Dilma Rousseff no meio de guerra entre ministros e ideias
Hoje
A
presidente hesita entre seguir a linha de Joaquim Levy, ministro da
Fazenda, que quer cortar nos gastos, e a de Nelson Barbosa, do
Planeamento, que prefere aumentar impostos
por João Almeida Moreira, São Paulo
Fotografia © REUTERS/Ueslei Marcelino
A
presidente hesita entre seguir a linha de Joaquim Levy, ministro da
Fazenda, que quer cortar nos gastos, e a de Nelson Barbosa, do
Planeamento, que prefere aumentar impostos
Dilma
Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), foi obrigada a repetir
tantas vezes em conferência de imprensa na madrugada de ontem que
Joaquim Levy não está isolado no governo que acabou por dar a impressão,
de facto, desse isolamento. Levy, o independente ministro da Fazenda,
tem manifestado desconforto com as medidas do governo de combate à crise
económica que se abateu no país, preferindo o caminho do corte de
gastos na despesa pública. Já Nelson Barbosa, o ministro do Planeamento,
filiado ao PT, defende mais impostos e tem ganho a batalha. Dilma
hesita. E o mercado reage mal.
"Ele não está desgastado", disse Dilma aos repórteres. Perante a insistência, sublinhou: "Não, ele não está desgastado, não está isolado, o facto de haver opiniões de a, de b, de c, da mãe e do pai, de quem quer que seja, não quer dizer que uma família esteja desunida, significa que debate o problema, mas a partir do momento em que temos uma opinião, essa passa a ser de todos nós."
A oposição, pela voz do deputado Mendonça Filho, do partido Democratas (DEM), o mais à direita do parlamento, rebateu. "Quando uma presidente tem necessidade de repetir tantas vezes que o ministro não está isolado é porque o isolamento existe e o ministro luta sozinho para resolver a crise económica." Analistas, como Bernardo Mello Franco, da Folha de S. Paulo, tiraram a mesma conclusão. "As 12 vezes em que a presidente pronunciou a palavra "não" só ajudaram a demonstrar que Levy está, sim, desgastado e isolado, na política um "não" repetido muitas vezes pode confirmar mais do que um "sim"."
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"Ele não está desgastado", disse Dilma aos repórteres. Perante a insistência, sublinhou: "Não, ele não está desgastado, não está isolado, o facto de haver opiniões de a, de b, de c, da mãe e do pai, de quem quer que seja, não quer dizer que uma família esteja desunida, significa que debate o problema, mas a partir do momento em que temos uma opinião, essa passa a ser de todos nós."
A oposição, pela voz do deputado Mendonça Filho, do partido Democratas (DEM), o mais à direita do parlamento, rebateu. "Quando uma presidente tem necessidade de repetir tantas vezes que o ministro não está isolado é porque o isolamento existe e o ministro luta sozinho para resolver a crise económica." Analistas, como Bernardo Mello Franco, da Folha de S. Paulo, tiraram a mesma conclusão. "As 12 vezes em que a presidente pronunciou a palavra "não" só ajudaram a demonstrar que Levy está, sim, desgastado e isolado, na política um "não" repetido muitas vezes pode confirmar mais do que um "sim"."
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