Trinta mil portugueses contra refugiados em apenas três petições A vontade de Portugal acolher refugiados, na sequência do processo de recolocação por todos os Estados membros da União Europeia, está a gerar movimentos de contestação, com várias petições a reunirem milhares de assinaturas.

País

Migrações


Trinta mil portugueses contra refugiados em apenas três petições


A vontade de Portugal acolher refugiados, na sequência do processo de recolocação por todos os Estados membros da União Europeia, está a gerar movimentos de contestação, com várias petições a reunirem milhares de assinaturas.


Petição Pública
Portugal vai receber 3.074 refugiados, no âmbito do processo de recolocação de mais de 120 mil pessoas por todos os Estados-membros, os primeiros dos quais poderão começar a chegar já a partir de outubro.
No site Petição Pública, um serviço gratuito de petições online, é possível encontrar dezenas de petições contra a vinda de refugiados para Portugal e há três petições que, juntas, reúnem quase 30 mil pessoas.
"Não aos refugiados em Portugal" é a petição que reúne mais assinaturas, contando já com o apoio de 14.175 pessoas, apesar de não ser possível perceber se são apoios reais ou virtuais.
No texto que justifica a petição pode ler-se: "Portugal precisa de ajuda, com nível alto de desemprego, com imensa taxa emigratória e sem condições para apoiar refugiados. Não queremos pagar dos nossos bolsos para que os refugiados estejam cá. Basta!".
A acompanhar há também centenas de comentários, entre pessoas que defendem que se deve antes ajudar os pobres portugueses ou as crianças, já que "dentro dessa gente toda, vêm terroristas".
Há inclusivamente quem defenda que, se os refugiados chegarem, daqui por uns anos o país vai assistir a "pessoas a explodir em plena Lisboa".
Uma outra petição, que dá pelo nome de "Pelo fim imediato da entrada de refugiados em Portugal", tem já 13.708 assinaturas e um grupo na rede social Facebook com 447 membros.
Os peticionários assumem que o objetivo é levar a petição até à Assembleia da República e justificam que "não é justo", perante os vários portugueses "que vivem miseravelmente", que os refugiados venham a ter "benesses" como subsídio de integração, habitação mobilada e equipada ou consumo de eletricidade, água, gás e telecomunicações gratuitos.
E se há, entre os vários comentários escritos, quem defenda e diga, por exemplo, "quem os quiser acolher, que os ponha em sua casa", também há quem responda: "Então fazemos assim: por cada sem-abrigo ou pobre que [for] para a sua casa eu fico com um refugiado na minha, pode ser???".
Uma terceira petição, de nome "Não queremos refugiados em Portugal", reúne bastante menos assinaturas do que as duas primeiras, ficando-se pelas 1.172.
A pessoa que a criou diz ser mãe e temer pelo futuro dos filhos, apesar de admitir ter chorado quando viu a imagem da criança que morreu afogada e cujo corpo deu à costa na Turquia.
copiado  http://www.noticiasaominuto.com/pais

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...