FMI
"Com esse choque petroleiro de aproximadamente 20 pontos do Produto Interno Bruto, a situação econômica claramente não é sustentável no médio prazo na Venezuela", disse na Cidade do México, Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI.
Werner apresentou um relatório do FMI sobre as perspectivas econômicas para a América Latina e o Caribe, segundo o qual a região teria um retrocesso econômico de 0,5% neste ano, o segundo consecutivo, arrastada principalmente pelo pobre desempenho da Venezuela e do Brasil.
Segundo o FMI, a queda do preço do petróleo para a
Venezuela, de onde vem 96% de suas receitas, representa uma queda de 80
bilhões de dólares em 2013 a entre 20 e 25 bilhões em 2015.
Nos últimos meses, a situação na Venezuela "piorou ainda mais" por uma crise no setor energético, resultado "da falta de infraestrutura e da conjuntura climática", acrescentou o diretor.
Depois de, em 2015, a inflação na Venezuela ter chegado a 180,9%, o FMI prevê um aumento de preços de 700% no fim deste ano.
"Há anos, incluindo quando os preços do petróleo eram altos, a economia venezuelana "já dava sinais de deterioração" e para reativá-la é preciso "uma virada substancial na política econômica", que é difícil de prever.
"O prognóstico é muito difícil, mas claramente é uma situação em que os efeitos sobre a qualidade de vida, sobre a saúde da população já começam a ser significativos (...) há uma inflação muito elevada e uma escassez de bens básicos de entre 40% e 50%", acrescentou.
Opositor venezuelano acredita que referendo revogatório contra Maduro pode ser em novembro
"Se houver um país mobilizado, que souber impor meios democráticos para forçar o governo a aceitar o referendo como um mecanismo constitucional, estaríamos falando de uma votação no final de novembro, início de dezembro", disse Capriles, governador do estado de Miranda e ex-candidato presidencial, em uma entrevista à rádio Éxitos FM.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) autorizou na terça-feira a oposição a coletar assinaturas em um prazo de 30 dias para tentar realizar um referendo revogatório do mandato do presidente.
A oposição, que controla o Parlamento, tem agora de
coletar as assinaturas de 1% dos inscritos em todo o país para ser,
então, autorizada a reunir quatro milhões de assinaturas necessárias
para convocar um referendo revogatório.
O referendo pode ser solicitado uma vez que o presidente tenha cumprido ao menos metade do seu mandato, o que ocorreu em 19 de abril.
Para remover Maduro em um referendo, é necessário o apoio de 7.587.532 eleitores (número de votos com os quais foi eleito) mais um. Além disso, exige-se a participação de pelo menos 25% dos inscritos no registro eleitoral.
Se o referendo acontecer depois de 9 de janeiro de 2017 e Maduro perder, a Constituição prevê que o vice-presidente assuma o cargo.
Capriles ressaltou que o referendo revogatório é "um mecanismo para evitar o colapso social", ante o descontentamento crescente entre os venezuelanos, que padecem de uma severa escassez de produtos básicos, cortes de água e eletricidade, uma inflação de 180% (2015), e uma violência endêmica.
copiado https://www.afp.com/
"Ao menos 95 pessoas foram detidas por atos de vandalismo", informou no Twitter Biagio Parisi, secretário de Segurança e Ordem Pública do estado de Zulia, cuja capital é Maracaibo.
O governador de Zulia, Francisco Arias Cárdenas, disse que "nas últimas 48 horas" foram registrados protestos em sete dos 18 distritos de Maracaibo, com 73 lojas atacadas.
"Isto é um plano de desestabilização que cavalga sobre
situações que devemos resolver", avaliou Cárdenas, acrescentando que
ocorreram saques.
Na segunda-feira passada, o governo do presidente Nicolas Maduro adotou um plano de racionamento de energia em vários estados diante do colapso da represa que abastece a principal central hidroelétrica da Venezuela.
O governador de Maracaibo admitiu que ocorreram falhas na aplicação do racionamento elétrico, que estipula cortes de energia durante quatro horas por dia.
