Economia Brasil perde 91 mil vagas formais em junho e mais de 530 mil no ano
Brasil perde 91 mil empregos com carteira em junho e mais de 530 mil no ano
Do UOL, em São Paulo
- Marcos Santos/USP Imagens
No primeiro semestre, o Brasil perdeu 531.765 postos com carteira. No acumulado em 12 meses, são 1,77 milhão de vagas a menos.
O dado considera o saldo de vagas, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. Em junho, foram cerca de 1,2 milhão de contratações e 1,3 milhão de demissões.
O resultado de junho foi pior do que o esperado por analistas. Pesquisa da agência de notícias Reuters indicava a perda de 58 mil empregos em junho.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (27).
Só agricultura e governo contrataram
Dos oito setores pesquisados, seis tiveram corte de vagas em junho:- Agricultura: +38.630
- Administração pública: +790
- Serviços: -42.678
- Indústria de transformação: -31.102
- Construção civil: -28.149
- Comércio: -26.787
- Serviços industriais de utilidade pública: -991
- Extrativa mineral: -745
MG, GO e MT abrem mais vagas
Quatro das cinco regiões do país registraram corte de vagas em junho. Apenas o Centro-Oeste teve resultado positivo, com 3.110 novos empregos. A maior queda foi verificada no Sudeste (-47.524).Considerando os 26 Estados e o Distrito Federal, só oito tiveram abertura de vagas:
- Minas Gerais: +4.567
- Goiás: +3.369
- Mato Grosso: +2.589
- Acre: +191
- Piauí: +101
- Amapá: +54
- Mato Grosso do Sul: +35
- Maranhão: +17
IBGE faz pesquisa diferente
Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal registrou que o Brasil tinha, em média, 11,4 milhões desempregados de março a maio deste ano.
(Com Reuters)
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