A Argentina se derrete com a “receita Brasil”
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Audima
Os nossos vizinhos da Argentina estão às voltas com uma palavrinha que aqui ganha um duplo sentido pouco recomendável aos pudicos.
Es que la Argentina se hundió, o que parece e é outra coisa, mas significa a expressão em espanhol para “afundou-se”.
Maurício Macri, o presidente neoliberal que daria fim ao “populismo” kirchnerista e traria o sonho de prosperidade, era o homem do “mercado” infalível.
E o mundo daria a mão a uma nova Argentina, diferente da dos “caloteiros” que ousavam desafiar a picaretagem da dívida externa do país.
Agora, vai esmolar recursos ao FMI e baixou um pesado imposto sobre exportações, para arrecadar algum no único setor beneficiado pelo derretimento da moeda.
De uma só tacada, extinguiu quase a metade dos ministérios, inclusive o da Saúde.
Na fronteira uruguaia, a aduana estabelece um um máximo de cinco quilos de alimento, que ficou quase 40% mais barato no país vizinho.
Mas, claro, vamos seguir dizendo que “os fundamentos da nossa economia permanecem estáveis”, certo?
E que o dólar vai terminar o ano a R$ 3,80 e a inflação vai baixar mais, como assegura o Boletim Focus, do Banco Central…
Troca de ofensas entre candidatos é sinal de que vão mal
Enquanto a imprensa acha “pouco” o fato de que o TSE tenha negado a Lula o direito de ser candidato e cobra que o PT o faça sumir de seus programas de rádio e televisão, o tom sobe e o nível baixa entre os demais concorrentes.
Ciro Gomes diz que Alckmin “deixa roubar”.
Alckmin reponde que Ciro é um “aloprado fujão”.
E, para Bolsonaro, solta um vídeo onde ele chama mulheres de idiotas, vagabundas e espalma a mão enquanto diz “dá que eu te dou outra” à deputada Maria do Rosário.
Bolsonaro diz que Alckmin é o “cara acusado de roubar a merenda de nossos filhos”.
E, no Acre, promete, segurando um tripé de câmara de TV, “metralhar a petralhada”.
Como se vê, a campanha vai seguindo em altíssimo nível.
Com quase 40 anos de acompanhamento de campanhas, garanto que isso só sinaliza uma coisa: desespero.
Todos eles têm trackings diários, minipesquisas com que mapeiam o comportamento do eleitorado.
E, quando partem para a agressividade, é sinal de que as coisas não estão indo bem.
Sabem que têm de se engalfinhar para disputar metade do eleitorado, pois a outra metade segue sólida com Lula.
O Ibope sai amanhã, o Datafolha na quinta.
O único que pode esperar para crescer chama-se Fernando Haddad.
Justiça Eleitoral perdeu todo o pudor em perseguir Lula
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Audima
Não é só na questão do auxílio-moradia que o Judiciário Brasileiro perdeu o pudor.
Agora resolveu que suas decisões – que, aliás, desconsideram o que está escrito expressamente na lei sobre candidatos cujo registro foi negado conservarem este direito até o trânsito em julgado da negativa – não podem ser criticadas.
No despacho que proibiu as inserções e programas da chapa PT/PCdoB/Pros, o todos-poderosos Carlos Horbach e Luiz Felipe Salomão acusam os programetes de colocarem em dúvida a “autoridade desta Justiça especializada para conduzir o pleito em curso à luz do ordenamento jurídico vigente”.
É uma inversão completa do direito, pois, desde que seja obedecida – e está sendo – qualquer decisão judicial pode ser criticada, porque não existe “jurisdição de consciência” sobre a cidadania.
A Era Moro fez à Justiça brasileira um mal do qual só agora vai se podendo avaliar a extensão: transformou muitos juízes em tiranetes, que deixaram de lado a lei, a serenidade e e passaram a praticar o “não pode porque eu não quero”.
COPIADO http://www.tijolaco.com.br/blog/
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