Nesta quarta-feira, Maduro determinou que as forças armadas ajam para reprimir desordens e atos de vandalismo durante os protestos contra o racionamento.
Segundo Maduro, a violência é alentada pela oposição para desestabilizar o governo socialista.
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AFP / YURI CORTEZ
Alejandro Werner (C), diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, na Cidade do México, no dia 27 de abril de 2016
A situação econômica na Venezuela "não é sustentável"
no médio prazo, com uma deterioração da capacidade produtiva aprofundada
pela queda dos preços do petróleo, advertiu nessa quarta-feira um
diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI)."Com esse choque petroleiro de aproximadamente 20 pontos do Produto Interno Bruto, a situação econômica claramente não é sustentável no médio prazo na Venezuela", disse na Cidade do México, Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI.
Werner apresentou um relatório do FMI sobre as perspectivas econômicas para a América Latina e o Caribe, segundo o qual a região teria um retrocesso econômico de 0,5% neste ano, o segundo consecutivo, arrastada principalmente pelo pobre desempenho da Venezuela e do Brasil.
Nos últimos meses, a situação na Venezuela "piorou ainda mais" por uma crise no setor energético, resultado "da falta de infraestrutura e da conjuntura climática", acrescentou o diretor.
Depois de, em 2015, a inflação na Venezuela ter chegado a 180,9%, o FMI prevê um aumento de preços de 700% no fim deste ano.
"Há anos, incluindo quando os preços do petróleo eram altos, a economia venezuelana "já dava sinais de deterioração" e para reativá-la é preciso "uma virada substancial na política econômica", que é difícil de prever.
"O prognóstico é muito difícil, mas claramente é uma situação em que os efeitos sobre a qualidade de vida, sobre a saúde da população já começam a ser significativos (...) há uma inflação muito elevada e uma escassez de bens básicos de entre 40% e 50%", acrescentou.
Opositor venezuelano acredita que referendo revogatório contra Maduro pode ser em novembro
Opositor venezuelano acredita que referendo revogatório contra Maduro pode ser em novembro
AFP/Arquivos / FEDERICO PARRA
(Arquivo) O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, é visto em Caracas, no dia 6 de dezembro de 2015
O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles,
declarou nesta terça-feira que o referendo revogatório contra o
presidente Nicolas Maduro poderia ocorrer entre novembro e dezembro
deste ano."Se houver um país mobilizado, que souber impor meios democráticos para forçar o governo a aceitar o referendo como um mecanismo constitucional, estaríamos falando de uma votação no final de novembro, início de dezembro", disse Capriles, governador do estado de Miranda e ex-candidato presidencial, em uma entrevista à rádio Éxitos FM.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) autorizou na terça-feira a oposição a coletar assinaturas em um prazo de 30 dias para tentar realizar um referendo revogatório do mandato do presidente.
O referendo pode ser solicitado uma vez que o presidente tenha cumprido ao menos metade do seu mandato, o que ocorreu em 19 de abril.
Para remover Maduro em um referendo, é necessário o apoio de 7.587.532 eleitores (número de votos com os quais foi eleito) mais um. Além disso, exige-se a participação de pelo menos 25% dos inscritos no registro eleitoral.
Se o referendo acontecer depois de 9 de janeiro de 2017 e Maduro perder, a Constituição prevê que o vice-presidente assuma o cargo.
Capriles ressaltou que o referendo revogatório é "um mecanismo para evitar o colapso social", ante o descontentamento crescente entre os venezuelanos, que padecem de uma severa escassez de produtos básicos, cortes de água e eletricidade, uma inflação de 180% (2015), e uma violência endêmica.
Parlamentares venezuelanos ficarão sem salário por falta de orçamento
"Não é possível pagar os salários este mês (...) porque o governo no nos manda a grana", disse o parlamentar a jornalistas.
Ramos Allup aconselhou que parlamentares e funcionários do Congresso a irem para a frente do palácio presidencial de Miraflores ou do ministério da Fazenda para exigir o pagamento.
