Adesão da Ucrânia à União Europeia em risco

Berlim adverte

 

por LusaHoje
A Alemanha advertiu hoje a Ucrânia de que a sua adesão à União Europeia poderá estar comprometida, se impedir que a ex-primeira-ministra Iúlia Timochenko, em greve de fome na prisão há vários dias, seja devidamente assistida.
"Como membro do Conselho da Europa, a Ucrânia tem de se comprometer a respeitar os seus compromissos no que se refere aos padrões mínimos de direitos humanos", disse o ministro dos negócios estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, à edição de hoje do tabloide Bild.
"O Governo ucraniano tem de saber que o caminho para a Europa passa pela democracia e pelo Estado de Direito, tem de ser claro para todos em Kiev que a situação é urgente", acrescentou o político liberal, mostrando-se "muito preocupado" com o estado de saúde de Iúlia Timochenko.
O MNE alemão advertiu ainda o Presidente ucraniano Viktor Ianukovitch e o seu Governo de que poderá haver protestos de políticos, atletas e adeptos durante o Campeonato Europeu de Futebol, que começa a oito de junho, na Ucrânia, contra as violações dos direitos humanos, devido à situação de Timochenko.
Westerwelle evitou pronunciar-se, no entanto, sobre um eventual boicote do Governo alemão ao referido evento desportivo.
"Decidiremos isso na devida altura", disse o chefe da diplomacia alemã, garantindo que continua interessado em manter o diálogo com Kiev.
Na segunda-feira, um porta-voz de Angela Merkel disse, em Berlim, que chanceler fará depender uma eventual deslocação à Ucrânia para apoiar a seleção alemã durante o Europeu de Futebol da situação de Timochenko.
O semanário Der Spiegel tinha noticiado que Merkel havia dado instruções aos seus ministros para não planearem visitas à Ucrânia durante o Europeu, em protesto contra o tratamento infligido à ex-primeira-ministra.
Na semana passada, o Presidente da Alemanha, Joachim Gauck, cancelou uma viagem oficial à Ucrânia, agendada para maio, evitando assim avistar-se com o seu homólogo ucraniano, enquanto Timochenko não for devidamente assistida.
A ex-primeira-ministra foi condenada, em 2001, a sete anos de prisão, por abuso de poder, num julgamento que observadores ocidentais consideraram um processo político contra a antiga rival de Ianukovitch.

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