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O Estadão alivia a Folha e diz que democracia “não é para agora”. Agora é “lulopetismo”
O dia começou ainda escuro e o cansaço toma conta, depois de 18 horas, quase, trabalhadas. Mas não posso deixar passar a vergonha do editorial de hoje do Estadão, “relativizando” a democracia. Em defesa.O Estadão alivia a Folha e diz que democracia “não é para agora”. Agora é “lulopetismo”
O dia começou ainda escuro e o cansaço toma conta, depois de 18 horas, quase, trabalhadas. Mas não posso deixar passar a vergonha do editorial de hoje do Estadão, “relativizando” a democracia.
Em defesa de seu “concorrente” – quem acredita nisso? – a Folha de S. Paulo, pega em flagrante adulterando relatórios de pesquisas para dizer que 50% queriam a continuidade de Michel temer no governo, o ex-vetusto jornal quatrocentão sai-se com a pérola de um editorial cujo título já é uma confissão antidemocrática: “A maioria também se equivoca“.
Nele, reconhece que “todas as pesquisas realizadas após o afastamento provisório de Dilma Rousseff da Presidência da República revelam que a maioria dos brasileiros, cerca de dois terços, entende que a melhor solução política para o País, no momento, é a realização de eleições presidenciais antecipadas”.
E mais, que “o presidente em exercício Michel Temer não conquistou até agora a confiança majoritária da população.”.
Modéstia, já que mostram que a confiança em Temer anda na casa dos 10%.
Ainda assim, o editorial diz que “a defesa de eleições presidenciais diretas antecipadas pode servir ao lulopetismo. Ela se confunde também com o sentimento de vingança, o ‘fora, Temer’. Sonham com essas eleições, ainda, pessoas de boa-fé, porém desinformadas; insatisfeitas com a situação, mas ignorantes dos pré-requisitos necessários à convocação dessa eleição.”.
Curioso é que os ” pré-requisitos necessários” ao processo de impeachment, o crime de responsabilidade, pode ser solenemente ignorado e transformado numa mera questão de “popularidade”.
Então, vem o razão mais cínica: “O principal argumento contra a ideia das “diretas já”, no entanto, é o de que ela implicaria manter o País paralisado por no mínimo meio ano, com a deterioração da crise econômica, que está a exigir providências urgentes e eficazes para garantir que os primeiros tímidos sinais de recuperação ganhem fôlego a partir da estabilização política que provavelmente ocorrerá a partir de setembro, após a aprovação do impeachment de Dilma pelo Senado.”
Ou seja, “o mercado” – ou melhor, as promessas e expectativas do mercado – são a razão para abolir a soberania popular.
É a velha história “paternal-autoritária” de que “não é o momento” ou, como tantas vezes ouvi na ditadura, que o Brasil “ainda não estava pronto para a democracia”.
Qual é o problema de adequar-se a Constituição para que o povo possa votar fora do período normal?
Não se quer alterar a Constituição para retirar o patamar mínimo das despesas com saúde e educação?
Não se quer implantar a idade mínima para se aposentar?
Não se quer abolir os direitos trabalhistas?
Não se quer criar impostos, tudo isso mexendo na Constituição?
Porque não de pode emendá-la para esta coisa simples e sagrada que é o povo escolher seu Governo?
O Estadão, que já publicou receita de bolo na última vez que passamos por um período autoritário, agora quer que o povo brasileiro engula o bolo que ajudou a aprontar.
Se a pesquisa mostra que ele não quer, dane-se a pesquisa, porque o Estadão, agora, acha que a vontade do povo é um problema para a democracia.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/
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