“Temer vai ter de se ajoelhar para Eduardo Cunha”, diz Dilma à Folha
Não vai esperar até amanhã e vão surgir 10 mil declarações de
revolta. A verdade dói e gritam quando dói. E Dilma foi – vou ser gentil
– na canela de Temer da entrevista...
Não vai esperar até amanhã e vão surgir 10 mil declarações de revolta.
A verdade dói e gritam quando dói.
E Dilma foi – vou ser gentil – na canela de Temer da entrevista que deu a Monica Bergamo, na Folha.
Aguardem as reações histéricas à sua entrevista.
Está evidente que os dois lados têm acesso a pesquisas de opinião que, até agora, estão sendo sonegadas ao grande público.
Mas que vão aparecer.
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“Temer vai ter de se ajoelhar para Eduardo Cunha”, diz Dilma à Folha
Não vai esperar até amanhã e vão surgir 10 mil declarações de revolta.
A verdade dói e gritam quando dói.
E Dilma foi – vou ser gentil – na canela de Temer da entrevista que deu a Monica Bergamo, na Folha.
“Podem falar o que quiserem: o
Eduardo Cunha é a pessoa central do governo Temer. Isso ficou claríssimo
agora, com a indicação do André Moura [deputado ligado a Cunha e líder
do governo Temer na Câmara]. Cunha não só manda: ele é o governo Temer. E
não há governo possível nos termos do Eduardo Cunha. Vão ter de se
ajoelhar.”
Dilma aponta Cunha como o grande responsável pelas dificuldades de
seu governo, pela pressão que exerceu com o controle do Legislativo,
sobretudo depois que passou a ser alvo da Lava Jato:
Todas as tentativas que fizemos de
enviar reformas para o Congresso foram obstaculizadas, tanto pela
oposição quanto por uma parte do centro politico, este liderado pelo
senhor Eduardo Cunha. Pior: propuseram as “pautas-bomba”, com gastos de
R$ 160 bilhões. O que estava por trás disso? A criação de um ambiente de
impasse, propício ao impeachment. Cada vez que a Lava Jato chegava
perto do senhor Eduardo Cunha, ele tomava uma atitude contra o governo. A
tese dele era a de que tínhamos que obstruir a Justiça.
Obstrução que, para ela, está no centro da conspiração que as fitas
gravadas pelo ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, fez conversando
com Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney:
Eu li os três [diálogos].
Eles mostram que a causa real para o meu impeachment era a tentativa de
obstrução da Operação Lava Jato por parte de quem achava que, sem mudar o
governo, a “sangria” continuaria. A “sangria” é uma citação literal do
senador Romero Jucá.Outro dos grampeados diz que eu deixava as coisas [investigações]
correrem. As conversas provam o que sistematicamente falamos: jamais
interferimos na Lava Jato. E aqueles que quiseram o impeachment tinham
esse objetivo. Não sou eu que digo. Eles próprios dizem.
Dilma, segundo a repórter, está bem disposta, aguerrida e confiante.
Tanto que fala em chegar a 30 votos na decisão final do Senado. O
desnudamento das entranhas do golpe veio mais rápido do que ela poderia
imaginar no melhor dos seus sonhos.Aguardem as reações histéricas à sua entrevista.
Está evidente que os dois lados têm acesso a pesquisas de opinião que, até agora, estão sendo sonegadas ao grande público.
Mas que vão aparecer.
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