Crise política é principal ameaça para economia do Brasil, avalia FMI
Crise política é principal ameaça para economia do Brasil, diz FMI
Em nova análise sobre o país, Fundo diz que situação complicada em Brasília afetou a capacidade do governo de promover reformas econômicas essenciais
O FMI reforçou que, no Brasil, apesar do cenário externo mais difícil, a culpa dos problemas econômicos é principalmente de fatores internos, que reduziram o consumo e o investimento privado. "Vários fatores internos contribuíram para aumentar a incerteza e reduzir a demanda doméstica", diz. Entre eles, o relatório destaca principalmente a deterioração das contas fiscais em meio às dificuldades de aprovação no Congresso de medidas de ajuste e políticas econômicas inconsistentes.
A incerteza política é outro fator que tem contribuído para os baixos níveis de confiança, tanto de empresários como de consumidores, afirma o FMI. Os economistas do Fundo evitam comentar mais detalhes da situação política do país, mas ressaltam que reformas econômicas e um ajuste fiscal são essenciais para restaurar a confiança dos agentes e abrir espaço para o Brasil voltar a crescer.
Publicidade
Sem espaço para cortar as despesas rígidas do Orçamento, o Brasil pode ter que tomar medidas no curto prazo pelo lado dos impostos, afirma o FMI, sinalizando que o país pode ter que elevar tributos para melhorar as contas fiscais, que estão em trajetória de deterioração.
A previsão do FMI é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país vai contrair 3,8% este ano, mesmo montante de 2015, marcando um período de recessão histórica. Em 2017, a expectativa é de economia estagnada. A expectativa do FMI é que o PIB volte a crescer ao longo de 2017, mas, na média geral do ano, a economia deve ter expansão zero.
Brasil só voltará a ter superávit primário em 2020, diz FMI
Recessão é teste para bancos, diz FMI
copiado http://veja.abril.com.br/noticia/
Nenhum comentário:
Postar um comentário