Após decisão sobre justiça eleitoral, protestos chamam STF de "vergonha"

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Faixa de protesto contra o STF é estendida em Copacabana neste domingoImagem: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Após decisão sobre justiça eleitoral, protestos chamam STF de "vergonha"
Do UOL, em Brasília
17/03/2019 11h36Atualizada em 17/03/2019 12h45

Uma faixa chamando o STF (Supremo Tribunal Federal) de "vergonha" é um dos exemplos de um protestos que acontecem pelo país na manhã deste domingo (17). Os protestos são contra decisão do tribunal, na semana passada, que ordenou que todas as investigações da Lava Jato e outras operações que mencionassem dinheiro para campanhas eleitorais fossem enviadas a tribunais eleitorais em vez da justiça comum.
Hoje a Lava Jato completa cinco anos de deflagração. A operação denunciou 426 pessoas em cinco anos, como mostrou o UOL. Fechou 183 colaborações premiadas com investigados. Mas viu algumas delas darem problemas e falta de condenações.
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Com bandeiras do Brasil, manifestantes protestam contra o STF em CopacabanaImagem: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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O MBL anunciou que haveria protestos hoje em mais de 40 cidades. Em Brasília, uma faixa diz: "STF, quem mandou matar a Lava Jato?". As imagens foram compartilhadas no perfil da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).
Ainda no DF, manifestantes se reuniram em frente ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, para protestar. A manifestação começou por volta das 10h da manhã com cerca de 50 pessoas, que entoavam o Hino Nacional. A estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal era de que, apesar da chuva, cerca de 100 pessoas, até as 11h, participavam do ato.
A representante do movimento Vem pra Rua em Brasília, Celina Gonçalves, disse considerar a decisão do STF inadequada. Ela disse temer que a tramitação desse tipo de crime na Justiça Eleitoral fique travada e que os atos prescrevam.
Em Recife, homem segurava um cartaz com o nome dos "traidores da pátria". Abaixo, estavam os nomes dos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Marco Aurélio, Alexandre de Moraes, Dias Tofolli e Ricardo Lewandowski. Foram eles que deram os seis votos no julgamento de quinta-feira.
O protesto foi apoiado nas redes sociais pela atriz Regina Duarte. Em sua conta no Instagram, a atriz convida para a manifestação e diz que a Operação Lava Jato "está correndo perigo nas mãos do STF (Supremo Tribunal Federal )".

Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convidou o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do STF, Dias Toffoli, para almoçar em sua casa, em Brasília. À saída, ele defendeu a decisão do tribunal como correta, "mesmo que alguns não gostem". Maia disse que o tema não foi tratado no almoço.
Horas antes, o próprio Jair Bolsonaro compartilhou vídeo de um dos seus filhos, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP, criticando a decisão do Supremo. (*Com informações da Agência Brasil)
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