Os jornais de São Paulo já não vão poder ficar quietos. O Globo, hoje, coloca na primeira página que Geraldo Alckmin está entre os nomes para os quais o Procurador Geral da República pode...
Cunhado apanhava dinheiro para Alckmin, diz delator
Os jornais de São Paulo já não vão poder ficar quietos.
O Globo, hoje, coloca na primeira página que Geraldo Alckmin está entre os nomes para os quais o Procurador Geral da República pode a abertura de inquérito, por ter, segundo as delações dos executivos da Odebrecht, recebido dinheiro clandestinamente da empreiteira.
Segundo O Globo, o recolhimento do dinheiro teria sido feito por Adhemar Ribeiro, cunhado do governador. O inquérito contra Alckmin será, quando o Supremo Tribunal Federal o encaminhar, aberto no Superior tribunal de Justiça, foro para governadores de estado.
Mas é no STF que correm os seis inquéritos pedidos por Janot contra Aécio Neves, segundo o jornal o “campeão” de pedidos entre os candidatos presidenciais. Até agora se sabe de R$ 9 milhões pelo “caixa 2”, dinheiro para sua própria campanha, paraa de Antonio Anastasia ao Senado; a de Pimenta da Veiga ao governo de Minas Gerais e a de Dimas Fabiano Toledo Júnior (PP-MG), o homem de Aécio em Furnas, à Câmara dos Deputados. Outros R$ 3 milhões teriam sido entregues a Paulo Vasconcelos, marqueteiro da campanha de Aécio à Presidência da República.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/c
Sobra ainda uma citação – o jornal não especifica a razão – para o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes e seu candidato (derrotado) Pedro Paulo.
O mato está ficando sem cachorro…
Moreira pedia dinheiro a Odebrecht no gabinete. Padilha, também
O ex-diretor de Assuntos Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, em um dos trechos da sua delação, revela que Moreira Franco pediu dinheiro
O ex-diretor de Assuntos Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, em um dos trechos da sua delação, revela que Moreira Franco pediu dinheiro a ele numa reunião na Secretaria de Aviação Civil antes de ser afastado pela ex-presidente Dilma Rousseff. Tal como ele fora antes, Temer indicou Eliseu Padilha como seu sucessor na SAC e o hoje (ainda) chefe da Casa Civil e este cobrou o pagamento dos valores do pedido feitos pelo “Angorá”.
O relato é feito por Jaílton de Carvalho, hoje, em O Globo.
“Transmiti essa demanda a Benedicto Junior (executivo diretamente ligado a Marcelo Odebrecht) já que, evidentemente, um pedido de ministro para realizar um pagamento de dinheiro poderia nos trazer prejuízos em caso de não atendimento ou, ainda, vantagens em caso de atendimento. O fato é que pagamentos ocorreram em razão de um pedido feito por um ministro de Estado em ambiente institucional e por ocasião de uma reunião de trabalho”, relatou o executivo, conforme consta em rascunho da delação premiada tornada pública.
Jaílton narra que “outros delatores trataram do tema e forneceram mais detalhes” sobre o encontro entre Marcelo, Michel Temer , Eliseu Padilha e Cláudio Melo Filho no Palácio Jaburu em 2014, onde teria sido acertado o repasse de R$ 10 milhões. “Um dos depoimentos aponta Temer como um dos articuladores dos interesses manifestados por Padilha e Moreira nos encontros com os dirigentes da Odebrecht. (…) A captação de recursos relacionadas à concessão de aeroportos teria detalhes mais graves.
No final de semana, Dilma Rousseff disse que havia dito a Temer que não ia deixar Moreira Franco roubar na Secretaria de Aviação Civil. Temer, ao que indicam os depoimentos, encontrou em Padilha o substituto ideal para, também nisso, trair a presidenta. a ele numa reunião na Secretaria de Aviação Civil antes de ser afastado...
Wagner Moura: não é aos artistas que Temer deve temer
O artigo de Wagner Moura, na Folha, sobre o ataque que sofreu do Palácio do Planalto. Quem tem medo de artista? Artistas são seres políticos. Pergunte aos gregos, a Shakespeare, a Brecht, a Ibsen,...
Wagner Moura: não é aos artistas que Temer deve temer
O artigo de Wagner Moura, na Folha, sobre o ataque que sofreu do Palácio do Planalto.
Quem tem medo de artista?
Artistas são seres políticos. Pergunte aos gregos, a Shakespeare, a Brecht, a Ibsen, a Shaw e companhia -todos lhe dirão para não estranhar a participação de artistas na política.
