tenho certeza de que estou falando com você agora. Apenas funções básicas de memória".
Christine disse ter certeza da identidade do agressor, porque a "traumática experiência" foi alojada de modo "indelével" em seu cérebro.
Entre as grandes expectativas da audiência estava ver pela primeira vez o rosto de Blasey Ford, de quem se conhecia apenas fotos antigas e uma imagem das redes sociais, na qual aparecia de óculos escuros.
POOL/AFP / SAUL LOEBEl presidente del comité judicial del Senado de Estados Unidos, Charles Grassley, el 27 de septiembre de 2018 al dar comienzo a una audiencia sobre la nominación del juez Brett Kavanaugh para asumir en la Suprema Corte
Christine, de 51 anos, disse que a suposta agressão de Kavanaugh, na qual ele teria tapado sua boca com a mão para evitar que gritasse, deixou-a "drasticamente alterada".
"Os detalhes dessa noite, que são o que me trazem aqui, são coisas que nunca vou esquecer. Ficaram gravadas na minha memória e me atormentaram por momentos em minha vida adulta", disse.
Há duas semanas, Kavanaugh parecia prestes a ganhar sua aprovação do Senado para entrar na Suprema Corte, uma jurisdição que trata de questões fundamentais da sociedade americana, como direito ao aborto, porte e posse de armas de fogo e direitos das minorias.
Para Trump, colocar um juiz conservador em um cargo vitalício na alta corte selaria seu objetivo de deixar em minoria os juízes progressistas, ou moderados, durante muitos anos.
Até agora, apesar das novas denúncias de supostos abusos cometidos por Kavanaugh, Trump manteve seu apoio ao juiz. Se Blasey Ford conseguir convencer o presidente americano, ele disse que poderia renunciar a seu candidato e propor outra pessoa.



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