Com Trump, Bolsonaro não descarta apoiar intervenção dos EUA na Venezuela.

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Bolsonaro e Trump em coletiva de imprensa na Casa Branca, em Washington D.CImagem: Reuters
Com Trump, Bolsonaro não descarta apoiar intervenção dos EUA na Venezuela
 Santo Deus! proteja nosso Brasil da Guerra. Basta a guerra social.



Luciana Amaral e Talita Marchao
Do UOL, em Washington e em São Paulo
19/03/2019 15h18Atualizada em 19/03/2019 15h40

Ao lado do presidente norte-americano Donald Trump, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PSL) não descartou apoiar uma possível intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela. A declaração foi dada hoje em um dos jardins da Casa Branca após reunião a sós e almoço de trabalho.
"Tem certas questões que, se você divulgar, deixam de ser estratégicas. Assim sendo, essas questões reservadas, que podem ser discutidas, se já não foram, não poderão se tornar públicas", disse Bolsonaro, quando perguntado sobre a possibilidade de uma intervenção militar americana em solo venezuelano.
Bolsonaro chegou à Casa Branca para a visita oficial a Trump por volta das 13h, onde foi recebido na entrada sul do local. De lá, seguiram para o Salão Oval - o gabinete do presidente norte-americano - para uma reunião. Primeiro, com a presença de alguns jornalistas. Neste momento, eles trocaram camisetas dos times nacionais de futebol com os respectivos nomes impressos nas costas e algumas palavras de boas-vindas.
Depois, se reuniram a sós. O encontro durou cerca de 20 minutos. O próximo passo foi um almoço de trabalho na Cabinet Room junto a ministros brasileiros que integraram a comitiva e autoridades governamentais estadunidenses, além de tradutores.
"O Brasil permitiu que alimentos fossem alocados em Boa Vista, em Roraima, pelos americanos para que a ajuda humanitária se fizesse presente na Venezuela. Neste momento, estamos neste ponto. O que for possível fazer juntos para solucionar o problema da ditadura venezuelana, o Brasil estará a postos para cumprir essa missão e levar liberdade e democracia ao país que já foi o mais rico da América do Sul", disse Bolsonaro.
Em seu discurso, Trump agradeceu o Brasil por ter permitido o uso de suas fronteiras para o oferecimento de ajuda humanitária para a Venezuela. O americano disse ainda que apoiará o ingresso do Brasil como um grande parceiro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ou até mesmo como um integrante da aliança, "o que seria um grande avanço na segurança dos nossos países. Nossas nações querem proteger seus cidadãos do terrorismo, de crimes transnacionais, do tráfico de drogas e armas, além do tráfico humano".
Em seu discurso, Trump afirmou que o socialismo no hemisfério está em seu momento final. "O crepúsculo do socialismo chegou em nosso hemisfério e, a propósito, a hora final também chegou ao nosso grande país, que está indo muito melhor do que já foi economicamente. A última coisa que queremos nos EUA neste momento é o socialismo", disse Trump, que deve enfrentar candidatos democratas que fazem a defesa de medidas socialistas nas eleições do ano que vem, quando ele deve disputar a reeleição.
Ao fim da declaração e da coletiva de imprensa, ambos os presidentes saíram juntos, um do lado do outro, rumo de volta ao salão oval. Em determinado momento, Bolsonaro colocou a mão nas costas de Trump em um gesto de educação para que seguisse em frente no caminho. Trump passou primeiro pela porta com Bolsonaro imediatamente atrás.
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