Mário Magalhães: eleitor bom, para Temer, é Cunha, Bolsonaro, Paulinho. Feliciano..
Hoje, no blog de Mário Magalhães, no UOL, um retrato cruel da
acusação de Temer de que novas eleições seriam golpe, o que se discutiu
aqui, ontem. Reproduzo o texto “matador”: quer dizer que...
Hoje, no blog de Mário Magalhães, no UOL, um retrato cruel da acusação de Temer de que novas eleições seriam golpe, o que se discutiu aqui, ontem.
Reproduzo o texto “matador”: quer dizer que eleitores legítimos são o Paulinho da Força, Cunha, Bolsonaro e aqueles que votaram “sim, por Deus e meus filhinhos”?
Questões médicas: alergia ao voto
Michel Temer disse que antecipar as próximas eleições presidenciais seria golpe.
O missivista conspira para depor Dilma Rousseff _que não cometeu crime_, rasgando 54.501.118 sufrágios (ela os recebeu para presidente; ele, para vice, o que não significa a mesma coisa).
O vice com ambição de trocar o Jaburu pelo Alvorada amarga hoje 2% de intenção de voto para presidente, de acordo com o Datafolha.
Todas as informações acima se vinculam à inegável alergia ao voto popular manifestada por Temer.
Ele jura não considerar golpe a derrubada da governante eleita soberanamente pelos cidadãos e que nada fez de errado para legitimar o impeachment.
Mas foge das urnas como um alérgico a camarão diante de prato de frutos do mar.
Quer apagar os votos de 2014. Isso sim é golpe.
E não quer que os eleitores se pronunciem, em 2016.
Só assim o candidato 2% teria possibilidade de ocupar o cargo para o qual não foi escolhido pelos brasileiros, cuja voz Temer quer calar (ao menos nas urnas). Outro golpe.
Eleitores legítimos, para ele, só Eduardo Cunha, Jair Bolsonaro, Paulinho da Força, Marco Feliciano e companhia.
A alergia de Temer ao voto popular é grave. Deve ser um inferno conviver com tal patologia.
Hoje, no blog de Mário Magalhães, no UOL, um retrato cruel da acusação de Temer de que novas eleições seriam golpe, o que se discutiu aqui, ontem.
Reproduzo o texto “matador”: quer dizer que eleitores legítimos são o Paulinho da Força, Cunha, Bolsonaro e aqueles que votaram “sim, por Deus e meus filhinhos”?
Questões médicas: alergia ao voto
popular inferniza vida de Michel Temer
Michel Temer disse que antecipar as próximas eleições presidenciais seria golpe.O missivista conspira para depor Dilma Rousseff _que não cometeu crime_, rasgando 54.501.118 sufrágios (ela os recebeu para presidente; ele, para vice, o que não significa a mesma coisa).
O vice com ambição de trocar o Jaburu pelo Alvorada amarga hoje 2% de intenção de voto para presidente, de acordo com o Datafolha.
Todas as informações acima se vinculam à inegável alergia ao voto popular manifestada por Temer.
Ele jura não considerar golpe a derrubada da governante eleita soberanamente pelos cidadãos e que nada fez de errado para legitimar o impeachment.
Mas foge das urnas como um alérgico a camarão diante de prato de frutos do mar.
Quer apagar os votos de 2014. Isso sim é golpe.
E não quer que os eleitores se pronunciem, em 2016.
Só assim o candidato 2% teria possibilidade de ocupar o cargo para o qual não foi escolhido pelos brasileiros, cuja voz Temer quer calar (ao menos nas urnas). Outro golpe.
Eleitores legítimos, para ele, só Eduardo Cunha, Jair Bolsonaro, Paulinho da Força, Marco Feliciano e companhia.
A alergia de Temer ao voto popular é grave. Deve ser um inferno conviver com tal patologia.
Temer, o retrocesso e sua inviabilidade
Não é preciso coisa alguma, exceto não estar obturado pelo
fanatismo – e como há gente assim, hoje – para perceber que o Brasil
está na iminência de uma caminhada para o passado...
Não é preciso coisa alguma, exceto não estar obturado pelo fanatismo – e como há gente assim, hoje – para perceber que o Brasil está na iminência de uma caminhada para o passado que não tem como ser bem-sucedida.
Mais cedo, escrevi sobre a imoral intenção de tirar de 40 milhões de pessoas o miserável auxílio que lhes representa o Bolsa Família.
É algo que só um cidadão imbecilizado pela vida de classe média pode deixar de compreender o que representa nos miseráveis grotões e periferias deste país.
Áreas que, nestas cabeças, devem ser esquecidas, as primeiras, e tratadas a pau e polícia as segundas.
Mas a barbárie não vai ficar só lá, naqueles que nunca “vieram ao caso” neste país.
Vai chegar a eles, também, pela aposentadoria.
Pela violência, que responde imediatamente ao abandono (Temer, neste campo, tem um especialista a seu lado, Moreira Franco, o que havia prometido acabar com a violência no Rio em seis meses).
Vai chegar pelo salário e pela legislação trabalhista, pelo arrocho ao funcionalismo, por tudo o que se acabou por ver depois que acabou a farsa do real igual ao dólar de FHC.
Vai olhar feio para eles, pelos porteiros e domésticas, que vão começar a sentir na pele que as histórias que ouviam na TV e no rádio não eram bem como lhes contavam.
