O país do agronegócio é cada vez mais o país dos latifúndios Nassif: o Supremo é o autor do “vale-tudo” no Brasil




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O país do agronegócio é cada vez mais o país dos latifúndios

A ONG britânica Oxfam divulgou hoje um relatório sobre a concentração de terras na América Latina e, especialmente, no Brasil. O resultado é escandaloso e estarrecedor para os que dizem que o Brasil caminhava...
A ONG britânica Oxfam divulgou hoje um relatório sobre a concentração de terras na América Latina e, especialmente, no Brasil.
O resultado é escandaloso e estarrecedor para os que dizem que o Brasil caminhava para ser “uma república comunista”.
45% de toda a área agrícola do país correspondem a propriedades maiores que mil hectares, que são apenas 0,9% dos estabelecimentos rurais.
Já propriedades com menos de 10 hectares representam cerca de 47% do total do país, mas só representam 2,3% da área rural nacional.
E a área de grandes fazendas  se reduziu, como resultado da ação dos perigosos “bolivarianos”, ávidos por tomar a propriedade?
Ao contrário, aumentaram, enquanto todos os demais – médios, pequenos e minifúndios – se reduziu, entre 2003 e 2010.
E justamente os grandes são os maiores devedores de impostos: a arte lá em cima mostra o quadro das dívidas com a União destes grandes proprietários. Do relatório da Oxfam:
De acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), em 2015, 18.602 pessoas físicas e jurídicas possuíam dívidas de mais de R$ 10 milhões com a União. Juntas, essas dívidas somavam R$ 1,2 trilhões. Entre os devedores, 4.013 pessoas físicas e jurídicas, também detentoras de terras, possuíam dívida acima de R$ 50 milhões – totalizando mais de R$ 906 bilhões em impostos devidos.
Segundo informações do Incra, dos 4.013 devedores com dívidas acima de R$ 50 milhões cada, 729 declararam possuir 4.057 imóveis rurais. A dívida total apenas deste grupo de pessoas, físicas e jurídicas, era de aproximadamente R$ 200 bilhões. Juntas, as terras pertencentes a este grupo abrangem mais de 6,5 milhões de hectares, segundo informações
cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR). De acordo com estimativas do próprio Incra, apenas com essas terras, em números brutos, seria possível assentar 214.827 famílias (considerando tamanho médio do lote de 30,58 ha/família assentada). Ou seja, com as terras que estão em nome dos maiores devedores da União seria possível atender
todas as 120 mil famílias que estavam acampadas em 2015, demandando reforma agrária no Brasil.
E é o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, o MST, o culpado pela insegurança da agropecuária brasileira.
O Brasil é, infelizmente, o país onde os fatos não vêm ao caso.


arvoreenvenenada

Nassif: o Supremo é o autor do “vale-tudo” no Brasil

De Luís Nassif, no GGN: Poucas vezes, na história de uma República permanentemente sujeita a golpes, viu-se um espetáculo tão deprimente de falta de compostura institucional, uma ópera bufa da pior espécie. O país...
De Luís Nassif, no GGN:
Poucas vezes, na história de uma República permanentemente sujeita a golpes, viu-se um espetáculo tão deprimente de falta de compostura institucional, uma ópera bufa da pior espécie.
O país institucional tornou-se uma verdadeira casa da Mães Joana, com personagens indignos de representa-lo  à frente do Executivo, do Congresso, do Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria Geral da República, do Judiciário e dos partidos políticos.
Brinca-se com o poder, derruba-se um presidente eleito, arma-se contra o interino que se aboletou-se no cargo, fazem cálculos sobre o momento de impichar a chapa, se agora, se no ano que vem, valem-se de seu poder institucional para toda sorte de abusos.
Procuradores atuam politicamente; deputados lutam para legalizar o crime; Ministros do Supremo e o Procurador Geral da República manipulam prazos de inquéritos para proteger aliados; juízes de 1ª instância autorizam grampos a torto e a direito.
Mas era previsto, tal o grau de desordem institucional plantada no país pela bulimia do STF, ao permitir o atropelo da Constituição. Deve-se ao Supremo esse vale-tudo.
Cada grupo deu sua contribuição para o golpe, Sérgio Moro e Rodrigo Janot vazando grampos ilegais, a imprensa no exercício amplo da pós-verdade, o Supremo acovardando-se e abrindo mão de seu papel de guardião da Constituição e a presidente incapaz de defender seu próprio mandato.
Consumado o golpe, sem dispor mais do agente aglutinador, passou-se a disputar o butim do poder. E agora chega-se a esse vale-tudo vergonhoso, sem um estatuto da gafieira para discipliná-lo minimamente.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/


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