Allup lembrou que o órgão legislativo não é o Banco central, que pode emitir dinheiro sem respaldo, acelerando a inflação.
"Eu não sou o Banco Central para emitir dinheiro inorgânico (sem lastro), não sou o ministério da Fazenda. Que se vá cobrar na frente do Miraflores", disse Ramos Allup, que não sabe precisar quantas pessoas serão atingidas pelos problemas de liquidez.
Quando a oposição assumiu o controle do Congresso há quase cinco meses, após 17 anos de hegemonia chavista, o número dois do governo, Diosdado Cabello, que deixava a Casa, advertiu que não seriam entregues recursos para o funcionamento da instituição.
A Venezuela enfrenta uma crise profunda que, além do alto custo de vida, se reflete em uma contração de 5,7% no PIB de 2015 e em uma escassez de alimentos e medicamentos por causa da queda nas receitas do petróleo.
Maduro enfrenta uma ofensiva da oposição para que deixe o poder, mediante um referendo revocatório.
Parlamentares venezuelanos ficarão sem salário por falta de orçamento
AFP / FEDERICO PARRA
O Parlamento venezuelano, em Caracas, no dia 17 de março de 2016
Os cofres do Congresso venezuelano, de maioria
opositora, se encontram vazios, porque o governo não assinou o
orçamento. Desse modo, os deputados e trabalhadores não poderão receber
seus salários neste mês, denunciou na quarta-feira o presidente do
Legislativo, Henry Ramos Allup."Não é possível pagar os salários este mês (...) porque o governo no nos manda a grana", disse o parlamentar a jornalistas.
Ramos Allup aconselhou que parlamentares e funcionários do Congresso a irem para a frente do palácio presidencial de Miraflores ou do ministério da Fazenda para exigir o pagamento.
"Eu não sou o Banco Central para emitir dinheiro inorgânico (sem lastro), não sou o ministério da Fazenda. Que se vá cobrar na frente do Miraflores", disse Ramos Allup, que não sabe precisar quantas pessoas serão atingidas pelos problemas de liquidez.
Quando a oposição assumiu o controle do Congresso há quase cinco meses, após 17 anos de hegemonia chavista, o número dois do governo, Diosdado Cabello, que deixava a Casa, advertiu que não seriam entregues recursos para o funcionamento da instituição.
A Venezuela enfrenta uma crise profunda que, além do alto custo de vida, se reflete em uma contração de 5,7% no PIB de 2015 e em uma escassez de alimentos e medicamentos por causa da queda nas receitas do petróleo.
Maduro enfrenta uma ofensiva da oposição para que deixe o poder, mediante um referendo revocatório.
Protesto na Venezuela contra corte de luz deixa detidos
AFP / George Castellanos
Operários trabalham durante corte de energia elétrica em San Cristóbal em 25 de abril
Dezenas de pessoas foram detidas nesta quarta-feira em
Maracaibo durante protestos contra o racionamento de energia elétrica
adotado na Venezuela, em meio a atos de vandalismo na segunda principal
cidade do país."Ao menos 95 pessoas foram detidas por atos de vandalismo", informou no Twitter Biagio Parisi, secretário de Segurança e Ordem Pública do estado de Zulia, cuja capital é Maracaibo.
O governador de Zulia, Francisco Arias Cárdenas, disse que "nas últimas 48 horas" foram registrados protestos em sete dos 18 distritos de Maracaibo, com 73 lojas atacadas.
Na segunda-feira passada, o governo do presidente Nicolas Maduro adotou um plano de racionamento de energia em vários estados diante do colapso da represa que abastece a principal central hidroelétrica da Venezuela.
O governador de Maracaibo admitiu que ocorreram falhas na aplicação do racionamento elétrico, que estipula cortes de energia durante quatro horas por dia.
Nesta quarta-feira, Maduro determinou que as forças armadas ajam para reprimir desordens e atos de vandalismo durante os protestos contra o racionamento.
Segundo Maduro, a violência é alentada pela oposição para desestabilizar o governo socialista.
copiado https://www.afp.com/
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