A natureza da arte é política pura. Numa democracia saudável, artistas são parte fundamental de qualquer debate. No Brasil de Michel Temer, são considerados vagabundos, vendidos, hipócritas, desprezíveis ladrões da Lei Rouanet.
Diante de tamanha estupidez, fico pensando: por que esses caras têm tanto medo de artistas, a ponto de ainda precisarem desqualificá-los dessa maneira?
Faz um tempo, dei muita risada ao ver uma dessas pessoas, que se referia com agressividade a um texto meu, dizer que todo bom ator é sempre burro, pois sendo muito consciente de si próprio ele não conseguiria “entrar no personagem”.
Talvez essa extraordinária tese se aplicasse bem a Ronald Reagan, rematado canastrão e deus maior da direita “let’s make it great again”. De minha parte, digo que algumas das pessoas mais brilhantes que conheci são artistas.
Esse medo manifestado pelo status quo já fez com que, ao longo da história, artistas fossem censurados, torturados e assassinados. Os gulags de Stálin estavam cheios de artistas; o macarthismo em Hollywood também destruiu a vida de muitos outros. A galera incomoda.
Uma apresentadora de TV fez recentemente sua própria lista de atores a serem proscritos. Usou uma frase atribuída a Kevin Spacey, possivelmente dita no contexto de seu papel de presidente dos EUA na série “House of Cards”.
A frase era a seguinte: “a opinião de um artista não vale merda nenhuma”. Certo. Vale a opinião de quem mesmo? Invariavelmente essas pessoas utilizam o chamado argumento “ad hominem” para desqualificar os que discordam de suas opiniões.
É a clássica falácia sofista: eu não consigo destruir o que você pensa, portanto tento destruir você pessoalmente. Um estratagema ignóbil, mas muito eficaz, de fácil impacto retórico. Mais triste ainda tem sido ver a criminalização da cultura e de seus mecanismos de fomento, cruciais para o desenvolvimento do país.
Aliás, todos os projetos sérios de Brasil partiram de uma perspectiva histórico-cultural, como os de Darcy Ribeiro, Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.
Ver o ministro da Cultura dando um ataque diante do discurso de Raduan Nassar só faz pensar que há algo mesmo de podre no castelo do conde Drácula. Mesmo acostumado a esse tipo de hostilidade, causou-me espanto saber que o ataque, na semana passada, partiu de uma peça publicitária oficial da Republica Federativa do Brasil.
Sempre estive em sintonia com a causa do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto); fiz com eles um vídeo que tentava explicitar o absurdo dessa proposta de reforma da Previdência.
O governo ficou incomodado e lançou outro vídeo, feito com dinheiro público, no qual me chama de mentiroso e diz que eu fui “contratado” -ou seja, que recebi dinheiro dos sem-teto brasileiros para dar minha opinião.
O vídeo é tão sem noção que acabou suspenso, assim como toda a campanha publicitária do governo em defesa da reforma da Previdência, pela Justiça do Rio Grande do Sul.
Um governo atacar com mentiras um artista, em propaganda oficial, é, até onde sei, inédito na história, considerando inclusive o período da ditadura militar.
Mas o melhor é o seguinte: o vídeo do presidente não conseguiu desmontar nenhum dos pontos levantados pelo MTST.
O ex-senador José Aníbal (PSDB) escreveu artigo em que me chama de fanfarrão e diz que a reforma só quer “combater privilégios”. Devo entender, então, que o senhor e demais políticos serão também atingidos pela reforma e abrirão mão de seus muitos privilégios em prol desse combate? E o fanfarrão ainda sou eu?
Se o governo enfrentasse a sonegação das empresas, as isenções tributárias descabidas e não fosse vassalo dos credores da dívida pública, poderíamos discutir melhor o que alardeiam como rombo da Previdência.
Mas eles não querem discutir nada, nem mesmo as mudanças demográficas, um debate válido. O governo quer é votar logo a reforma, acalmar os credores, passar a conta para o trabalhador e partir para a reforma trabalhista antes que o povo se dê conta.
Tenho uma má notícia: no último dia 15, havia mais de um milhão de pessoas nas ruas do país. Parece que não é só dos artistas que eles deverão ter medo.
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog
Os jornais de São Paulo já não vão poder ficar quietos. O Globo, hoje, coloca na primeira página que Geraldo Alckmin está entre os nomes para os quais o Procurador Geral da República pode...
Nenhum comentário:
Postar um comentário