O grupo extremista
Estado Islâmico (EI) afirmou que os sírios que fogem para a Europa estão
a cometer "um pecado grave" porque "essas terras dos cruzados regem as
leis do ateísmo e da indecência", foi hoje divulgado.
Na edição de
setembro da revista do grupo radical sunita, com o título Dabiq, os
'jihadistas' criticaram os sírios e os líbios que "arriscam as próprias
vidas e as próprias almas" e que abandonam "voluntariamente a pátria do
Islão pela terra dos infiéis".
O EI referiu igualmente que as
crianças na Europa e nos Estados Unidos estão sob "a constante ameaça do
sexo, da sodomia, das drogas e do álcool".
O grupo extremista
reforçou que, mesmo que não caiam em pecado, é provável que as pessoas
esqueçam a voz do Alcorão, o árabe, situação que "torna o regresso à
religião [islamismo] e aos ensinamentos mais difícil".
O EI
mostrou-se particularmente duro para aqueles que fogem do "califado",
proclamado pelos 'jihadistas' em finais de junho de 2014 nos vastos
territórios que controlam na Síria e no Iraque, garantindo, no entanto,
que a maioria das famílias estão a fugir de zonas controladas pelo
regime sírio ou pelas forças curdas.
Centenas de
milhares de pessoas têm fugido dos conflitos que afetam o Médio Oriente e
da repressão do EI, especialmente na Síria, para procurar um refúgio
seguro na Europa.
A Organização Internacional para as Migrações
(OIM) informou esta semana que mais de 2.760 migrantes morreram este ano
quando tentaram fazer a travessia do mar Mediterrâneo.
Ainda na
edição de setembro da revista digital em inglês, os 'jihadistas'
mostraram novas fotografias da destruição de dois templos da antiga
cidade síria de Palmira, classificada pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Património Mundial
da Humanidade em 1980.
A publicação 'jihadista' também publicou
as fotografias de dois reféns, o norueguês Ole Johan Grimsgaard-Ofstad e
o chinês Fan Jinghui. Nas imagens, os dois reféns aparecem com cartazes
com uma frase em inglês: "Prisioneiro à venda".
copiado http://www.dn.pt
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