Ataques coordenados contra duas delegacias em Cabul deixam ao menos cinco mortos Líder do Estado Islâmico estaria na Síria com pequeno grupo Candidata a dirigir a CIA promete não retomar programas de tortura

Ataques coordenados contra duas delegacias em Cabul deixam ao menos cinco mortos

AFP / Mustafa AminzadaForças da ordem afegãs bloqueiam acesso ao local de uma explosão no bairro Shahr-e-Naw de Cabul, em 9 de maio de 2018
Vários homens-bombas e indivíduos armados lançaram, nesta quarta-feira (9), ataques coordenados contra duas delegacias de Cabul, com um saldo provisório de ao menos cinco mortos.
Uma série de fortes explosões seguidas de rajadas de armas de fogo sacudiu Cabul, dando lugar a um confronto entre os agressores e os policiais por volta do meio-dia, hora local.
À tarde, houve uma nova forte explosão na cidade, causada por um homem-bomba, segundo indicou à AFP uma fonte policial.
Pelo menos dois policiais morreram e várias pessoas ficaram feridas nos ataques.
Um dos ataques foi reivindicado pelos talibãs, enquanto o grupo extremista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria pelo outro. Mas os serviços de inteligência afegãos atribuíram os dois atentados à rede Haqani, aliada aos talibãs e ao grupo insurgente paquistanês Lashkar-e-Taiba. O Paquistão condenou os atentados.
Ao menos cinco pessoas morreram e 16 ficaram feridas, de acordo com o porta-voz do ministério da Saúde,
O EI assumiu a autoria do primeiro ataque, que foi cometido contra uma delegacia situada em um bairro, onde a maioria de seus habitantes é de origem xiita, no oeste da cidade, disse à AFP um porta-voz da Polícia, Hashmatullah Estanakzai.
"Dois agressores foram mortos. Dois policiais perderam a vida, e outros dois foram feridos", declarou Estanakzai.
Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danish, um homem-bomba se detonou na frente do prédio. A isso, seguiu-se um tiroteio entre os outros atacantes e a Polícia.
Imagens da emissora Ariana TV mostraram uma espessa coluna de fumaça que subia para o céu. Uma foto postada por um usuário do Twitter mostrava um edifício em chamas, apresentado como uma das delegacias atacadas.
O segundo ataque aconteceu diante da delegacia número 10, no bairro de Shar-e-Naw, no centro de Cabul. As "operações de busca e limpeza" continuam, indicou o porta-voz da Polícia.
Um jornalista da AFP próximo ao local ouviu vários disparos e viu um corpo estendido na rua. Também viu várias mulheres fugirem aterrorizadas.
Este segundo ataque ainda não foi reivindicado.
O EI já havia assumido a responsabilidade pelo duplo atentado suicida cometido na semana passada na capital afegã em que pelo menos 25 pessoas, incluindo o chefe do serviço de fotografia da AFP no Afeganistão, Shah Marai, e oito jornalistas foram mortos.
Já o Talibã lançou recentemente sua ofensiva de primavera (boreal), multiplicando os ataques contra as forças de segurança afegãs, o que aparentemente constitui uma rejeição à oferta recente de negociações de paz do presidente Ashraf Ghani.
Esta ofensiva, batizada "Al Khandaq", tem o objetivo de "esmagar, matar e capturar os invasores americanos e seus apoiadores", indicaram os insurgentes no final de abril.
No domingo, 22 de abril, outro ataque suicida em um recenseamento eleitoral provocou quase 60 mortes e pelo menos 20 feridos.

Líder do Estado Islâmico estaria na Síria com pequeno grupo

AL-FURQAN MEDIA/AFP/Arquivos / -Chefe do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, em imagem de 5 de julho de 2014
O líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, está em território sírio, ao longo da fronteira com o Iraque, e viaja com um punhado de homens, incluindo seu filho e seu genro - afirmou uma autoridade iraquiana nesta quarta-feira (9).
Nesta zona da Síria, onde o EI ainda controla alguns territórios, incluindo "Al-Hajin, Al-Chaddadi, Suar e Markada", o "califa" autoproclamado do EI "se desloca acompanhado de quatro, ou cinco pessoas, incluindo seu filho e seu genro", relatou este general do serviço de Inteligência que pediu para não ser identificado.
"Seus movimentos são discretos, e ele nunca circula em um comboio", acrescentou.
Esta autoridade também anunciou que as forças iraquianas conseguiram capturar "cinco dos mais importantes comandantes" do grupo radical sunita e mataram 39 combatentes do EI em ataques aéreos nas últimas duas semanas na Síria.
"Baghdadi logo será o alvo", previu o general.
Com base nas informações coletadas durante interrogatórios, a fonte assegurou que "as fileiras do EI diminuíram drasticamente, bem como seu financiamento depois que ele perdeu todas as refinarias de petróleo que controlava".
Derrotado por uma vasta operação militar contra o "califado" autoproclamado em 2014 em um território que se estendia pelo Iraque e pela Síria, o EI agora controla menos de 5% do território sírio, principalmente áreas desérticas do centro e do leste.
Em fevereiro, um funcionário do Ministério do Interior iraquiano havia indicado que o líder do EI estava vivendo e sendo tratado em um hospital de campanha no nordeste da Síria, depois de ter sido ferido em ataques aéreos.
Em meados de 2017, a Rússia anunciou que provavelmente havia matado Abu Bakr al-Baghdadi em uma incursão de sua aviação perto de Raqa, na Síria. Ela então apontou que ainda estava verificando a informação sobre sua morte.
Posteriormente, um oficial americano afirmou que o líder do EI provavelmente ainda estava vivo e escondido no Vale do Eufrates, no leste da Síria.


Candidata a dirigir a CIA promete não retomar programas de tortura

AFP / MANDEL NGANGina Haspel participa de audiência diante de comitê do Senado americano
Gina Haspel, nomeada pelo presidente Donald Trump para dirigir a CIA, assegurou nesta quarta-feira, diante de membros do Senado dos Estados Unidos, que a agência de inteligência não irá retomar os programas de tortura de prisioneiros sob a sua liderança.
Haspel enfrentou grande oposição após sua nomeação em razão de seu trabalho em uma prisão secreta da CIA na Tailândia em 2002, onde supostos membros da rede extremista Al-Qaeda foram submetidos a torturas.
Mas em uma audiência diante de um comitê do Senado, ela garantiu que se for confirmada no cargo vai assegurar que a agência "não retomará tal programa de detenção e interrogatórios".
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