Senado pode passar ideia que quer coibir Lava Jato, diz Moro



Senado pode passar ideia que quer coibir Lava Jato, diz Moro - Alan Marques/Folhapress Senado pode passar ideia que quer coibir Lava Jato, diz Moro 

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Senado pode passar ideia que quer coibir Lava Jato, diz Moro

Do UOL, em São Paulo

  • Alan Marques/Folhapress
    1º.dez.2016 - Presidente do senado Renan Calheiros (PMDB-AL), à esquerda, e o juiz Sergio Moro durante sessão no Senado para discutir projeto de lei sobre abuso de autoridade 1º.dez.2016 - Presidente do senado Renan Calheiros (PMDB-AL), à esquerda, e o juiz Sergio Moro durante sessão no Senado para discutir projeto de lei sobre abuso de autoridade
O juiz federal Sergio Moro afirmou nesta quinta-feira (1º) não considerar o "melhor momento" para a deliberação de leis que tratem sobre o abuso de autoridade e que elas podem passar a ideia para a sociedade de que há uma tentativa de coibir a Operação Lava Jato.
A declaração se durante sessão no Senado que debateu o Projeto de Lei do Senado 280/2016, de autoria do presidente do Senado, que trata sobre o assunto na Casa.
Além de tecer críticas ao projeto de Renan, Moro também foi incisivo contra o outro projeto que delibera o assunto, e que tramita na Câmara dentro do pacote anticorrupção –o juiz chamou de "emendas da meia-noite" a desfiguração do projeto original, que acabou por incluir entre suas medidas a emenda que permite que juízes e membros do Ministério Público possam ser condenados por crimes de responsabilidade.
"Tenho a preocupação que talvez não seja o melhor momento para a deliberação de uma nova lei [sobre o abuso de autoridade], considerando a Lava Jato e várias outras operações que estão em andamento", afirmou Moro. "Uma nova lei poderia ser interpretada como uma maneira de tolher estas operações. O Senado pode passar uma mensagem errada para a sociedade".
Participaram da audiência no Senado, ao lado do presidente da Casa e do juiz Sergio Moro, ainda, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator do projeto, o ministro do STF Gilmar Mendes e o juiz federal Silvio Luís Ferreira da Rocha.


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