Politica
Mais rico na disputa, Doria prevê gastar metade do teto
Para a disputa na capital paulista o teto ficou estabelecido em R$ 45,4 milhões no primeiro turno
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Juiz dá 48h para Doria explicar discurso em jantar pago por empresa
O pré-candidato do PSDB João Doria Jr. Foto: Estadão
O juiz Sidney da Silva Braga, da 1ª Zona Eleitoral da Capital, deu
prazo de 48 horas para o pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo
João Doria Jr se explicar sobre o discurso que fez durante um jantar
bancado por empresa no dia 9 de junho no Club A, na capital paulista, no
qual afirma que não vai disputar uma eventual reeleição e que pretende
atender às expectativas daqueles que votarão nele.
“Não vou disputar a reeleição, tendo ou não a reforma política, mas
quero ter o orgulho de olhar nos olhos dos meus filhos, da minha mulher,
dos meus amigos e poder dizer: cumpri o meu dever, com honra,
honestidade e dignidade, e fui um bom prefeito. Cumpri meu papel
atendendo a expectativa, a honra e, principalmente, a confiança daqueles
que votarão em meu nome”, disse o tucano ao encerrar seu discurso sob
aplausos.
Para o promotor eleitoral José Carlos Bonilha, autor da representação
contra o empresário, o vídeo demonstra claramente violação à legislação
eleitoral “uma vez que, durante o jantar, o pré-candidato assume o
microfone e se comporta como candidato ao cargo de Predeito de São
Paulo, pedindo votos”, diz. A representação não envolve o financiamento
do jantar.
Caso o juiz entenda que houve irregularidade João Doria ficará sujeito a uma multa que varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil.
O DISCURSO DO TUCANO NO JANTAR:
Pelo calendário eleitoral, João Doria tem até o dia 15 de agosto,
após a convenção partidária do PSDB, para registrar sua candidatura. Os
jantares promovidos por empresários próximos ao tucano, porém, já estão
sob investigação do Ministério Público Eleitoral que apura a suspeita de
abuso de poder econômico e até de financiamento ilegal, já que pelo
novo entendimento do Supremo Tribunal Federal, candidatgos não podem
receber nenhum financiamento de pessoa jurídica.
O jantar em questão foi pago pela empresa Gocil, parceira do Grupo
Lide, de João Doria, que admitiu ao Ministério Público o pagamento de R$
60 mil para o evento. A empresa, porém, alega que a ação foi uma
homenagem ao empresário e não teve conotação política. O diretório
municipal do PSDB também admitiu que não teve nenhum dinheiro do partido
no evento.
O Ministério Público Eleitoral já avalia ter fortes elementos para
entrar com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral questionando o
evento. A medida, que pode levar à cassação da candidatura do tucano, só
pode ser protocolada após o registro oficial da candidatura de Doria.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO ANDERSON POMINI, QUE REPRESENTA JOÃO DORIA JR:
O advogado Anderson Pomini, que representa o pré-candidato tucano,
afirmou que o jantar não guarda relação com o processo eleitoral. “Ele
(João Doria Jr) foi homenageado na condição de empresário e, ao final,
fez referencia que é pre-candidato, o que motivou o afastamento dele de
diversas empresas”, disse. Pomini ainda não teve acesso à representação.
O advogado disse que vai se manifestar sobre o caso assim que examinar
as acusações do Ministério Público Eleitoral
copiado http://politica.estadao.com.br/blogs/f
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