Vai chegar pelo mundo, que nos olha com espanto, querendo saber como é que um ladrão público comanda um golpe de Estado.
Vai escandaliza-los com a nudez de sua mediocridade, como fez no dia da votação na Câmara.
Vai surpreendê-los com sua voracidade, quando entregarem o pré-sal e abolirem – já deram ontem o primeiro passo, viu D. Marina? – os já miúdos cuidados com o meio-ambiente.
E vai, sobretudo, atazaná-los com o clima de guerra e radicalização que já tomou e ainda vai se ampliar neste país, porque estes retrocessos não se farão sem conflitos.
1964, mesmo no mundo da Guerra Fria, onde golpes eram internacionalmente aceitos desde que fossem “contra a ameaça soviética” só foi possível com força militar repressiva.
Hoje, esta força não pode existir, não num país desta envergadura, que não é um Sudão ou uma Somália.
Esta caminhada para o passado é, portanto, impossível e vai esmagar quem a tentar, ainda que com o apoio ostensivo da mídia e o previsível avanço policial sobre Lula, caminho fácil para um judiciário covarde, que terá de poupar Cunha et caterva…
Mas eles têm de fazê-la, porque é da sua natureza e a matilha da extrema direita o exige. Seria bom, como a Cunha, descartá-la, mas é impossível.
Em nada, já se viu, guardam a prudência de um governo que assumiria em condições precárias, sem voto.
Não, cuidam de tudo como um assalto ao poder, uma reversão completa dos rumos escolhidos eleitoralmente – como, em parte, fez Dilma, com os resultados que se viu – e anunciam pouco menos que uma “revolução” de direita, com a hegemonia que nem mesmo se tivessem vencido uma eleição teriam.
O Brasil, que nunca foi o céu, vai virar um inferno. As instituições preferiram o caminho da autodestruição, da perda do avanço civilizatório.
Entregaram o nosso país a uma aventura.
E a uma desventura, que a todos nós custará caríssimo.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
Não é preciso coisa alguma, exceto não estar obturado pelo fanatismo – e como há gente assim, hoje – para perceber que o Brasil está na iminência de uma caminhada para o passado que não tem como ser bem-sucedida.
Mais cedo, escrevi sobre a imoral intenção de tirar de 40 milhões de pessoas o miserável auxílio que lhes representa o Bolsa Família.
É algo que só um cidadão imbecilizado pela vida de classe média pode deixar de compreender o que representa nos miseráveis grotões e periferias deste país.
Áreas que, nestas cabeças, devem ser esquecidas, as primeiras, e tratadas a pau e polícia as segundas.
Mas a barbárie não vai ficar só lá, naqueles que nunca “vieram ao caso” neste país.
Vai chegar a eles, também, pela aposentadoria.
Pela violência, que responde imediatamente ao abandono (Temer, neste campo, tem um especialista a seu lado, Moreira Franco, o que havia prometido acabar com a violência no Rio em seis meses).
Vai chegar pelo salário e pela legislação trabalhista, pelo arrocho ao funcionalismo, por tudo o que se acabou por ver depois que acabou a farsa do real igual ao dólar de FHC.
Vai olhar feio para eles, pelos porteiros e domésticas, que vão começar a sentir na pele que as histórias que ouviam na TV e no rádio não eram bem como lhes contavam.
Vai chegar pelo mundo, que nos olha com espanto, querendo saber como é que um ladrão público comanda um golpe de Estado.
Vai escandaliza-los com a nudez de sua mediocridade, como fez no dia da votação na Câmara.
Vai surpreendê-los com sua voracidade, quando entregarem o pré-sal e abolirem – já deram ontem o primeiro passo, viu D. Marina? – os já miúdos cuidados com o meio-ambiente.
E vai, sobretudo, atazaná-los com o clima de guerra e radicalização que já tomou e ainda vai se ampliar neste país, porque estes retrocessos não se farão sem conflitos.
1964, mesmo no mundo da Guerra Fria, onde golpes eram internacionalmente aceitos desde que fossem “contra a ameaça soviética” só foi possível com força militar repressiva.
Hoje, esta força não pode existir, não num país desta envergadura, que não é um Sudão ou uma Somália.
Esta caminhada para o passado é, portanto, impossível e vai esmagar quem a tentar, ainda que com o apoio ostensivo da mídia e o previsível avanço policial sobre Lula, caminho fácil para um judiciário covarde, que terá de poupar Cunha et caterva…
Mas eles têm de fazê-la, porque é da sua natureza e a matilha da extrema direita o exige. Seria bom, como a Cunha, descartá-la, mas é impossível.
Em nada, já se viu, guardam a prudência de um governo que assumiria em condições precárias, sem voto.
Não, cuidam de tudo como um assalto ao poder, uma reversão completa dos rumos escolhidos eleitoralmente – como, em parte, fez Dilma, com os resultados que se viu – e anunciam pouco menos que uma “revolução” de direita, com a hegemonia que nem mesmo se tivessem vencido uma eleição teriam.
O Brasil, que nunca foi o céu, vai virar um inferno. As instituições preferiram o caminho da autodestruição, da perda do avanço civilizatório.
Entregaram o nosso país a uma aventura.
E a uma desventura, que a todos nós custará caríssimo.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
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